quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Três vídeos "giros"

Como faz algum tempo que não posto nada, coloco agora alguns vídeos que eu andei vendo. Um tem nada a ver com outro, mas achei muito giros.

Ah, "giro" ou "gira" em Portugal é algo legal, massa, da hora. Por exemplo, eu posso dizer: "Olha que pomba gira", que os Portugueses vão entender que é uma pomba meneira.

Mas, voltando aos vídeos...

O primeiro é esse. Uma dança nova. "Vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não, quero não, posso não". Não sei o que é pior, se é a letra ou a dança.


O segundo é "O bacalhau quer alho". É um piazinha chamado Saul, um cantor aqui de Portugal. Dizem que fez sucesso há 15 anos com essa música, que eu achei muito legal. A voz é engraçadinha e o clipe também.


E o terceiro é um rapaz que matou a mãe. Na hora da entrevista ele dá aos jornalistas carniceiros o que eles merecem.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O último exorcismo


Domingo passado fui assistir "O Último Exorcismo" no cinema. Pelos cartazes, imaginei um filme extraordinário, até porque gosto do tema e de filmes desse tipo. E o cartaz era mesmo muito chamativo.

Quando começou, notei que não era um filme, mas um documentário. Ao melhor estilo "Atividades Paranormais". Tudo é feito com câmera amadora. Até aí, tudo bem.

A história é de um pastor de uma igreja, nos Estados Unidos, reverendo Cotton Marcus que pratica exorcismos. Mas ele mesmo não acredita em demônios. Mesmo assim ele faz com que os exorcismos pareçam reais usando truques e tecnologia. Assim, as pessoas pensam que foram mesmo exorcisadas e pagam um preço alto (em dinheiro) por isso.

O reverendo Cotton Marcus, interpretado por Patrick Fabian, quer provar por meio de um documentário do último exorcismo que pretende fazer que as possessões demoníacas não passam de uma grande farsa, assim como as sessões de exorcismo, das quais ele próprio participa.

Mas quando ele chega à casa de um produtor rural que reclama que sua filha anda possuída e mata os animais da fazenda, mesmo depois da sessão de exorcismo, percebe que a menina continua estranha. Aí ele percebe que está lidando com um demônio de verdade.

Agora a crítica.

Como todos já sabem, não sou nenhum crítico de cinema, mas tenho meus gostos. A história até parece ser interessante, mas tem nada de original e cenas de possessão não convencem.

Para não dizer que o filme é de todo ruim, a única cena que pude dizer que foi legal foi a cena em que o reverendo tenta fazer um segundo exorcismo na garota e ela incorpra o demônio, fica toda torta e quebra os próprios dedos (ops, falei).

Quando os produtores do documentário (no filme) descobrem que a tal possessão não é alucinação da família, as imagens começam a ficar desfocadas, escuras e mais "tenebrosas". Há até alguns sustos, confesso.

Mas o final é o pior. Aí é que fica "trash" de verdade.

Quando o reverendo e sua equipe de filmagem se convencem do que realmente estaria acontecendo com a garota (e eles acreditam que não tem mesmo nada a ver com demônios, mas com um estupro) eles vão embora, mas acabam voltando ao sítio por alguma curiosidade a mais. Mas quando chegam lá, acontece a coisa mais trash, sem noção e sem sentido que eu já vi.

(Será que eu conto? Será que vai perder a graça pra quem for assistir depois? Com certeza vai, mas ninguém merece assistir esse filme)

Ok, vou contar.

Eles encontram o padre, uma beata e mais uma galera num ritual de magia negra no meio da floresta. O pai da garota está amarrado e de olhos vendados e a menina está numa sessão de parto. E a parteira é a beata. De repente, o padre tira algo de dentro da menina. É um bichinho vermelho, um capeta, que o padre joga na fogueira. A fogueira aumenta muito (dá pra perceber que não é de verdade), a galera vai embora e deixa a menina lá. O reverendo vai até lá com uma cruz na mão. O cara que está filmando sai correndo no meio da floresta (igual Bruxa de Blair). A mulher da equipe de filmagem é morta por alguém com uma foice. O cara da câmera continua gravando virando a camera pra lá e pra cá, pra cima e pra baixo. Até que, quando vira mais uma vez a câmera, aparece alguém (claro, como sempre) que o mata. A câmera cai no chão e continua ali filmando o chão.

Pronto, acabou.

Sinceramente, foi o pior filme que já assisti. Pior até que "Atividades Paranormais", porque em "Atividades Paranormais", o final não é assim tão impossível e sem sentido.

Só agora percebi porque tinha tão pouca gente na sala do cinema. É porque o filme é muito ruim. Fui ao cinema para assistir e saí da sala xingando.

Quer uma dica? Não assista.

Perdi meu tempo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Aniversário do Júnior e dia do Borromeu

Hoje é dia 4 de novembro. Dia de São Carlos Borromeu. Mas também é o aniversário do meu amigo Junior Mohr.

Por isso, em homenagem ao meu amigo Junior Mohr (que na verdade se chama Ogomar José Mohr Junior), deixo aqui o link de uma texto do ano passado que fiz para o blog do Grupo Querigma. É uma entrevista com o próprio São Carlos.

Para quem não leu, basta clicar aqui no AQUI.

Júnior, feliz aniversário!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Finados

Como hoje é Finados, coloco aqui os links de algumas postagens antigas que eu fiz sobre pessoas queridas que já se foram.

A primeira, sobre o João, que foi um daqueles personagens típicos das vilas. Em Jataizinho todos o conheciam e foi um cara que virou mito. Eu acho que ele era um anjo...

A segunda é sobre meu vô. Escrevi na ocasião em que ele completaria 78 anos. De vez em quando o aniversário dele caía no dia dos pais. Pena que o seu Antônio do táxi foi-se embora um mês antes de eu entrar na faculdade.

E a terceira é sobre uma grande amiga, a Rosana, que se foi tão cedo. Foi a minha primeira amiga na escola, a primeira garota com quem eu dancei quadrilha, e a primeira que eu beijei na boca.

Ainda não escrevi sobre meu amigo Rafael, o Rafinha, mas vou escrever. Na hora certa. Esse ainda me dói, apesar de já fazer quase duas décadas.

EM TEMPO
Também escrevi uma outra postagem sobre um anjinho que foi morar com Deus ano passado. A Camila também deixou muita saudade. A postagem está no blog do Grupo Querigma

domingo, 31 de outubro de 2010

Marciana, a marciana

Conversei com a minha tia, a Marciana, no msn. Dei muita risada... é a tia mais atrapalhada que eu conheço. Na verdade é a pessoa mais atrapalhada que eu conheço.

Agora, um pouco de comédia aqui no blog. Eis boa parte da conversa.

ciana diz:
oi dan
danilo ESTUDANDO diz:
oi tia Jackie Chan (ela trabalha com facas no frigorífico)
ciana diz:
tdo bem
vc deve morre de orgulho de ter uma tia dessa
escuta, aquela insuportável da sua madrinha ta falando com vc?
danilo ESTUDANDO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkk
não
mas eu falei com ela hoje
pq?
ciana diz:
ela ta p da vida comigo eu falei ontem pra ela deixar as crianças comigo
que levava no aniver da filha da sandra
ela tiro sarro falo que nao precisava pq ela ia
o aniver era as sete
era oito horas e ela tava em casa ainda pq o regi tava tocando e nao tinha como ela ir
tirei maior sarro nela
pq falo que nao precisava de mim
ai falei quem sabe vc chega com tempo
de lava os pratos
danilo ESTUDANDO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
aff tia... vc é foda
e as crianças não foram
ciana diz:
ate as oito nao tinham ido ainda
e to vendo que ela ta online
to chamando mas ela nao responde
falei esses dias que se eles ficarem pronto pra alguma coisa dentro do horario
eles sentam e ficam esprando atrasar pra sair

(NESSA PARTE ELA FINGE QUE SE ARREPENDE)

ciana diz:
nossa vo para de fala mal da vida outros né
coisa feia
danilo ESTUDANDO diz:
é, porque quando eles te virem e ficaram falando de vc, vc não vai gostar kkk
ciana diz:
se eu nao ouvir nao da nada nao
mas nao tem como fala de mim dan
sou linda

(E AGORA COMEÇAM AS TRAPALHADAS NO FRIGORÍFICO ONDE ELA TRABALHA)

dan cai um tombo ontem na porta da entrada do frigorifico
tava de calça
consegui ralar o joelho
danilo ESTUDANDO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ciana diz:
sai catando cavaco
danilo ESTUDANDO diz:
to aqui imaginando
to dando gargalhada aqui tia
ciana diz:
esses dias coloquei a perna em cima da berada de um carrinho de sebo pra limpa a bota
adivinha
escorreguei
e a perna entro inteirinha dentro do carrinho de sebo
danilo ESTUDANDO diz:
ixi!!!!
pra separar foi dificil?
ciana diz:
dan esses dias o boi escapo corri com a faca sua mae falo larga a faca
ai eu joguei mas nao joguei no chao
joguei pro alto
quase matei um
quando foi segunda o boi escapo de novo deixei a faca certinho
mas dai sai correndo
quase matei uma mulher la enforcada
nao saia da frente
segurei no pescoço dela
e puxei
danilo ESTUDANDO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
tia tá doendo minha barriga de tanto rir
ciana diz:
sem conta que esses dias tava trocando de roupa todo mundo
sabe a ana amiga da sua mae?
ela é magrinha nao é
parece um palito
ai trocamos e fomos trabalhar
la dentro eu vi que meu jaleco tava meio justo
ai vi ela reclamando que o dela tava muito largo
e to eu la toda toda
de repente ela falo
marciana vem ca
eu falei fala
ela falo vamo la dentro que vc colocou meu jaleco

ai a raquel amolo amolo a faca dela
tem o cabo amarelo
a minha faca tem cabo branco
e eu ainda nao sei direito amolar faca
ela amolou amolou, deixou no ponto
ai eu fui pegar minha faca pra tentar amolar
e to la amola amola
e a raquel procurando a faca dela
qunado eu vi dan
eu tava amolando a faca dela
que tem cabo amarelo
e a minha tem cabo branco
quase apanahei
danilo ESTUDANDO diz:
não to aguentando de tanto rir
ciana diz:
o pior que fiz isso de novo
mas fiz com sua mae
vixi
ai quase apanhei mesmo
mas pensa numa muié brava
fiquei quietinha
morendo de rir
escodido
mas morri de rir
se ela visse tinha me batido
danilo ESTUDANDO diz:
tia do céu... só armada
ciana diz:
ai dan
so por deus
dan a tia vai esquenta comida pro tio que ele deve ta chegando
nossa senhora te proteja
deus te acompanhe
danilo ESTUDANDO diz:
amém tia... fica com Deus
bjos pro Gui, pra Pimenta e pro tio também

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais um post sem foto

Se há uma coisa com a qual eu não me preocupo é em registrar momentos. Ou seja, tirar foto.

Cheguei na Europa há quase três meses e até agora não tenho uma máquina fotográfica. Até trouxe uma lá de casa, mas esqueci pilhas, carregador e tudo mais. Além de não usar, deixei a galera de casa sem a câmera.

As fotos que tenho na minha página no orkut só as tenho mesmo porque meu amigo Paulo se lembrou de levar a câmera nos passeios. Já fui em diversos lugares aqui (os quais mereceriam postagens interessantíssimas), mas como nunca me preoucupo em tirar fotos, acho que seria bem sem graça falar desses lugares aqui no blog.

Por exemplo, há duas semanas fui ao Estádio da Luz ver Benfica x Arouca, pela Taça de Portugal. Poderia falar da beleza do estádio, de como me tornei benfiquista, sobre a organização, sobre as diferenças entre o Luz e o Estádio do Café em Londrina, sobre os 24 mil torcedores num jogo do Benfica com um time de segunda divisão... Mas nem me preocupei em emprestar uma câmera.

Poderia escrever também sobre Penhascoso, que é uma pequena aldeia (aldeia é menor que vila e vila é menor que cidade, portanto, a expressão "pequena aldeia" é redundância) no interior de Portugal. Poderia falar sobre como é lá, sobre as belezas, sobre como pensei estar em Jataizinho... Mas nem me preocupei em tirar uma fotinha sequer.

Por isso, estou muito envergonhado.

Mas prometo que de agora em diante vou começar registrar mais imagens. Daqui a pouco meu tempo aqui expira e eu não registrei nada... Sou a única pessoa no mundo que não tem um câmera digital em mãos.

Não sou daqueles que tiram foto até do chão, principalmente quando não estou em Jataizinho, mas também não me perdoo por, por exemplo, não ter fotos da minha adolescência, na escola ou na faculdade (poucas). Talvez isso me faça falta depois.

Imagina, na Europa e não tirar fotos? Aliás, este é mais um post sem foto.

Só eu mesmo...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dayane, a sincera

A Dayane foi minha colega no curso de Jornalismo. E se tornou uma grande amiga. E o que eu sempre gostei nela foi a sinceridade.

Hoje quando voltei da aula, pensava seriamente em trancar o curso. Como a Dayane está trabalhando em Goiânia, na TV, achei que ela poderia me ajudar, caso eu parasse o curso e fosse embora pro Brasil. Chamei a Dayane pra conversar no msn e explicar a situação. Eis a conversa:

danilo BANHO diz:
oi Day
vai ser mamãe???
Dayane Enz... diz:
oiii vou!!!
danilo BANHO diz:
não creio
Dayane Enz... diz:
ahammmm
danilo BANHO diz:
nossa day... que legal
quantos meses?
Dayane Enz... diz:
super né
1!
desenbucha
rs
danilo BANHO diz:
foi mal... desculpa

então fia... é que eu to fazendo o mestrado aqui em Lisboa
só que tá muito chato e eu to pensando seriamente em trancar
Dayane Enz... diz:
pára menino, sossega o facho!
danilo BANHO diz:
caso eu tranque mesmo, eu quero voltar a trabalhar na área... mas não quero ir pra Jataizinho
quero ir pra Goiania
Dayane Enz... diz:
gastou mó grana, fica aí
não, termina o que vc começou
danilo BANHO diz:
mas é foda
os textos são todos em ingles
e eu to penando demais demais
Dayane Enz... diz:
é o caralho, quanta gente quería estar no seu lugar!
danilo BANHO diz:
kkkkkkkkkkkkk
adoro sus sinceridade
Dayane Enz... diz:
sossegar a perereca aí memso
pára com essa viadagem
danilo BANHO diz:
afff
ê Day.. vc é demais
kkkk
mas quando eu voltar, vc me arranja um emprego aí?
Dayane Enz... diz:
se é que vou estar aqui ainda né...
quero mais é voltar pra minha terra
danilo BANHO diz:
nossa.. é mesmo?
Dayane Enz... diz:
aham
ficar longe da mãe é terrível
danilo BANHO diz:
agora eu percebo isso tb
Dayane Enz... diz:
parar com essas gracinhas, termina aí o negócio, depois volta pra jataizinho e arruma emprego no Pr mesmo
danilo BANHO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Dayane Enz... diz:
num vai inventar moda não
danilo BANHO diz:
"o negocio"
to rindo aqui
Dayane Enz... diz:

mais é verdade, to sendo sincera
depois que perde a mãe meu filho, já elvis
danilo BANHO diz:
mas Day, não tem trabalho pra gente no paraná
Dayane Enz... diz:
aproveita enquanto tem a família viva
claro que tem...somos bons
ou melhor, ótimos
vc acha que eu não vou arrumar emprego lá?
danilo BANHO diz:
mas vc é vc neh day
vc é foda
rsrs
Dayane Enz... diz:
k
pára menino
vc foi funcionário da prefeitura, quer mais o que?
danilo BANHO diz:
isso é...
então blz Day.,.. desculpa te incomodar aí tá bom
Dayane Enz... diz:
e outra, acho que vc daria um ótimo repórter de impresso
ó, to falando sériooooo
danilo BANHO diz:
brigado Day
Dayane Enz... diz:
mais quanto tempo vc tem aí?
danilo BANHO diz:
tenho dois meses e meio ainda
Dayane Enz... diz:
ahhh neeemmmmmmmm
to pensando em anosss
larga a mão dessa bichisse!
danilo BANHO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Dayane Enz... diz:
termina aí a bagaça
danilo BANHO diz:
tá bom então Day... valeu mesmo
deixa eu ir dormir, que tenho aula amanhã cedo
Dayane Enz... diz:
e outra, não vai ficar putinho comigo não !
parar com esse beiço
to falando pro seu bem!
danilo BANHO diz:
não to com beiço, eu to rindo muito
tava com saudade da sua sinceridade
rs
Dayane Enz... diz:
k
danilo BANHO diz:
eu sei, tenho que ser mais porra loka de vez em quando
Dayane Enz... diz:
é verdade, parece mulecão criado com vó
come tudo quanto é portuguesa aí e fica de boa
danilo BANHO diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ri alto aqui
Dayane Enz... diz:
k
falowwww
danilo BANHO diz:
fica com Deus Day
valeuzão
Dayane Enz... diz:
o!
danilo BANHO diz:
bjos!!!!
fui

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para entender (ou perceber) melhor

Já se passaram dois meses desde que cheguei a Portugal. E ontem estava conversando (ou a conversar) com meu amigo Danilo (que não sou eu... ainda não estou louco), que está aqui (ou cá) no país há quase cinco anos.

Eu percebi que os portugueses trocam o verbo "entender" pelo "perceber". O "Está entendendo?" vira "Estás a perceber?". Assim, quis saber com o Danilo como era o "entender" em Portugal. Eis a conversa:

- Danilo, se o "entender" aqui é "perceber", como é "perceber"?

- Han? (ele está há muito tempo em Portugal)

- Se quando os portugueses dizem "Estou a perceber", nós entendemos "Estou entendendo", como é o "perceber" no sentido que entendemos no Brasil?

- Ah, percebi. É "aperceber". O "entender" como nós entendemos no Brasil aqui é "perceber". É por isso que quando eles dizem "Estás a perceber?", eles querem dizer "Estás entendendo?" no português do Brasil. Não que eles falem pensando em como a os brasileiros vão entender e...

- Eu entendi...

- Pois... quando eles querem dizer o "perceber", no sentido como entendemos no Brasil, eles dizem "aperceber". Tipo, "Fui atravessar a rua, mas apercebi que o sinal estava a fechar, então corri e atravessei, mas tropecei, caí e não apercebi que estava vindo um carro. Fui atropelado."

- Mas o "entender" não existe aqui?

- Não percebi...

- A palavra "entender" não existe aqui? Se eu disser "Estás a entender?", um português vai entender o que eu quero que ele perceba? Ou vai perceber o que eu quero que ele entenda? Percebeu?

- Entendi. Não sei se ele vai entender, mas se entender, vai responder "não". Percebeu?

- Entendi. Mas esta história do atropelamento é verdade mesmo?

- Claro que não.

- Mas foi muito criativo...

- É, mas foi só pra ilustrar a explicação, entendeu?

- Percebi.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Três livros do Jô Soares



O primeiro deles é também o primeiro escrito por Jô Soares. Em "O Xangô de Baker Street", o famoso detetive inglês Sherlock Holmes aparece no Brasil, a pedido de Dom Pedro II, para resolver o mistério do sumiço de um violino Stradivarius raríssimo. Aí ele descobre que o roubo tem ligação com alguns assassinatos de mulheres.

O livro mistura personagens reais com personagens fictícios. Lugares reais do Rio de Janeiro do final do século XIX em uma história muito bem contada. Dos três livros do Jô que li, foi o que mais gostei.

O mais legal é que a história reinventa a origem de várias coisas tradicionais, como a caipirinha, piadas folclóricas e personagens que surgiriam nos anos posteriores em filmes e histórias em quadrinhos (não vou contar quem é porque senão vai perder a graça, mas é bem famoso). E nesse caso, acontece algo que Conan Doyle, criador de Holmes, jamais ousaria contar em seus livros. Um deles é que o detetive mais famoso da história da ficção era virgem. O outro eu não posso contar.



O segundo livro que li foi o terceiro escrito pelo Jô: "Assassinato na Academia Brasileira de Letras". A história é simples e se passa no início do século, também no Rio de Janeiro. Assassinatos começam a ocorrer com os imortais da Academia. Um detetive chamado Machado Machado tenta desvendar o crime. O final é feliz.

Foi o que eu menos gostei, porque a história e os acontecimentos foram muito óbvios e eu mesmo descobri o assassino antes dos detetives. O final não é tão emocionante quanto eu pensei que fosse ser e acontecem coisas muito mirabolantes, impossíveis de acontecer de verdade. Mas a história é boa e vale a pena ler.



O terceiro livro, que é o segundo escrito por Jô, é o mais diferente de todos. "O Homem que Matou Getúlio Vargas" conta a história de um tal Dimitri Borja Korozec, filho de uma artista de circo de São Borja (daí o sobrenome) filha bastarda do pai de Getúlio, e um anarquista da Bósnia.

Dimitri é treinado desde adolescente em uma escola terrorista na Bósnia e rapidamente se torna um dos pupilos. Mas o fato de ter um dedo indicador a mais em cada mão sempre o atrapalha nas missões.

Dimitri, que é um personagem inventado, acaba tendo participação importante em vários dos principais acontecimentos do século XX, como a Segunda Guerra Mundial, o atentado contra o presidente Roosevelt dos EUA, a crise de 1929, a gripe espanhola no Brasil. Se relacionou com Mata Hari, Al Capone, atores de Hollywood e muitos outros figurões. Inclusive ele foi o responsável pela condenação de Al Capone e pela morte de Vargas.

A leitura é muito dinâmica, com capítulos curtos e eu gostei muito da história. Recomendo. Dimitri é um personagem cativante, destes que marcam para sempre.

Observações

Algumas coisas são comuns nos três livros: as histórias se passam todas no Rio de Janeiro e mais ou menos nas mesmas épocas; em todos os livros há um personagem anão; os personagens principais são muito parecidos. Tudo isso dá a impressão de que, ao ler um livro após o outro, você já leu aquilo em algum lugar, mas não se lembra onde.

Mesmo assim, gostei muito de ter lido Jô Soares e recomendo.

Veremos agora, quais serão minhas próximas aventuras literárias.

sábado, 11 de setembro de 2010

O dia em que não assisti Dragon Ball Z

Eu estava na oitava série. Tinha 14 anos e adorava Dragon Ball Z. Não só eu, mas a maioria dos meninos da sala chegavam a matar as duas últimas aulas pra dar tempo de chegar em casa, ligar a TV e assistir ao nosso desenho favorito. No outro dia o episódio do dia anterior era comentário de intervalo.

Se a mãe perguntasse, o combinado era dizer que teve duas aulas vagas. Se uma mãe perguntasse pra outra, não haveria problema.

Mas naquele dia foi diferente. Não me lembro se houve aula vaga ou se matei mesmo. O certo é que fui embora na hora do intervalo. Saí apressado pra não perder o episódio do dia. Já estava no final da saga, quando o Goku faria a batalha final contra Majin Boo.

Cheguei em casa, nem tirei o uniforme, sentei com mochila e tudo no sofá, liguei a TV.

Pra minha surpresa e tristeza (mais tristeza do que surpresa) a Globo estava transmitindo um noticiário ao vivo sobre duas torres pegando fogo em Nova Iorque, nos EUA. Na hora achei que era fogo mesmo e não admitia que a TV deixasse de transmitir meu desenho favorito pra mostrar aquilo.

Mudei de canal. Mudei de novo, de novo e de novo. Todos transmitiam a mesma coisa.

E eu nem sabia o que era o tal de World Trade Center, de torres gêmeas, de Al Qaeda, de Bin Laden. Queria mesmo era meu Dragon Ball Z.

Não fiquei nem 10 minutos vendo aquilo. Saí e fui jogar futebol. Meus amigos, frustrados como eu foram jogar bola também. Afinal, não estávamos entendendo nada mesmo. Nem imaginei que era o prédio mais alto do mundo, que aviões sequestrados por terroristas tinham colidido contra o prédio, que tanta gente morreu. Mesmo assim, a partir daquele dia fiquei sabendo muito bem o que era terrorismo, Bin Laden, Bush, torres gêmeas.

É engraçado como a gente lembra exatamente o que estávamos fazendo no dia de algum acontecimento importante. Mesmo que na hora eu não tenha visto a mínima importância naquilo, hoje eu sei o quanto aquele fato marcou a história mundial.

A partir dali, duas guerras foram desencadeadas, uma no Afeganistão e outra no Iraque. Muitas reflexões foram feitas em jornais, internet, blogs e até em sala de aula, tanto na escola como na faculdade durante anos. Ouvi muitas opiniões que ajudaram a formar a minha. Um fato extremamente importante e marcante da história política do mundo.

Mesmo que o dia 11 de setembro de 2001 tenha me marcado apenas, naquele primeiro momento, como o dia em que eu matei aula pra assistir Dragon Ball Z e perdi a viagem.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Parabéns ao Centenário

Quero parabenizar aqui um grande clube. Este clube fez exatamente 100 anos no dia 1º de setembro. É um time de guerreiros, paulista, e que eu gosto muito. Tenho muita simpatia por esse clube.

Meu time, o Santos já venceu, mas já perdeu também, é claro.

Por isso, os meus sinceros parabéns a esse senhor clube, agora centenário.


PARABÉNS NOROESTE!

Ah, e parabéns ao Curíntia também... parece que fez 100 anos também, não tenho certeza

domingo, 29 de agosto de 2010

O Último Mestre do Ar

Mudei de planos sexta-feira e fui ao cinema. Assisti "O Último Airbender", ou "O Último Mestre do Ar", que é a mesma história do desenho animado Avatar, que passava na Globo há algum tempo. E que eu adorava.
Aang do filme: o ator é Noah Ringer

E estes são os protagonistas do desenho: Aang, Sokka e Katara

Não gosto muito de desenhos que se transformam em filmes, porque os filmes nunca contam a mesma história do desenho. Assim aconteceu em Dragon Ball, que é um dos desenhos que eu mais gosto, mas o filme é muito ruim e não conta a história corretamente.

Em "O Último Airbender" (que só não se chamou Avatar porque laçaram um outro com este nome há pouco tempo) a história é a mesma do desenho, os personagem são os mesmos e os nomes também. Por isso achei bem legal. Claro que no desenho, como são vários capítulos, a história é mais detalhada e o Aang, personagem principal é mais engraçado e divertido. O Aang do filme é mais sério e ainda está tentando entender o que está se passando no mundo, já que ficou congelado por cem anos.

A única coisa que não gostei muito no filme foi das lutas, que não me pareceram tão reais. Apesar dos muitos efeitos especiais, elas me pareceram meio monótonas.

Mas o mais legal é que eu pude contar toda a história pra Lorena, que foi comigo. Como ela não conhecia o desenho, eu comecei a explicar a história e também o que viria a acontecer nos próximos filmes, já que esse foi apenas o primeiro. Deve ter mais uns dois, se for igual ao desenho mesmo.

Enfim, o filme é muito legal e eu adorei. Não vejo a hora de lançarem as continuações. O Aang ainda vai dominar a terra e o fogo. Nesse ele aprendeu a dominar a água, já que ele é o Avatar e é o único no mundo que consegue dominar os quatro elementos.

O filme é bem legal e eu recomendo. Principalmente para quem já gostava do Avatar desenho animado.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Querido blog...

Querido blog

Hoje faz duas semanas que eu estou em Portugal. Sei que parece pouco, mas enquanto as aulas não começam e eu não tenho emprego, o tempo parece andar devagar demais e a saudade de minha cidade, dos meus amigos e da minha família acaba vindo sempre à cabeça.

Mas estou começando a me adaptar.

A família do Paulo, meu amigo, me acolheu muito bem. A dona Sueli e seu Ademir são muito legais, assim como a irmão do Paulo, a Maiury. Enquanto eu não estou trabalhando, eu ajudo na casa lavando louça e fazendo o que eles pedirem. Estou esperando uma resposta de emprego do patrão do Paulo.

Domingo passado encontrei a Claudia e a Tati, duas amigas minhas que moram há um tempão aqui em Lisboa e que eram minhas vizinhas em Jataizinho. Elas me levaram pra passear em Sintra e depois em Belém, que é o bairro aqui de Lisboa de onde saiu a esquadra que descobriu o Brasil.

A Claudia e a Tati vão me ajudar a conseguir emprego.

Já fiz minha matrícula na faculdade. Acredita que só quando cheguei aqui em Portugal é que fui sabe que a Universidade Nova de Lisboa (UNL) é pública e que é uma das melhores do país? Me senti o tal. Afinal, não é todo dia que se faz mestrado na Europa e ainda numa das universidades mais conceituadas... Bom, mas só isso não basta, agora tenho mais é que estudar muito.

E por falar em estudar muito, hoje eu fui na UNL pra resolver umas coisas e acabei conhecendo a Michele, que é uma mulher que trabalha na lanchonete da faculdade. Ela é brasileira, capixaba, e já mora aqui há dez anos. Eu adoro encontrar brasileiros porque temos assuntos em comum, e isso é legal. Ela disse que há muitos brasileiros que estudam na UNL, por isso me animei.

Fiz amizade também com a Lorena, que mora em uma outra cidade aqui perto que eu esqueci o nome. Terça-feira, que foi meu aniversário, fomos eu, ela e o Paulo à praia. Hoje eu e a Lorena vamos ao zoológico.

Esses dias também conversei com a Adriana. Ela é de Jataizinho, estudou comigo no colégio lá e está há três anos e meio em Portugal. Ela é casada com o Everton, que eu conheço também. Vamos nos encontrar semana que vem.

Pensando bem, até que duas semanas passaram rápido. Tomara que continue assim.

Segundo meus amigos, assim que eu começar a trabalhar e estudar, eu nem vou ver o tempo passar. Será? Tomara. Agora só preciso arranjar um lugar pra jogar bola. Já faz duas semanas que não jogo e eu estou ficando meio desesperado.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Clube dos Anjos


O mais legal em "Clube dos Anjos" é saber o que vai acontecer e mesmo assim ainda surgir aquela vontade incontrolável de ler.

E é exatamente isso o que acontece com os personagens do livro, mas de um jeito muito mais trágico. Ele são pegos pelo pecado da gula.

Aliás, o livro faz parte da Coleção Plenos Pecados, que tem sete livros e cada um fala de um pecado capital. Esse é sobre a gula. O autor é SÓ Luis Fernando Verissimo, que não é bom pra falar, mas é o cara para escrever.

A história é sobre um grupo de amigos que se reúnem todos os meses há mais de vinte anos para comer. Mas há algum tempo os jantares estão meio sem graça. Até que um deles, Daniel, que é o narrador da história, resolve chamar um cozinheiro especial e o grupo reanima.

Mas após cada jantar, um deles morre. Coincidentemente, sempre aquele que mais gosta do prato do dia. O jantares vão acontecendo, as mortes se sucedendo. Mas o legal é que, mesmo sabendo que vão morrer, eles não resistem à última garfada.

E o talento de Veríssimo me prendeu até a última linha.

Pensando bem até que morrer comendo não seria má ideia. Morreria feliz...

Ai, bate na madeira.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cascais

Ontem fui à praia.

Pegamos o metrô, que aqui se chama metro, depois pegamos o trem, que aqui se chama comboio, e viajamos cerca de meia hora até Cascais, que aqui se chama Cascais mesmo porque é o nome da cidade.

Cascais

Cascais é uma cidade linda. A paisagem é maravilhosa. No caminho, o mar é azul de chegar a doer os olhos. E o melhor de tudo: gastei cerca de 5 euros pra ir e voltar. Eu e o Paulo compramos uma Coca-Cola e um pacote de batata, botamos na mochila e fomos.

A diferença da praia de Cascais para as praias do Brasil é gigantesca. Apesar da beleza, não é tão legal.

Não tem onda.
Não tem milho cozido.
Não tem churros.
Não tem ginástica.
A água é geladíssima (apesar do calor de 30 graus).
Não sanduiche natural nem salada de frutas.
Não tem água de coco.
Não tem Biscoitos Globo.
Não tem barraquinhas.



A coisa mais legal que tem aqui na praia é o topless. Pena que ontem as mais belas resolveram entrar em greve. Ou então, na teoria do Paulo, era proibido fazer topless em Cascais se a mulher tiver menos de 70 anos. Por isso é que não tirei fotos.

Mas como já comecei a falar de topless, não poderia deixar de mostrar um peitinho. Essa eu peguei no flagra!



Se ela fosse famosa, eu ganharia uma boa grana com esta imagem.

O fado

Conheci o fado.

O Fado não é o marido da fada, nem é uma entidade mágica.

É um ritmo típico de Portugal. E achei muito bonito. Saí para caminhar já era mais de 11 da noite e fomos a Maiury e eu pelos becos da Alfama, que é um bairro aqui em Lisboa onde não passa carro porque as ruas são muito estreitinhas, becos.



Lá há várias tabernas, uns barzinhos que parecem cravados na pedra, umas caverninhas. Lá o pessoal toma vinho e ouve o fado. Os cantores, além de cantarem, também interpretam, por isso achei muito legal. Fiquei um tempão apreciando o fado em uma taberninha, mas quando saí para ir embora, percebi que havia muitas delas e em cada uma, um show de fado.

Os cantores cantam sem microfone, sempre no meio das mesas ao som de um violão e um bandolim. Nada elétrico. Adorei o fado.



domingo, 15 de agosto de 2010

Primeiras impressões de Portugal

Faz três dias que estou em Lisboa.

Hoje fui à missa aqui na igreja de São Domingos. Para começar a igreja é daquelas antiguíssimas, em formato de cruz, cheia de imagens de santo, vitrais, e altas, muito altas.

O legal desta igreja é que há mais de três séculos houve um terremoto gigantesco em Lisboa e um incêndio, que destruiu parte dela. Depois, ela nunca foi restaurada e ficou assim, meio despencada. Há uns pilares faltando pedaços e santos meio danificados, assim como o chão e o teto. Mas a aparência meio em ruínas deixa a igreja com um ar ainda mais misterioso. Parece até uma igreja cavada na rocha ou sob a terra.





Em relação à missa, foi mais chata que já fui em toda a minha vida. As missas em Jataizinho nós tocamos quase com uma banda. Aqui, só um órgão e um senhor de 150 anos cantando. O Glória é rezado. E o abraço da paz então? Super animado. Fora que a pessoa mais nova na missa devia ter pelo menos 75 anos.

Ah, tinha uma senhora do meu lado que começou a fazer um sons muito estranhos, com uma voz muito grossa e rouca. No começo pensei que estava possuída ou algo do tipo. Depois percebi que ela estava rezando o terço. Mesmo assim, ainda não entendi o motivo dos gritos. Deu muito medo.

Outro lugar de muita gritaria é a Feira do Relógio. Também não sei porque se chama Feira do Relógio, mas é uma gritaria danada: "UM EURO!"; "SÓ DOIX EURINHOX""; "DUAX PÇAX POR 5 EUROX!"; "TUDO POR 3 EUROX, É A MODA DO VERÃO!". Lá vende-se de tudo. Roupas, acessórios, objetos de cozinha, óculos, carne e até relógio.



A única coisa que não tem aqui nas feiras é o pastel. No Brasil, feira é feira quando tem pastel. Quem diz que vai à feira, é claro que vai comer pastel. Aqui não. Nem massa de pastel tem no mercado para comprar. Uma pena. As feiras aqui é como se fossem aleijadas. O que tem para comer é uma tal de bifana, que é um pão com uma carne de porco. Não é muito bom. Acho que vou montar uma barraquinha de pastel na feira.

Por falar em pão, por incrível que pareça, os pães aqui são horríveis. Duros como pedra. Aliás, onde eu moro é a parte velha da cidade. Tem até uns prédios cheios de andaimes para não cair. Acho que se jogar um pão no prédio ele cai. Pão bom é o de forma e só. Pão francês é o do Ausec, em Jataizinho, e só.

Em compensação há lugares lindos, como as praças e o rio Tejo. Tem o Terreiro do Paço, tem o Rossio e mais um monte de lugares que vou escrever sobre eles depois. Tem também o metrô, que aqui é metro; tem a bunda, que aqui é rabo; e tem os meninos, que aqui são putos. Semana que vem acho que vou ver jogo no estádio do Benfica ou do Sporting.



Ah, e descobri também que o bairro onde eu moro é o bairro onde nasceu o Fado, música típica de Portugal.



E se Deus quiser (e ele há de querer) vou conseguir encontrar um lugar para jogar futebol.

Até lá.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Em Portugal

Muitas coisas aconteceram nos últimos dias, por isso não postei e a minha amiga This deve estar achando que morri.

Na verdade, não morri. Estou em Lisboa, Portugal.

Vou fazer mestrado em Ciência Política. Daqui para frente, vou tentar atualizar mais este blog e falar da minha nova vida aqui.

Abraço a todos.

domingo, 1 de agosto de 2010

Cia Norte

Já são 2h50 da manhã de domingo. Eu no msn.

De repente, o Lu me manda isso: http://www.orkut.com.br/Main#Album?uid=7433243753259383830&aid=1280602687
olha isso
o nome do album
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
euri muito


Quando eu entrei, era no orkut de um amigo meu. Aí não aguentei. Ri alto. Um dia ainda vou conhecer a Companhia do Norte.



Ruan, me perdoe, mas essa ficou registrada pra sempre.

E Lu, obrigado por fazer me fazer rir na madrugada HAHAHAHAHAHAHA.

sábado, 24 de julho de 2010

Seleção é lugar de Mano

Meu tio Reginaldo já me mandou uma mensagem tirando sarro. Afinal, Mano é o técnico da seleção. O Fluminense não liberou o Muricy, infelizmente.

E antes que meu tio Reginaldo entre aqui no blog e comente, tornando pública minha vergonha, já venho por meio desta postagem retratar minha grande gafe. Em vez de esperar, já fui desferindo meu sarro, afinal, já era certo que Muricy era o técnico da seleção.

Mas vingança é um prato que se come frio. E desta vez, comi congelado.

Meu tio deve ter dito: "Calma, porque ainda não é certeza".

Mas eu não ouvi. Continuei com as piadas. Postei no blog.

Por isso, esta postagem é só para registrar o ocorrido. Porque seleção é, sim, lugar de Mano. Fazer o quê, né?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Seleção não é lugar de Mano, Regi

Eu tenho um tio que é daqueles bem corintianos bem chatos. Até já escrevi uma postagem aqui no blog em homenagem a ele, quando ele me ligou tirando sarro porque o Santo André fez 1x0 no começo do primeiro jogo da final do Paulistão deste ano, contra o Santos.

Essa semana ele estava que não se cabia em si mesmo porque já era certo que o Mano Menezes, do Corinthians, seria técnico da seleção. Me ligou, veio em casa, tirou o maior sarro.

Eu só disse pra ele: "Calma, porque ainda não é certeza".

Ele não me ouviu. Continuou com as piadas.

Por isso, esta postagem é só para registrar o ocorrido. Porque seleção não é lugar de Mano.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Insônia

por DANIEL CAMPANER*

São três horas da madrugada e eu estou aqui ainda. Na verdade eu estou no lugar certo. Na minha cama, é claro. Quem dera se fosse na de alguma mulher gostosona aí, ou até mesmo num motel cinco estrelas...

Bom, desculpas. Esqueci de me apresentar.

Eu me chamo Miguel, tenho 20 anos, faço publicidade numa faculdade particular e estou no terceiro ano. Moro no Interior de São Paulo e essa é a minha vida.

Desde meus 18 anos, quando entrei na faculdade eu fico nessa mesma rotina. Estudo até tarde, e pra não dormir bebo café. Ah, eu adoro café. Ele tem cafeína, uma substância que... Nossa, desculpas.

Voltando ao assunto, então... Quando eu entrei na faculdade eu saia muito, estava acostumado com as baladas, porque você sabe, né? Então, quando eu acordei já era tarde. Eu passei na faculdade bem apertado de notas, mas cá estou eu. Agora o problema é outro. Eu estudo muito e fico até altas horas fazendo meus deveres e por causa do bendito café, eu perco o sono.

Agora são três e meia da madrugada e eu não consegui dormir. Eu já tive tempos melhores. Amanhã, ou melhor, hoje eu acordo cedo, tenho aula e entrega do relatório, então boa noite, vou dormir em alguns segundos, quer ver?

Três, dois, um... Ah, não deu certo.

Mas eu sou esperto, vou fechar os olhos, pensar em algo bem gostoso e que me lembre coisas boas. Tipo café. Não, café não. Será que não vou conseguir dormir hoje? O quê eu faço? Já são quatro horas da manhã e nada do sono chegar. Mas agora eu sinto, ele está vindo. Ah, que delícia. Boa noite.

Três, dois, um...

Não foi dessa vez, ainda estou aqui. Essa insônia acaba comigo. Esse café acaba comigo. Ele é tão bom, mas me faz tanto mal. É, acho que insônia é problema mental mesmo. Mas chega de pensar. Porque pensar agora, não leva à lugar algum. Ou leva? Será que se eu ficar pensando eu vou dormir? Ah, eu não sei. Mas às seis eu levanto e faltam trinta minutos. Por isso eu estou indo dormir. E dessa vez é pra valer. Boa noite.

Três, dois, um...

PI PI PI PI PI PI...

*Daniel Campaner é Jaguapitãense, está no ensino médio e diz que nunca passou por isso, diferentemente deste blogueiro. Ele também não gosta de café, diferentemente deste blogueiro. E diferentemente deste blogueiro, ele tem twitter. Quem quiser segui-lo: http://twitter.com/danncampaner

domingo, 18 de julho de 2010

A coisa que eu mais gosto de fazer

A coisa que eu mais gosto de fazer é jogar futebol. Pode ser na rua, na quadra, no campo (com grama ou sem grama), tanto faz.

Nas segundas e quartas de tardezinha jogo com meus amigos no campo do Ridioni. Na quarta a noite jogamos no campo do Val. Nas terças e quintas à noite jogamos na quadra municipal. Na sexta a noite jogamos no bola Brasil. Só não jogo na sexta a tarde por causa da catequese. No sábado a tarde tem o time do Baixinho (nesse pagamos mensalidade e entramos em campeonato). No domingo de manhã é jogo no Ridioni de novo. Isso quando, eventualmente, não tem jogo no sábado de manhã.

Domingo passado estávamos jogando nosso futebol sagrado de domingo de manhã num campinho aqui perto. E o Ridioni, que é o cara que toma conta do campo, era o zagueiro do time adversário. De repente ele subiu para cabecear uma bola e caiu em cima do braço.

Quebrou.

Mas o Ridioni, que é mais fanático que eu por futebol, rogou uma praga daquelas "se eu não posso jogar, ninguém joga". E a praga pegou.

Faz uma semana que chove sem parar.

Na sexta-feira eu já estava muito estressado porque fazia cinco dias que não dava pra jogar futebol por causa da chuva que detonou o campinho. Meu coração estava aflito. Tudo me irritava. Acho que é tipo uma droga, sei lá. Fui lá, entrei no campo, fiz uma reza.

E não é que deu certo!

Já faz dois dias que não chove. Joguei ontem no time do Baixinho e hoje, quando saí da missa de manhã lá estavam o Guilherme e o João Luiz na porta de casa me chamando pra jogar num mini torneio lá no campinho do Pombal. Topei na hora. Passamos na casa do Ramon (que é tão fominha quanto eu, mas muito mais habilidoso), que estava dormindo, mas foi também.

Esperei um jogo acabar debaixo de muito sol, sentado no campinho quase sem grama vendo um monte de perna de pau jogar e esperando meu jogo. Quando começou já era meio dia e meio, sem almoço, sem nada.

O primeiro tempo terminou 5x1 pra gente. O segundo tempo terminou 7x5 pra eles. Apanhamos. Saí todo ralado. O Ramon torceu o pé. Fiquei muito irritado e tive que me contentar com as explicações táticas pra derrota. Acho que não foi culpa minha.

E depois o Kellyson teve que aguentar nossa explicações (minha e do Ramon). O Kellyson é nosso goleiro às segundas, quartas e sextas no campo do Ridioni. Ele deve estar se perguntando: "Se os dois jogaram tão bem, como perderam?". Vamos deixá-lo meditar.

Amanhã, se São Pedro deixar, mais futebol vai rolar.

Mas quer saber... ADOGOOOOOOO!

(foto tirada de http://vozdoseven.blogs.sapo.pt/336198.html)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comédias para se ler na escola


Este é um livro para quem não gosta de ler.

Sim, porque quem diz que não gosta de ler, certamente vai mudar de ideia depois de ler "Comédias para se ler na escola".

Sabe aqueles livros deliciosos, que não dá para parar de ler enquanto não chega o fim? E quando chega o fim, a gente vontade que não tivesse chegado.

São textos curtíssimos de, no máximo, quatro páginas. Uma história mais surpreendente que a outra. A primeia, um menino que recebe, no aniversário de sete anos, uma espada de verdade. Ele jura para o pai que agora ele é o Thunder Boy e que tem a missão de proteger a terra. O pai, claro, leva na brincadeira. No final, há uma surpresa.

A linguagem é bem simples, bem parecida com a que a gente fala no dia a dia. E antes de começar o livro, propriamente dito, há um prefácio muito interessante de Ana Maria Machado, que fala sobre o gosto pela leitura. Ela diz que é até falta de respeito com os jovens obrigá-los a ler livros de dois séculos atrás. Tudo muda, tudo se moderniza e a literatura também. Há muito escritores novos que interessariam muito mais aos jovens. Aliás, é a própria Ana quem organiza as crônicas do livro.

Puta que pariu! Não existe quem não goste de ler. Existem leituras que agradam mais e a uns e não agradam a outros. Eu não gosto livros de Paulo Coelho, mas o cara é um dos que mais vendem livros no mundo! Como eu posso dizer que ele é ruim? Mas adoro ler romances policiais crônicas de autores brasileiros, mas tem muita gente que não gosta.

"Comédias para se ler na escola" é um livro divertidíssimo, ótimo para o jovem que quer começar a ler. E melhor ainda para quem diz que não gosta de ler ou não tem o hábito.

Ah, ia me esquecendo. O autor é Luis Fernando Veríssimo. Acho que isso já resume tudo o que escrevi.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O melhor da Copa

Hoje de manhã comentei com um amigo meu que o Diego Forlán bem que poderia ser escolhido o melhor da Copa.

Não sou o polvo Paul, mas nesta eu e a FIFA concordamos.

O cara jogou demais. Não dá para dizer que levou o Uruguai nas costas, mas dá para dizer que ele tem condições de jogar em qualquer seleção do mundo. Inclusive na do Brasil, é claro e principalmente.

Dentre tantos jogadores tão falados e que eram tidos comos os craques da copa, Forlán chegou mineiramente e jogou melhor que todo mundo. Até o UOL fez alguns infográficos mostrando os "craques" da Copa: Cristiano Ronaldo, Wayne Ronney, Didier Drogba e Lionel Messi. Perfeito, né?

Por isso, digo que o prêmio é merecidíssimo. Ainda mais depois do segundo gol contra a Alemanha, no sábado. Uma pintura.

Forlán é uruguaio e jogou na seleção que merecia estar na final.

O prêmio de melhor jogador ficou em boas mãos. Ou melhor, em bons pés.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Uruguai é poesia

E aqui vai uma dica para uma poesia do Cássio Corrêa, do blog "E também futebol".

É sobre o Uruguai e sintetiza toda a raça desta seleção que, para mim, fez valer a Copa do Mundo e merece ficar entre as melhores.

Para ler lá, clique bem aqui.

Cara, como foi bom ver o Uruguai jogar nesta copa!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Torcicólogo

Ontem o Rubinho veio aqui em casa.

O Rubinho é um menininho que mora lá em Lins, São Paulo, e passa as férias na casa do vô dele, que é aqui perto.

Ele chegou em casa todo tortinho e perguntou se eu estava em casa. Minha mãe perguntou pra ele porque ele estava com o pescoço pro lado.

- É que eu estou com TORCICÓLOGO!

Nem teve tanta graça, mas a minha está rindo desde ontem.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Uruguai valeu a copa

Não sou de ficar me emocionando em jogos de futebol, nem de chorar quando meu time ou a seleção brasileira perde. Gosto sim de futebol, sou amante do bom futebol e gosto quando muito de ver belas jogadas, dribles e muita raça em campo.

Porém, se houve alguma partida na qual eu tenha sentido uma ponta de emoção, talvez até um certo orgulho, nesta copa foram os dois últimos jogos da seleção do Uruguai.

Contra Gana, um embate épico nas quartas de final. Com a Jabulani traindo os dois goleiros. Como uma garota que diz sim, mas na hora H pula fora. Um 1x1 digno de virar livro. Quando o atacante do Uruguai defendeu a bola com a mão no último segundo do jogo, dei adeus à Celeste.

O cara foi expulso e saiu chorando, mas o melhor jogador de Gana perde o penalti. Neste momento soltei um grito: "Meu Deus, não acredito!". Minha mãe correu na sala preocupada. "O cara de Gana perdeu o penalti!" E, mas emocionante ainda é ver o Suarez comemorando quando viu o gol a caminho do vestiário. Nos penaltis, Uruguai.

E hoje, mais uma vez, quando achei que estava tudo decidido para a Holanda, com o Robben saindo rindo de campo, com o Cleber Machado dizendo que a Holando era finalista, eis que surge um gol aos 45 minutos do Uruguai. Eis que dou mais um grito: "Meu Deus, gol do Uruguai". Eis que surge a pressão no final da partida. Eis que eu percebo o quão importante é a copa para aquele time. Eis que eu percebo o quanto eu gosto de futebol. Eis que me vejo de pé com as mãos postas e os pés gelados de tensão.

Hoje o Uruguai mostrou ao Brasil como se joga futebol. Futebol é mais que nome. É mais que camisa. Futebol é raça. É pura raça. Prefiro um time inteiro Lúcios e Luganos do que de Kakás e Messis.

Quando estava 2x1, o Brasil parecia jogar um amistoso contra a Holanda. Hoje, em desvantagem no placar, o Uruguai travava uma guerra contra a Holanda. O Paraguai, do mesmo modo, travou guerras contra Espanha, Itália e Japão. O Brasil tinha medo de estragar o esmalte.

Parabéns, Uruguai. Futebol é raça e paixão.

Só de ver a Celeste jogar os dois últimos jogos já valeu a copa inteira. O que vier daqui para frente é cumprimento de tabela.

Uma bela canção (6)

Este é o novo sucesso dos Aviões do Forró. A letra é linda.

Feito Capim
Aviões do Forró
Composição: Rodrigo Mell / Elvis Pires

O amor é feito capim
Mas veja que absurdo:
A gente planta, ele cresce
Aí vem uma vaca e acaba tudo

Me dediquei, me entreguei a você
Me anulei, esqueci de viver
Mesmo assim eu estava feliz
E faria bem mais, mas você não quis

Na primeira tentação você caiu
Nosso amor era quente foi ficando frio
Preparei o terreno pra você me amar
Mas foi plantar amor em outro lugar

O amor é feito capim
Mas veja que absurdo:
A gente planta, ele cresce
Aí vem uma vaca e acaba tudo ( 2x )




Repare no jeito que a cantora diz "vaca". No estilo Bruno e Marrone. Dá a impressão de que, no final da música, ela está toda descabelada, roupas rasgadas por ela mesma e babando de raiva.

Ri muito quando imaginei.

domingo, 4 de julho de 2010

As curvas do Vale do Ribeira

Cheguei hoje de madrugada de Adrianópolis. Lá será realizada a 25ª Romaria da Terra do Paraná, em agosto e ontem houve um reunião.

Adrianópolis fica no Vale do Ribeira, uma região de mata atlântica na divisa entre Paraná e São Paulo. E Adrianópolis fica bem no meio do vale. Mas outra hora eu falo sobre a cidade. Agora quero falar sobre a viagem.

Este é o mapa que mostra o caminho que fizemos até lá:


Adrianópolis fica bem aqui ó:


Saímos às 19h de Jataizinho. Passamos por Assaí, São Sebastião da Amoreira, Ribeirão do Pinhal, Santo Antonio da Plantina e Carlópolis, que já divisa com o Estado de São Paulo. Entramos em São Paulo.

Daí para frente: Fartura, Taquarituba, Itabera, Itapeva, Capão Bonito.

De Capão Bonito para frente, só por Deus, porque a partir daí entramos no Vale do Ribeira, que deveria se chamar Vale da Ribanceira. É quando começamos a voltar para o Paraná. A estrada (SP-250) se torna estreita, sem acostamento e cheia de buracos. Mas o pior não é isso. O pior são as curvas.

Você já andou na Serra do Mar? Já? Não gostou? Passou mal? Então neste trecho que andamos entre Capão Bonito e Adrianópolis, passando por Apiaí, Ribeira e outros municípios minúsculos por ali, você iria querer morrer.

Parece ser uma região esquecida do mundo. Até 100 metros antes de entrar na cidade, você não a vê, simplesmente porque a cidade fica escondida no meio das montanhas. Parace uma cidade numa cratera de vulcão. Mas Adrianópolis é mais longe ainda, porque ela fica lá embaixo, no pé do vale, na beira do rio Ribeira.

Aliás, esta é a cidade de Ribeira, que faz parte do Estado de São Paulo:


E esta é Adrianópolis, que é Estado do Paraná, mas é vizinha - separada por uma ponte - de Ribeira:


São cidades com origem nos resquícios da escravidão, ainda no início do século. Há muitas comunidades quilombolas. Para fugir das senzalas do litoral ou região de Curitiba, os negros se embrenhavam pela mata e procuravam os locais de mais difícil acesso. Assim, surgiram as cidades da região.

Foram cerca de 120 quilômetros de curvas, curvas e mais curvas. Muitas curvas. Quando eu digo curvas, digo curvas de 90, 120, 180, quase 360 graus. Pura descida. Puro buraco. Pura escuridão. Até agora estou me perguntando como é que as pessoas que moram lá conseguiram levar os materiais de construção praquele fim de mundo. Não consegui pensar um caminhão cheio de mudanças descendo aquele vale.

Mas pensando bem, não deve ser tão difícil, porque empresas mineradoras sobram por lá. Acabam com a natureza, exploram os locais e deixam as cidades do Vale do Ribeira na miséria. E sabe qual é a empresa que explora o minério lá em Adrianópolis? A Sanderson, nossa vizinha de Londrina.

O rio Ribeira, de tão poluído e contaminado por causa do chumbo, não tem peixe. Por isso, não há pesca na região. As cidades "sobrevivem" única e excluisivamente de mineração, já que não há onde plantar, porque as montanhas em volta, gigantescas, não permitem a atividade.

No mais, o lugar é lindo. Fiquei impressionado com a beleza do Vale do Ribeira. A Romaria da Terra é no dia 15 de agosto. Estarei lá e levo minha câmera fotográfica porque desta vez eu esqueci e não tirei foto alguma.

OBS: Na volta, ao chegar em Taquarituba, passamos direto e só quando estávamos chegando em Avaré é que percebemos o erro. Tinha uma placa indicando que logo logo entraríamos na Castelo Branco, rumo à capital paulista. Até pensamos e ir na 25 de março, mas voltamos e seguimos viagem até Jataizinho.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

"Eu estava cagando..."

A sinceridade e ingenuidade infantil.



O melhor é o sotaque na hora do "cagando..."

Muito fofo.

"Como você pode fazer isso comigo, Corinthians?"

Essa eu vi no Kibeloco e não resistir. Tive de colocar aqui porque é sensacional.



Agora só falta alguém avisar pra Andressa que ela vai ter de se acostumar com isso.

É uma infância perdida. Chorei.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Chi-chi-chi le-le-le Viva Chile!

Desde de quando a Espanha ganhou do Chile no último jogo do Grupo H, eu perdi um pouco do ânimo em relação à copa. Eu achava que o Chile poderia chegar mais longe e estava gostando muito do futebol da seleção chilena. Mas foi perder pra Espanha, quando podia até empatar pra ficar em primeiro e se livrar do Brasil.

Acabei de assistir Brasil 3x0 Chile. Eu não consegui torcer para o Brasil porque o Chile já havia ganhado a minha simpatia. Assisti sozinho no quarto e dormi durante quase todo o primeiro tempo, como se o jogo fosse desses sem importância, tipo Argélia x Eslovênia.

Acordei do sono com a gritaria do segundo gol.

No segundo tempo assisti a, no máximo, 20 minutos picados, mas ainda vi o gol do Robinho.

Realmente uma pena a saída do Chile que, dos pequenos, foi o time mais corajoso, porque atacou, criou chances e não se intimidou diante da Espanha e do Brasil.

O Brasil, passou. Legal. Mas esse jogo bem que podia ter sido contra a Espanha.

Se o Uruguai passar por Gana e o Brasil passar por Holanda, acho que vai acontecer a mesma coisa que aconteceu hoje contra o Chile.

E se o Paraguai chegar na semi-final contra a Argentina, vou ser obrigado a torcer por uma final entre Uruguai e Paraguai. Já pensou?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ninguém vai comentar este post

Eu não gosto muito de escrever sobre futebol aqui no blog porque ninguém comenta. É por isso que penso muitas vezes antes de colocar alguma coisa sobre a Copa do Mundo que está rolando aí.

Por isso, eu não vou escrever que aposto em Brasil x Argentina na final da copa.

Não vou escrever que torço muito para o Brasil pegar a Espanha já nas oitavas de final, só para que as seleções sulamericanas não precisem se enfrentar nas segunda fase e tenham chance de se classificarem todas para as quartas de final.

Não vou escrever que o time que jogou melhor e mais bonito até agora na primeira fase da copa é o Chile, pra quem torço muito.

Não vou escrever que não gosto da richa que existe entre brasileiros e argentinos. Richa esta que os meios de comunicação fazem questão de ressaltar, reafirmar e aumentar, seja em propagandas, reportagens ou piadas de mal gosto. Não vou escrever que comigo isso não funciona e que, quanto mais tentam forçar essa rivalidade - que para mim beira a insanidade - mais eu gosto dos hermanos.

Não vou escrever que torço muito para que a França não passe da primeira fase porque quem deveria estar na copa era a Irlanda e Tierry Henry deveria estar no mundial de basquete.

Não vou escrever também que Uruguai e Paraguai estão entre os meus favoritos.

Não vou escrever que esta copa está muito chata porque não sai gol, não tem viradas espetaculares, os jogadores não estão jogando com vontade - porque o importante mesmo para eles são os clubes, não tem golaços, só gol contra e gol feio, os tais craques estão machucados e os que não estão machucados passam longe do que jogam nos seus clubes, e que por causa da globalização do futebol - leia-se europeização do futebol - todos os times jogam iguaizinhos (todos iguais a Eslováquia).

Não vou escrever que, mesmo assim, assisti a quase todos os jogos até agora. Ou pelo menos uma parte de cada um.

Enfim, não vou escrever nada disso.

Afinal, ninguém vai comentar este post mesmo.

domingo, 20 de junho de 2010

Confrontos históricos

Dois vídeos muito engraçados da MTV.

Um deles é um confronto histórico entre as seleções Sérvia x Montenegro. Neste, o árbitro para o jogo a todo momento porque a ONU decide que alguns jogadores tem de trocar de time porque Sérvia conquistou um território de Montenegro, ou vice-versa, depois vira tudo Iugoslávia de novo. Muito bom.



O outro é um outro confronto histórico entre Israel x Palestina. Neste, pra começar os times estão desfalcados porque os jogadores se mataram antes da partida. Ninguém invade território de ninguém, mas quando invadem... também muito bom. Esse foi sugestão dada pelo Torero no blog dele.



Imagine isso tudo numa Copa do Mundo!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sobre as pequenas caquinhas

O espetáculo, resumidamente falando, é uma hora de pura bobeira.

São piadas tão simples que a gente que está na plateia não acredita. São diversos atos bem curtos, com situações do cotidiano, mas que se tornam muito engraçadas. Minha barriga chegou doer de tanto que eu ri.

Cinco atores se revezam no palco. Um palco vazio. O que eles usam são apenas roupas alaranjadas de gari e às vezes trocam por camisetas pretas. Uma ou outra vez alguém aparece fantasiado de algum outro personagem.

E tem também um grande tambor de lixo alaranjado que ora é palco para um teatro de bonecos (que não são bonecos, mas sandálias, chinelos, sapatos, tênis e pantufas), ora vira carrinho de pipoca, ora viro lixo mesmo.

Uma hora um dos atores anuncia: "Caquinha número 'tal': o pipoqueiro". Aparece então uma atriz com o tambor de lixo, fingindo ser um carrinho de pipoca. De repente as pipocas (dois atores dentro do tambor) começam a estourar. São dois atores com uma camisa branca na cabeça pulando dentro do carrinho como se fossem as pipocas. Mas a pipoqueira esquece de tirá-los e de repente eles pulam novamente, mas agora com uma camisa preta na cabeça. A pipoca queimou. Só.

Em outro momento eles anunciam uma grande atração: "Toquinho!". Então aparece um rapaz sem metade do braço com um violão na mão. Só.

Tem uma hora que o "Toquinho" entra e anuncia a próxima atração: "Noel Rosa". Então aparece um Papai Noel com uma roupa cor-de-rosa. Só.

E assim o espetáculo vai fluindo. Mas até agora eu não consigo imaginar de onde os atores tiraram tanta bobeira. É muita criatividade. Quem tiver a oportunidade de assistir "Pequenas Caquinhas", do grupo Antropofocus, não perca. É muito divertido.

Ah, como foi uma parceria entre Sesc Londrina e Secretaria de Cultura de Ibiporã, não tive de pagar nada para assistir. Bastou levar um quilo de alimento, o que não era obrigatório. A gratuidade deixou a peça ainda mais deliciosa.

Aqui vão alguns vídeos sobre o "Pequenas Caquinhas". O primeiro é o Hospital do Tênis. O segundo é a Galinha sem Penas. Os dois atos fazem parte da peça.





Vale a pena.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pequenas Caquinhas

Acabei de chegar de uma peça de teatro muito legal. A peça se chama "Pequenas Caquinhas" e é apresentada pelo grupo Antropofocus, que eu não sei da onde é.

Mas eu não vou escrever sobre o espetáculo agora, porque depois a gente foi numa pizzaria, eu comi demais e to a ponto de fazer pequenas caquinhas. Ou melhor, nem tão pequenas assim.

Quem quiser saber mais sobre o grupo, clica aqui.

Amanhã eu escrevo sobre a peça.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Eu tentei, juro que tentei...

Eu disse que ia torcer para a Eslovênia.

Olha, juro que tentei. Tentei mesmo. Muito. Mas não dá.

O primeiro jogo da Copa do Mundo ontem foi entre Argélia x Eslovênia. Foi o pior jogo que já assisti na minha vida. Pior que Ceará x Bragantino. Pior que Oeste x Mirassol. Pior que Zanni x Bar Carina (do campeonato aqui de Jataizinho).

Times sem técnica, sem criatividade, sem força ofensiva, sem nada.

Pelo menos a Eslovênia ganhou, mas, como não poderia deixar de ser, o gol saiu num frangasso do goleiro da Argélia. Durante o jogo foi me dando uma agonia sem tamanho. Desisti. Agora, vou torcer para o time que jogar bem. Infelizmente, até agora, quem está ganhando é a Argentina.

Acho que a Copa do Mundo está muito inchada. Muito time. Alguns deles "nada a ver", como diz meu irmão. O que tem a ver times com Nova Zelândia e Austrália (que para mim são a mesma coisa), Sérvia, Eslováquia e Eslovênia (que para mim também são a mesma coisa), Honduras, Argélia, Suiça e Coreia do Norte numa Copa? Nada.

Ou melhor, quase nada. Servem para fazer retranca e jogar para não tomar gol. E isso vai deixando a Copa do Mundo cada vez mais feia. 10 jogos, 16 gols, média de 1,6 por jogo. Uma droga. O Santos faz isso em três jogos.

A Eslovênia é caso passado para mim.

Agora ganha a minha torcida quem jogar melhor. Tomara que seja o Brasil amanhã.

Trocando de roupa

Ei, você digitou certo. É o blog "Danilo Lemos e Escrevemos".

É que resolvi mudar a cara dele. Hoje quando loguei, percebi que o Blogger estava disponibilizando um montão de templates novos. Então aproveitei e resolvi trocar.

O outro estava muito batido já, afinal, o blog já completou dois anos e ainda não havia ganhado nenhuma roupinha de ir à missa.

Pois bem... ganhou.

Está bem, está bem, não é bem uma roupinha de ir à missa, está mais para roupinha de ir ao circo, ou à uma festa. Mas é uma roupa nova. Uma cara nova. Um ufa... um até que enfim... um aleluia.

O conteúdo aqui vai continuar a mesma porcaria de sempre, não se preocupem.

sábado, 12 de junho de 2010

Uma bela canção (5)

Eu estava mechendo despretensiosamente no Youtube quando digitei a palavra "cemitério". Minha ideia era achar um vídeo recomendado por um amigo meu e tal.

Mas qual não foi a minha surpresa quando encontrei esta bela canção. Uma das melhores que já vi. É de um cantor chamado Leandro Nassif.

Amor de Cemitério
Leandro Nassif

Menina eu te conheci no enterro de um amigo meu
Enquanto todo mundo chorava eu observava um peito seu
Pode parecer estranho mas quando é amor eu falo sério
Se existe amor de carnaval, de ping-pong
Por que não existe amor de cemitério?

Menina, tão pálida magrinha, esquálida
Foi quando eu me distraí
Com o enterro de um anão
Aí que eu te perdi no meio da multidão

Não sei se você é real ou se é uma assombração
Menina quero te levar pra dentro do meu caixão


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Copa do Mundo... não aguento mais!


Eu não aguento mais a Copa do Mundo. E olha que ela nem começou.

A imprensa quer dar tanto show de cobertura que acaba deixando a gente farto de copa.

É tanta copa, tanta copa, tanta copa, que quando o jornal anuncia uma notícia sobre copa eu saio da sala e venho mexer no computador. Quando entro na internet, todos os sites só falam de copa. Acho que nem sites pornográficos dão trégua. Saio da Internet com raiva, precisando fugir de copa, ligo o rádio. Mas lá também só dá copa. Até os meus CDs parecem que falam de copa.

A Globo mandou 500 profissionais à África do Sul. Um faz matéria sobre as pernas do jogador. O outro, sobre como foi o dia da seleção. O outro sobre a cor da chuteira do Robinho. O outro faz uma matéria sobre o Rei Zulu.

A Sandra Anemberg apareceu anteontem e ontem no Globo Esporte. Anteontem para entregar uma blusa pra Glenda e ontem ela apareceu tocando uma vuvuzela. Dá pra acreditar numa jornalista assim? A Glenda não dá uma notícia que preste, tá lá passeando. Anteontem eu torci pra um leão pular em cima do Renato Ribeiro numa das 251 matérias que ele fez sobre leões. Pelo menos assim acontece algo interessante. A Anemberg fez uma matéria sobre a comida predileta do Mandela. Carlos Gil fez uma matéria sobre as câmeras do Soccer City. O que o Willian Wack está fazendo lá?

Já perdi as contas de quantas matérias foram feitas sobre Apartheid, sobre minas de diamantes, sobre preconceito, sobre a bola da copa, sobre as declarações supercriativas dos jogadores nas coletivas de imprensa, sobre os contundidos da copa.

Enfim, é tanta informação inútil que eu, pelo menos, já estou saturado e enjoado de Copa do Mundo.

Parece até que, com o evento, todos os outros problemas acabam e as pessoas vivem de "patriotismo", aliás, um patriotismo que só aparece de quatro em quatro anos, em ano de eleição, mas é na Copa do Mundo. Pensei aqui comigo: Depois da copa, o que o Jornal Nacional, Hoje e Bom Dia Brasil vão mostrar? Porque não tem mais o que mostrar. Não acontece mais nada.

Se isso for realmente verdade, vamos criar um movimento para que a Copa do Mundo seja permanente e os problemas acabem assim, milagrosamente.

Não aguento mais a Copa do Mundo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Chalaça



Comprei o livro "O Chalaça" por alguns motivos.

1º) O escritor é José Roberto Torero, que eu gosto muito e já li muitos livros dele. Ah, ele tem um blog, que está ali do lado direito do blog, na minha lista de blogs.

2º) Porque com esta obra, Torero ganhou o prêmio Jabuti, um dos principais da literatura brasileira.

O nome inteiro do livro é "Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso conselheiro Gomes, o Chalaça".

Por meio de um trabalho de pesquisa, Torero conseguiu fragmentos do diário de Francisco Gomes da Silva, um português que embarcou de gaiato para o Brasil com a família real portuguesa em 1808 e, de simples barbeiro, passou a conselheiro e melhor amigo do imperador Dom Pedro II.

Mas o legal é que, como é um diário, ficamos sabendo de fatos muito engraçados e curiosos, da excentricidade de Dom Pedro, das noitadas do imperador e de seus inseparáveis amigos. Por meio de um diário, Gomes acaba contando parte da história do Brasil, desde quando conheceu Dom Pedro até a morte do imperador, em Portugal.

São capítulos curtos e a linguagem é um pouco arcaica, mas tem um humor muito sutil. Confesso que demorei para ler porque é um pouco cansativo, apesar de não ser tão longo. Mas o final é muito legal e surpreendente.

Vale a pena. Paguei R$ 8,00 no sebo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pô, o Nilmar merece...

Se tem um jogador que merece estar na seleção brasileira, é o Nilmar.

Já falei sobre ele aqui no blog e dei sugestão ao Dunga pra que o convocasse. Dunga leu o blog e atendeu à minha sugestão. Por isso, me sinto em parte responsável pela convocação.

Depois de tantas lesões, nos dois joelhos, ele deu a volta por cima e hoje joga em alto nível.

E o mais legal: ele é de Bandeirantes, aqui pertinho da minha cidade. Jogou no União Bandeirantes, no Matsubara de Cambará e depois foi pro Inter de Porto Alegre. Praticamente um conterrâneo meu na copa.

Mais um, porque tem o Klébersom, que é de Uraí, mais perto daqui do que Bandeirantes. E que viveu em Ibiporã, que é ainda mais perto daqui. Do ladinho mesmo. Legal né? Dois caras que merecem estar lá na Copa.

Mas sobre o Klébersom eu escrevo depois.

Postei aqui a reporatagem do Jornal Nacional sobre o Nimar.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Dunga é extrato de banco"

O Cássio Corrêa, do blog "E também futebol" (listado aqui ao lado) se inspirou e escreveu algumas poesias sobre a convocação da seleção, sobre Dunga e sobre Ganso e Dunga.

Segundo ele, Ganso é algodão, furadeira nos zagueiros e dinamite na pedreira. Dunga é o zagueiro, a pedreira. Dunga não é poesia, revista ou música. Dunga é bula de remédio, extrato de banco.

Muito legal.

Para ler lá, clica aqui.

Avante, Slovenija!

O Dunga não levou Ganso, não levou Pato, não levou Filé de Borboleta. Mas levou cavalos, mulas, burros e bois velhos.

Por isso, como eu não estou mais a fim de torcer para o Brasil na copa, vou torcer para que a copa seja bem legal.

Legal como?

Com seleções ditas inferiores, chegando bem longe, como aconteceu em 2002 com Senegal, Turquia (3ª colocada) e Coréia do Sul (4ª, depois de eliminar Itália e Espanha). Ou como em 1994, com a Bulgária em 4º. Ou como em 1998 com a Croácia em 3º na estréia em copas.

Se alguma seleção dita superior vencer a copa, vai ficar muito monótono. Se Argentina, Brasil, Alemanha ou Itália vencerem, levam definitivamente para casa a taça, já que venceram duas vezes depois de 1970, quando o Brasil trouxe a Jules Rimet.

Mas, se for para alguma destas vencer, que seja a Argentina, porque eu gosto da Argentina. E que Paraguai chegue bem longe mesmo sem Cabañas. E que Uruguais chegue bem longe, mesmo num grupo difícil. E que Chile chegue bem longe, apesar de ter de pegar Brasil ou Portugal já nas oitavas.

É muito legal quando uma seleção sem muita expressão chega longe na copa, porque assim o torneio fica menos óbvio.

Enfim, depois da convocação de ontem, a Copa do Mundo ficou meio sem graça. Porque o Dunga entrou prometendo renovar a seleção, mas o time que vai pra Copa esse ano tem a mesma média de idade da de 2006, tem o mesmo número de jogadores que atuam fora do Brasil, tem goleiro que não joga faz tempo, tem 20 volantes, tem um craque doente.

O Dunga está entre a cruz e a espada. Se trouxer o hexa cala a boca de toda imprensa, que queria Ganso e Neymar. Se não vencer e, pior ainda, se for mal, será lembrado para sempre negativamente.

Mas não quero me meter nisso.

Porque já escolhi a seleção para quem torcer na Copa da África: a ESLOVÊNIA.



É a segunda copa desta seleção. Em 2002, ficou em 30º lugar (antepenúltimo). Tem craques do futebol como Andraz Kirm, Darjan Matic, Zlatan Ljubijankic e Elvedin Dzinic. E é nestes caras que eu aposto minhas fichas.

Assim, termino este post com a frase do ônibus da seleção eslevena na copa:

"NOSSOS CORAÇÕES BATEM PELA ESLOVÊNIA NA ÁFRICA DO SUL 2010"

Avante, Slovenija!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Anjos e Demônios


Uma boa dica para quem quer muita ação, aventura e suspense é o livro "Anjos e Demônios", do Dan Brown.

Ele escreveu este depois de "O Código Da Vinci", mas a história é anterior àquele. É a primeira aventura do professor de simbologia de Harvard, Robert Langdon. Desta vez, ele é acompanhado de Vittoria Vetra, filha de um cientista que é assassinado, supostamente por uma fraternidade secreta chamada Illuminati, a qual, Robert Langdon acreditava que estivesse extinta há várias décadas.

O cientista assassinado quer provar a existência de Deus através da ciência, ou seja, provar que Big Bang foi obra divina. A tecnologia que ele produz - a antimatéria - embora possa provar a teoria do cientista, é muito perigosa, pois pode se tornar uma arma nuclear jamais vista. Esta antimatéria então é roubada e instalada dentro do Vaticano bem no dia do Conclave. Tudo isso enquanto cardeais são sequestrados e vão morrendo um a um.

Assim, Langdon e Vittoria Vetra vão tentar descobrir onde está a antimatéria, salvar os cardeais e descobrir o esconderijo secreto dos Illuminati. Tudo isso em algumas horas. Por isso é que a leitura é alucinante. Ah, são capítulos curtos.

Notei muita semelhança com "O Código Da Vinci", o que, para mim, tornou parte do livro chata e sem muita novidade. Algumas semelhanças: fraternidade secreta; um homem e uma mulher; cógidos; poesia de pintores e cientistas para descobrir algumas coisas (Da Vinci e Isaac Newton em um e Bernini e Galileu no outro). Isso o deixou meio previsível em algumas partes.

Há também alguns erros meio por falta de pesquisa do autor, eu acho.

Por exemplo, o celibato, segundo a Igreja Católica, não é apenas se privar do sexo. Pelo contrário, a abstinência ao sexo é consequência do celibato, já que a igreja admite o sexo só depois do casamento. E se padres não podem casar, consequentemente, também não podem ter vida sexual. Assim, o celibato, antes de ser abstinência ao sexo, é também renunciar ao desejo de constituir família. Portanto, se um padre tem um filho, mesmo que seja por inseminação artificial, está quebrando o voto do celibato. Ao ler o livro, lá no final, é possível entender melhor esse erro do autor.

Outra coisa que me incomodou também foi o tratamento dado à parte jornalística da história. Os personagens repórteres que aparecem no livro são absurdos. O autor mostrou que não entende bulhufas de técnica jornalística, com textos bem "senso-comum" e sem técnica e repórteres dando informações sem checa, inventando fatos e falando coisas sem sentido. Bem no estilo que a gente vê nos filmes: "Estamos aqui falando direto do Vaticano onde pode estar havendo um confusão entre os cardeais que, pelo visto, não conseguem eleger o novo papa. As informações que conseguimos apurar é que... não, esperem, parece que algo está acontecendo no céu, o que será?..." Horrível.

Mas esses pequenos incômodos não comprometem a história, que é muito boa, apesar de mais "viajada" do que "O Código Da Vinci". Mesmo assim, gostei muito, mesmo lendo na tela do computador, coisa que odeio.

Sim, baixei o livro da Internet. E daí?

O impresso estava mais de R$ 50,00. Ninguém merece.