quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O caçador de pipas



Finalmente terminei de ler "O caçador de pipas" do Khaled Rosseini. Achei muito bom. Legalzão mesmo, apesar de não ser o melhor que eu já li.

Pois bem. No começo ele é meio triste e eu acabei ficando com raiva do personagem principal. No meio, continuei com raiva dele. Entre o meio e o final, não fiquei mais. Mas no final acabei me enfezando com ele de novo.

Mas não vou me ater ao personagem, mas na história. No começo, ela é bem triste. Mas no meio ela deixa de ser. Porque a história se passa no Afeganistão dos anos 1970. Quando ocorre o golpe de estado lá, os personagens principais vão morar nos Estados Unidos e passam a ter uma vida bem monótona, então, o livro fica monótono também.

Mas aí, surge uma oportunidade do personagem principal, o Amir, reparar alguns erros do passado, lá no Afeganistão. E é aí que a história começa a ficar mais emocionante. Quando ele volta à terra natal, percebe um Afeganistão totalmente destruído pelo regime talibã.

Apesar da história ser muito bem contada, o que mais me chamou a atenção foi a riqueza de detalhes sobre a história de um país desconhecido antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. E isso eu achei super legal. É a parte histórica do livro.

Um ponto negativo (pelo menos para mim) do livro, são os longos capítulos. Eu prefiro capítulos curtos. Daqueles que vocês pode ler sempre mais um que não vai se atrasar para a missa. Talvez por causa disso, eu tenha demorado para terminar a leitura.

Mas para saber porque o personagem principal despertou tanta raiva em mim, é só lendo o livro mesmo. Ele é fascinante.

Ah, e o final, eu ainda não sei dizer se é triste ou feliz. Tem um acontecimento na história, pouco antes de chegar no final (o mesmo que me fez pegar raiva de novo do Amir) que muda completamente a história. E o final vai chegando, chegando, chegando, chegando e...

Bom, leia. Comprei por R$ 20,00 em um sebo em Londrina e não me arrependi. Valeu cada centavo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Romaria da Terra 2009

Publico aqui a matéria que eu fiz na Romaria da Terra 2009, em Marilândia do Sul. Ficou bem legal. Prometo!

As imagens são minhas e do meu amigo Paulo Eleutério, que também é jornalista. A edição é minha.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Azar o meu

Cansado de dividir o computador com o meu irmão, resolvi comprar um só pra mim. Paguei os olhos da cara num PC novinho em folha. Gastei todas a minhas economias, cheques e mais cinco prestações.

Mas agora tenho um computador meu. Só meu.

Essa semana paguei a última prestação. Era só isso o que faltava pra eu poder instalar uma internet mais rápida na máquina antiga e dividir com o meu novo. Agora que acabaram as parcelas. Cinco meses esperando por isso.

Ontem à noite, resolvi tirar o cabo da internet do computador velho e ligar no novo pra testar e ver se funcionava.

Mas foi eu clicar no botão da Internet, meu computador novinho pegeu um super vírus. Nem o Douglas (meu amigo que trabalha com isso) conseguiu tirar. Era um vírus pior que o H1N1.

Resultado: meu computador novinho + supervíruspiorqueoH1N1 = formataçãodecomputadornovinho.

Quase chorei. Morri com menos R$ 50,00. Não sei porquê, mas parece que eu vi meu irmão rindo baixinho ali na sala.

Azar o meu. Só meu.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Onde está o R$ 1,00? (resposta)

Galera, na verdade, este R$ 1,00 não existe. Ele não está sobrando. A pergunta foi feita exatamente para confundir a sua cabeça.

A questão foi feita assim:
Se a conta de cada um ficou em R$ 11,00, a conta total ficou em R$ 33,00. Se a garçonete pegou para ela R$ 2,00, com os R$ 33,00 da conta da total, soma-se R$ 35,00. Pergunta: se nós entregamos R$ 36,00 para a garçonete, e a conta total ficou com R$ 35,00, onde foi parar o R$ 1,00 que está faltando?

A conta total não ficou em R$ 35,00. Ficou em R$ 33,00. E nesses R$ 33,00 já estão inclusos os R$ 2,00 que a garçonete pegou.

Portanto a conta ficaria assim:
R$ 31,00 (conta com o desconto) + R$ 2,00 (gorjeta da garçonete) = R$ 33,00 (conta total)

R$ 33,00 (conta total) + R$ 3,00 (troco) = R$ 36,00 (dinheiro entregue para a garçonete)

Finalmente, chega-se à conclusão que o R$ 1,00 não está em lugar algum. Eu apenas somei duas vezes a gorjeta da garçonete e não inclui na pergunta o troco que já havíamos recebido.

Droga! O técnico da seleção na Copa vai ser mesmo o anão mudo da Branca de Neve!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Onde está o R$ 1,00?

(confesso eu demorei bastante para descobrir onde estava)

Eu e mais dois amigos fomos a uma lanchonete. Comemos e bebemos. No final, pedimos a conta. A garçonete apareceu com o papelzinho e descobrimos que havíamos gastado R$ 12,00 reais cada um. Juntamos o dinheiro e entregamos R$ 36,00 para a moça, que levou ao caixa.

Como somos clientes do local, a gerente resolveu fazer um desconto e mandou a garçonete devolver R$ 5,00. A garçonete pensou assim: "Como eles estão em três, se eu der R$ 5,00, pode dar briga, por isso, vou pegar R$ 2,00 para mim, de gorjeta, e devolvo três, para que eles possam dividir igualmente." E foi exatamente isso o que ela fez.

Portanto, cada um recebeu R$ 1,00 de troco e a conta de cada um de nós ficou em R$ 11,00.

Se a conta de cada um ficou em R$ 11,00, a conta total ficou em R$ 33,00. Se a garçonete pegou para ela R$ 2,00, com os R$ 33,00 da conta da total, soma-se R$ 35,00.

Pergunta: se nós entregamos R$ 36,00 para a garçonete, e a conta total ficou com R$ 35,00, onde foi parar o R$ 1,00 que está faltando?

Quem acertar ganha uma vaguinha na comissão técnica da seleção brasileira de futebol.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Casagrande e suas primorosas opiniões

Há quase dois meses atrás, quando o Palmeiras estava cinco pontos à frente do segundo colocado, o Cleber Machado perguntou para o Casagrande:

- Casagrande, qual o time que pode fazer frente ao Palmeiras daqui para frente?

E ele, no auge de sua prepotência, respondeu:

- Nenhum! Pra mim, o campeonato já está definido!

Há uma três rodadas atrás, quando a liderança do Palmeiras já não existia mais, vem ele de novo e diz que acha pouco provável que o time do Palestra Itália conquiste o título.

O que será que ele dirá na próxima rodada? Com certeza, que o time que vai ganhar o campeonato é o São Paulo, porque "é a equipe mais completa desde o início da competição". E o melhor, que ele já sabia desde o começo que o São Paulo seria o vencedor.

Assim é fácil opinar, né, Casagrande?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

E na Globo não se falou nada

Eu não gosto de assistir jogo na Band. Realmente, a transmissão da Globo é melhor. Não pelos narradores e comentaristas, mas pela imagem. É só nisso que a Globo é melhor que a Band, porque comentarista por comentarista, são quase todos muito ruins: Casagrande, Falcão, Neto, Godoy, Galvão, Right, Marcilia.

Mas uma coisa eu tenho que ressaltar. Apesar dos comentários totalmente sem nexo e fora de hora do Neto e do Godoy, na Band, eles falam muitas vezes com coragem e sem rabo preso com CBF, o que é o contrário da Globo.

Ontem no jogo entre Palmeiras e Sport, pelo Campeonato Brasileiro, o lance mais polêmioco do jogo foi o segundo gol do time verde, que empatou o jogo no finalzinho.

O maior problema não era se o jogador do Palmeiras estava ou não impedido no lance, até porque as imagens mostraram que realmente não estava. O problema é que todo mundo viu que o árbitro apitou na jogada como que parando o lance. A defesa parou e o goleiro também. O Danilo fez o gol. O juiz validou.

Elmo Alves Resende Cunha, o árbitro da partida

No final do jogo, os únicos que comentaram sobre o apito do juiz foram os comentaristas da Band. Porque a Globo não mencionou sequer uma palavra. Falaram apenas sobre a possibilidade do impedimento. O Renato Marcilia, que elogiou o juiz no jogo todo, é claro que não ia dar o braço a torcer no final. E, é claro, afirmou com todas as letras que o juiz não teve participação alguma no resultado.

Mesmo sem o apitinho do árbitro no lance, talvez o jogador do Palmeiras não errasse o gol. E era difícil errar daquela distância. Mesmo assim, é importante saber que a Globo se omitiu e não pronunciou uma palavra sobre um ato que influenciou no resultado da partida. A Band falou sobre a jogada. A Globo não, é claro.

Ponto pra Band.

domingo, 8 de novembro de 2009

Água de Batata Futebol Clube

Ser torcedor do Santos é muito chato.

O time nunca luta para chegar a algum lugar. É sempre um mero coadjuvante. No começo do ano, chegou à final do Campeonato Paulista e perdeu para o Corinthians. Depois de vitórias heróicas contra o Palmeiras, o time se acomodou e perdeu na final.

Na copa do Brasil foi desclassificado pelo ABC, ou CSA, ou CSN, CSKA, CBN, CDF, sei lá, já na segunda fase. Aí, tem a chance no Campeonato Brasileiro. E, mais uma vez, nada.

A equipe está exatamente no meio da tabela. 11º lugar; 45 pontos; 11 vitórias, 12 empates, 11 derrotas; 50 gols a favor, 51 contra; quase 50% de aproveitamento. Uma chatice.

Os mais otimistas vão dizer que, pelo menos, o time não está na zona de rebaixamento. Mas eu digo que preferiria que estivesse. Porque assim, teria para quê torcer. Torceria contra o rebaixamento. Aí, no último jogo do campeonato, um golzinho salvador no último minuto tiraria o time da série B por saldo de gols. Assim como aconteceu na classficação para a semi-final do campeonato pauliste este ano, contra a Ponte Preta.

Se eu fosse torcedor do Fluminense, estaria sofrendo, torcendo para o time não cair. Se fosse torcedor do São Paulo, Palmeiras ou Atlético Mineiro, estaria torcendo para ser campeão. Se fosse torcedor do Vasco, estaria hoje feliz pela volta do time à elite. Se fosse do São Raimundo, estaria comemorando também o título da Série D. Bem ou mal, estaria torcendo por alguma coisa.

Um santista hoje torce para o quê?

Tem o time feminino. Mas até lá, a diferença técnica é tão grande que também não tem graça. O time venceu a Libertadores da América só com vitórias. Fez um milhão de gols e não tomou nenhum.

Resta então torcer para Internacional, Goiás e até Avaí.

Hoje o Santos está na zona de classificação para a Copa Sulamericana, porque venceu o Náutico ontem. Mas o próximo jogo é contra o Inter em Porto Alegre. A derrota é certa. Assim, o time volta praquela regiãozinha da tabela que não cai pra segunda divisão e nem classfica pra nada. É aquela região sem graça. De times sem graça.

Sem graça como água de batata.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Borromeu e o macarrão

Hoje é dia 4 de novembro. Dia de duas pessoas muito especiais. A primeira, é um grande amigo meu, o Júnior, que é seminarista e mora em Campo Grande. A outra é um santo meio desconhecido, mas que, de uns tempos para cá, chamou minha atenção.

Por isso, publico aqui uma entrevista que eu fiz com o próprio santo. Este texto já foi publicado há algum tempo no blog do Grupo Querigma, do qual faço parte na minha cidade. Veja, é muito bacana.


Quando o Lima mostrou a ladainha pra gente, a Sandra cantou "São Carlos Bartolomeu". E a gente "Rogai por nós". Mas o Lima veio e corrigiu: "Não é São Carlos Bartolomeu, é São Carlos BORROMEU!".

São Carlos o quê?

Daquele momento em diante, toda vez que a Sandra cantava essa parte da ladainha, ninguém agüentava e dava risada. "São Carlos Borro... kkkkkk". Mas fazer o que... o nome é engraçado mesmo. Até propus que o nome do grupo fosse São Carlos Borromeu, mas não colou.

Hoje eu, Danilo, tive a honra de fazer uma entrevista com este nobre santo. Não posso revelar onde foi, mas quando cheguei, ele estava comendo um prato de macarrão. Em vez de eu fazer as perguntas, foi ele quem começou:

Servido?

Não. Obrigado.
Por que meu nome causa tanto motivo de risos no grupo de vocês?

Porque é engraçado.
O que tem de engraçado em Borromeu?

(comecei a rir) Nada, é que é estranho. Não é dos mais bonitos. Com todo o respeito, nem sabia eu de vossa existência. Muito menos com esse nome.

E engolindo uma garfada, respondeu cordialmente:

Pois é. Borromeu é por parte de pai. Meu pai era um conde chamado Gilberto Borromeo, com "o". Passado para a sua língua, fica "u" no final (ri baixinho, mas ele não ouviu). Minha mãe se chamava Margarete de Medici.

Bem que tu poderias chamar-te São Carlos de Medici, não é?
É verdade, ficaria mais bonito. Mas a tradição era colocar no filho o sobrenome do pai. E se fosse "de Medici", vocês nem me reparariam na ladainha, você não ficaria curioso e não estaria fazendo esta entrevista agora. Talvez eu nem estivesse na ladainha, porque a melodia não ficaria legal.

Vejo que és muito sábio.
Modéstia a parte, sou sim. Tive boa formação na Itália, onde nasci. Aos 21 anos já era doutor em lei civil e canônica.

Onde nascestes?
Em 2 de outubro de 1538 em Arona. E morri em 1584 em Milão.

Orando antes da refeição

É verdade que eras sobrinho do papa Pio IV?
É sim. Inclusive, logo depois que me formei, meu tio... quero dizer... o papa me nomeou secretário de Estado e, mais tarde, administrador de Milão.

Mas isso não é nepotismo?
Nepotismo? O que é isso?

Ah, deixa pra lá. Mas conta mais. Como foi o Concílio de Trento? Teves um papel importante lá?
Bem lembrado. O concílio estava suspenso desde 1552. Mas eu falei um monte na cabeça do meu tio... quero dizer... do sume sacerdote, e ele resolvou reconvocar. Daí, eu aproveitei e participei da reforma. Escrevei decretos, tomei decisões. Um monte de coisa.

Fostes ordenado padre?
Fui. Mas não sem antes recusar o título de conde, quando meu pai morreu. E só exerci a função de padre quando o Concílio de Trento aprovou o novo catecismo, o breviário e o missal escritos por mim mesmo.

Porque é que todos os santos que conheço tiveram histórias com o povo pobre e o senhor não? Ficastes apenas no alto escalão da igreja?
Não, claro que não. Quando uma severa seca assolou a região em que eu morava, eu conseguiu alimentar cerca de 3 mil pessoas durante três meses, com a ajuda de amigos. Em 1576 um praga devastou Milão e todo mundo ficou doente. Eu cuidava pessoalmente das pessoas nas ruas.

Ele tinha um narizão

Quando tornastes santo?
Fui canonizado em 1610. Meu dia é o 4 de novembro. Lembre-se de mim hein.

E limpou o canto da boca, sujo de molho de tomate.

Qual a sua função?
Sou invocado contra as pragas e doenças. Mas não adianta só ficar me invocando. Tem de ir ao médico também. Sou santo, mas paciência tem limite.

Sabe como curar a gripe suína?
Ainda não tenho a vacina.

És pouco conhecido...
É verdade. Por causa de São Pedro, Santo Antonio, São João e mais alguns aí, as pessoas não me conhecem muito. Mas por um lado é bom, porque me dá menos trabalho. Outro dia eu visitei Santo Antonio e o coitado estava ficando zureta de tanto pedido de casamento. Não conseguimos nem conversar. Assim, livre, eu posso até comer o meu macarrão. Quer um pouco?

Não obrigado. Gostaria apenas de pedir desculpas pelas risadas quando soubemos de vosso nome. São sabíamos que eras tão importante.
Não se preocupe, eu não ligo. Há outro piores como Danilo Lemos Felipe (nome-verbo-nome), Sandra Valéria, Elizaiana Tonha, Jahn Pierre, Ogomar...

E soltou uma gostosa risada. Cheia de macarrão.

domingo, 4 de outubro de 2009

Sem criatividade

Ultimamente estou sem criatividade para escrever posts legais. Por isso, peço desculpas aos meus milhões de leitores pela falta de postagens. Mas prometo que ela vai voltar.

É que de repente ela dá uns apagões e eu me torno uma pessoa meio sem graça. Acho que estou trabalhando demais. Ai ai!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Uma bela canção (4)

Essa música eu vi uma vez num programa do Marcon Mion, na Band, há muito tempo. Ele tirava sarro de alguns clipes bem ruins. Essa música, além de bem ruim, tem um clipe muito tosco também.

Secretária (Assédio Sexual)
Amado Batista


Ela chega tão meiga e tão bela,
Puxa as cortinas e abre a janela,
Sempre com a mesma delicadeza,

E depois na sua sala ao lado,
Atende o telefone, anota os recados,
E coloca sobre minha mesa,

Está sempre muito sorridente,
Trata bem todos os meus clientes,
Para ela não é sacrifício,
Porém meu coração não quer entender,
O que ela faz com tanto prazer,
É um dever do seu ofício,

Secretária, que trabalha o dia inteiro comigo,
Estou correndo um grande perigo,
De ir parar num tribunal,

Secretária, às vezes penso em falar contigo,
Mas tenho medo de ser confundido,
Por um assédio sexual.


E de brinde, vai também a canção "Amor perfeito", a música mais triste da história da... música. E de brinde com o brinde, uma bela dança das mocinhas do programa.

O melhor de tudo é o "...tenho medo de ser confundido,
Por um assédio sexual".

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tooooooooooooooooma

(A matéria foi retirado do portal Bonde)

Em plena escola de governo, reunião realizada semanalmente em Curitiba com o secretariado do Estado, o governador Roberto Requião foi repreendido.

Ao término do encontro, o governador fez uma piada. Perguntou se haveria toque retal gratuito durante a Semana de Saúde do Homem, que ocorre entre os dias 22 e 27 deste mês. Representantes da Associação Latino-Americana de Uro-Oncologia estavam na escolinha.

O secretário de saúde Gilberto Martin fez uso da palavra e condenou a fala do governador. “Peço que sejam evitados este tipo de comentário. Eles não colaboram para conscientizar os homens da importância do exame. Ninguém tem a masculinidade atingida ao proteger sua saúde”, disse. Martin foi aplaudido pelo público.


Bemeducado e corajoso, Gilberto Martin correu sério risco de tomar um belo coice. Mas já valeu.

Toooooooooooooooooooooooooma, Requião.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mal Secreto



Enfim terminei de ler "Inveja - Mal Secreto", do Zuenir Ventura. Alguns posts atrás disse que havia lido 110 páginas e que não estava gostando. Li as outras 150, ainda na esperança de que o Zuenir ainda me conquistasse.

Pois é... não deu. Não sei se eu é que sou duro na queda, ou se eu não gostei mesmo no livro. Fato é que eu não entendi o sentido dele. Sabe quando uma história não tem um enfoque? Fica difícil até de comentar.

Eu disse história, mas na verdade não há uma história. É como se fosse os bastidores de um livro sobre inveja. Ele faz muita pesquisa, descobre algumas coisas, mas nada de sensacional. Tem uma personagem principal, a Katia, que não merecia um livro para ela. É uma história comum.

O autor passa quase a metade do livro falando de um cisto na bexiga. Eu até achei que depois ele descobriria que o cisto era fruto da inveja de alguém, ou qualquer coisa relacionada ao tema do livro. Pois não era. Ficou uma coisa vaga na obra. De repente ele diz que não era nada grave e que começaria então a escrever o livro. Então por que falou do cisto? O que era então aquele cisto? Encheção de linguiça?

É claro que ele não é de todo ruim. Até melhora, e muito, no final. Tem capítulos curtos, que é algo que eu levo muito em consideração. Tem linguagem simples e é dinâmico. O escritor é um dos maiores e melhores jornalistas do Brasil. E no final há uma revelação bem legal.

Ele ouve várias histórias sobre inveja, entrevista trocentas pessoas, viaja para trocentos lugares e descobre trocentas coisas. Mas aquele cisto, assim como é algo indesejável e intruso dentro do corpo, para mim foi algo indesejável e intruso no meio do livro. Isso me incomodou bastante. Porque todo tumor incomoda.

Mas eu não gosto de leituras que se arrastam e dão sono. Acho que ele enrolou demais. Para a história ficar dinâmica, eu mesmo o resumiria em umas 100 páginas só tirando os excessos. Não quero dizer aqui: "Não leia o livro, porque é ruim". Cada um tem uma opinião e eu posso estar enganado. Mas não foi o melhor que eu já li.

Ou é isso, ou eu não entendi nada mesmo.

Uma bela canção (3)

Esta eu ouvi semana passada no programa Sr. Brasil, na TV Cultura, interpretada pelo Rolando Bondrin. Mas ela é da dupla Alvarenga & Ranchinho.

No programa, o apresentador disse que, quando perguntaram ao Ranchinho o que ele queria que colocassem em sua lápide, ele respondeu algo assim: "Aqui jaz Ranchinho, que cantou tanto a caveira que acabou virando uma delas" (claro, tudo perfeitamente rimado).

A música é um clássico e a letra é muito engraçada.

Romance de Uma Caveira
Alvarenga e Ranchinho
Composição: Alvarenga / Ranchinho / Flavio Salles

Eram duas caveiras que se amavam
E à meia-noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor então trocavam.

Sentados os dois em riba da lousa fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele de amores por ela vivia.

Ao longe uma coruja cantava alegre
Ao ver os dois caveiros assim felizes
E quando os dois se davam beijos funebres
A coruja batendo as asas, pedia bis

Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira pr'ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandonou.

O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco.



Obrigado à minha madrinha Lourdes pela dica.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Uma bela canção (2)

Esta postagem é em homenagem ao meu avô. Foi ele quem cantou essa música quando eu a ouvi pela primeira vez. Achei a letra incrível. De verdade.

Menina da Aldeia
Lourenço & Lourival

Te conheci criança,
Quando você morava na aldeia,
Você era uma menina feia,
De chinelinho nos pés,
Sempre despenteada,
Saia rasgada nas cadeiras,
O dia inteiro abanando a peneira, na colheita do café.

Te encontro agora, completamente diferente,
Tão bonita e atraente, um encanto de mulher,
Queria tanto ser o seu primeiro namorado,
Seu marido apaixonado, cheio de amor e fé.

(Refrão)
Menina da Aldeia...
Ai quem me dera se eu pudesse agora,
Voltar de novo ao tempinho da escola,
E com você novamente estudar.
Menina da Aldeia...
Lembro me ainda como se fosse agora,
Eu no caminho lhe te tomava a sacola,
Só pra ver você chorar.

Quem diria que você iria ficar tão bonita?
Não usa mais o vestido de chita,
Nem a sandalia de amarrar,
Ficou moderna agora,
Lindas curvas na cintura,
Parece mesmo uma escultura,
Delicada no andar.

O tempo transformou aquela menina feia,
Num corpinho de sereia,
Um encanto de mulher,
Queria tanto ser o seu primeiro namorado,
Seu marido apaixonado, cheio de amor e fé.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Inquietações de mim

(Copiando descaradamente a ideia do blog do meu amigo e ex-professor Reinaldo Zanardi)

"Se o Barrichello vencer o mundial da Fórmula 1 este ano, aí sim não vou duvidar de mais nada. Nada mesmo. Absolutamente nada. Nadinha."

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Considerações finais sobre o final


É o seguinte. Não sou noveleiro, mas adoro último capítulo de novela. Por isso, quero escrever agora sobre o último de Caminho das Índias.

Acontece que em último capítulo de novela, há uma avalanche de acontecimentos tão grande que a gente fica até meio tonto. Só no capítulo de hoje de Caminho das Índias aconteceram mais coisas do que em metade da novela.

A Tônia recebeu a notícia que ia estudar na Europa; a Tônia estava embarcando para a Europa; a Tônia desceu do carro e foi encontrar o Tarso e já casou; a Norminha deu o leitinho do Abel, mas dali a pouco já apareceu com ele na festa do Tarso; a outra recebeu uma proposta de emprego em Hollywood, aceitou e já deu certo (aliás, essa foi a parte mais nada a ver de tudo); o Zeca atropelou, foi julgado e já estava pagando; o Raul indo embora para uma cidadezinha do interior; o Opashi (é assim que escreve?) expulsou a Maya (é assim que escreve?) de casa e já foi atrás e pegou o menino; o diretor, que fez tanta algazarra com a suposta morte do marido da Maya (uns três capítulos só sobre isso) cansou de escrever (ou esqueceu dele) e o cara apareceu do nada no final como se nada tivesse acontecido e foi morar com a família de novo; e eu sem entender a parte que o Haji (é assim que escreve?) aparece; a Camila grávida de gêmeos; a Maya sorrindo pra Surya (é assim que escreve?); o Shankar (é assim mesmo?), em um minuto virou mendigo e já apareceu andando lá na Muralha da China; a Maya e o marido no casamento do Bahuan (que no começo era principal e virou um simples coadjuvante sem importância); a véia, mais louca que nunca; o Manu fazendo aniversário; eu, sem entender porque a Súrya não foi desmascarada.

Ah, claro, e tudo terminando com a dancinha!

Um monte de coisas que aconteceram todas misturadas, sem nexo. Parecia que, enquanto passavam-se uma semana no Brasil, na Índia se passava só um dia. Acho que é por causa do fuso horário.

Bom, eu gosto de finais mais trágicos, com mortes, por exemplo. Seria legal se a Maya se jogasse no Ganges. Ou que o Haji tivesse mesmo morrido. Do mesmo jeito que eu torci pra Flora dar um tiro e matar a Donatella no final dA Favorita.

Aliás, por falar em Flora, uma parte que eu gostei no final foi a fuga da Yvone da cadeia. Ela foi a personagem mais inteligente e esperta da novela. Ponto pra ela. Diante de tantos acontecimento nada a ver no final, acabei tendo que torcer pra que houvesse um final feliz para com a psicopata.

Se bem que a persongem ficou sem um desfecho à altura, já que era um dos mais complexos da trama e recebia sempre uma explicação sobre seu comportamento. Merecia mais. Mesmo assim, gosto de personagens inteligentes. Mas acho que ficaria melhor ainda se a Yvone terminasse com a dancinha.

Eu não sou psicopata, só gosto de finais originais.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Fat" e "Eat it"

Entrando no blog da minha amiga Tyz, vi que ela citou um tal de "Weird Al Yankovic", grupo que faz paródias e clipes de várias músicas. Ela citou "Bad" e "Beat it", do Michael Jackson, que viraram "Fat" e "Eat it".

Pesquisei na Internet, encontrei o vídeo legendado. A letra é fantástica. O clipe, perfeito. E a interpretação, dispensa comentários.

Para quem já assistiu e ouviu "Bad" e "Beat it", não pode deixar de ouvir também "Fat" e "Eat it". Sensasional.

Tomara que o Michael não tenha assistido.





Quem quiser ver "Eat it" traduzido, clique aqui. Para quem não quiser, aí vai a tradução.

Eat It
Weird Al Yankovic

Como você pode ser tão enjoadinho?
Não quer Captain Crunch, não quer Raisin Bran
Você não sabe que outras crianças estão passando fome no Japão?
Então coma! Coma já!

Não quero discutir, não quero conversar
Não quero saber que tipo de comida você odeia
Você não vai ganhar sobremesa até limpar seu prato
Então coma!
Não me diga que está cheio!

Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!
Pegue um ovo e bata!
Coma mais frango, coma mais torta
Não importa se está fervido ou frito
Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!
Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma! Oh!

Suas maneiras à mesa são uma vergonha!
Você fica brincando com a comida, isso não é um jogo!
Agora, se você morrer de fome, só poderá culpar a si mesmo!
Então coma! Coma já!

É melhor você ouvir, melhor fazer o que te mandam!
Você nem tocou na sua caçarola de atum!
É melhor você se sentar ou a comida vai esfriar!
Então coma!
Eu não ligo se você está cheio!

Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!
Abra a sua boca e ponha comida dentro!
Coma mais iogurte! Coma mais queijo!
Não interessa se é fresco ou enlatado

Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!
Não me faça repetir!
Coma uma banana! Coma um cacho todo!
Não interessa o que você almoçou!

Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!
Coma! Coma! Coma! Coma!
Coma! Coma! Coma! Coma!
Jante bastante, faça um lanchinho
Se não gostar, você não pode vomitar!

Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!
Pegue um ovo e bata! (Oh, Senhor!)
Coma mais frango, coma mais torta!
Não importa se está cozido ou frito

Coma! Coma! Coma! Coma!
Não me faça repetir! (Ah, não!)
Coma uma banana! Coma um cacho todo!
Não interessa o que você almoçou!
Simplesmente coma! Coma! Coma! Coma!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma hora para o jogo e...

...154 páginas para o fim.

Como ainda falta uma hora para começar o jogo do Brasil, resolvi fazer duas coisas: a primeira, escrever no blog; a segunda, continuar a ler um livro.

Escrever no blog eu já estou escrevendo. Portanto, o tema desta postagem é o livro que vou continuar a ler depois de escrever esta postagem.

O livro é do Zuenir Ventura, e se chama "Mal secreto". Ele é da coleção Plenos Pecados, a mesma do livro "Xadrez, truco e outras guerras", do José Roberto Torero, o qual já comentei aqui.

Na obra do Zuenir Ventura, jornalista conceituado e famoso no Brasil, o tema central é a inveja (Plenos Pecados contem sete livros, os sete pecados capitais). Quando eu o emprestei da minha amiga Juliana, imaginei que seria tão bom quanto o irmão dele, escrito por Torero.

Ele tem 264 página. Já li 104 e até agora não entendi nada e não encontrei no livro algo que se refira à inveja. Está me parecendo que o Ventura escreveu o livro com pouca vontade.

Mas não quero tirar conclusões precipitadas, porque ele ainda tem 154 páginas para me conquistar.

Vamos lá, Zuenir! Não me decepcione!

domingo, 6 de setembro de 2009

Uma bela canção (1)

Da série "Melodias inesquecíveis, letras maravilhosas". Essa ficou para a história.

A postagem é em homenagem a uma pessoa que eu não conheço, não sei onde mora, nem nunca vi. É que eu a vi cantarolando a música hoje pela manhã.

Pare De Tomar A Pílula
Odair José

Já nem sei há quanto tempo
Nossa vida é uma vida só
E nada mais

Nossos dias vão passando
E você sempre deixando
Tudo pra depois

Todo dia a gente ama
Mas você não quer deixar nascer
O fruto desse amor

Não entende que é preciso
Ter alguém em nossa vida
Seja como for

Você diz que me adora
Que tudo nessa vida sou eu
Então eu quero ver você
Esperando um filho meu
Entao eu quero ver você
Esperando um filho meu

(refrão)
Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Porque ela não deixa o nosso filho nascer (3x)

Você diz que me adora
Que tudo nessa vida sou eu
Entao eu quero ver você
Esperando um filho meu
Entao eu quero ver você
Esperando um filho meu

Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Pare de tomar a pílula
Porque ela não deixa o nosso filho nascer (3x)



Pírula?

sábado, 5 de setembro de 2009

Avante hermanos!

Parei de torcer pra o Brasil. Pelo menos até o fim das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Já classificou mesmo.

Agora, minha torcida é para nossos hermanos argentinos!



Sí sí! Os aguerridos argentinos estão correndo o risco de não participarem da próxima Copa. Estão em quarto lugar e jogam ainda contra Paraguai e Uruguai. E, depois de perderem para o Brasil em casa e de 6 para Bolívia, não duvido de mais nada.

Aliás, nem comemorei o terceiro gol do Brasil porque fiquei com uma certa compaixão.

Imagine uma copa sem Argentina. Que graça teria? Quem é que iria disputar com o Brasil para ver quem chegaria mais longe. A Copa não teria sentido algum para a seleção.

Da mesma maneira que a graça de beijar a garota mais linda do colégio não é simplesmente o beijo, mas contar para os amigos a proza, uma Copa do Mundo ganha pelo Brasil não teria a mesmo graça se a Argentina não estiver participando desta mesma Copa.

Uma copa sem Argentina é, como diria Claudinho e Buchecha, circo sem palhaço, namoro sem abraço, queijo sem goiabada ou avião sem asas. Sem a Argentina, o Brasil não terá como alimentar o antigo sonho de fazer a tão desejada final sulamericana. O Brasil, por não ter ânimo, sairia, com certeza, na primeira fase do torneio.



Por isso, meus amigos, brasileiro ou não, quero que torçam comigo. Quero que, em vez de assistirem a Brasil e Chile, mudem seus canais e assistam (quem puder) a Argentina e Paraguai. Se a fé remove montanhas, vamos juntar nossas fezes para que nossos hermanitos tenham forças para se classificarem.

Pois, assim como não existe Popeye sem Brutos, Super Man sem Lex, Pica-Pau sem Zeca Urubu, Smurfs sem Gargamel, o Corinthians campeão sem o árbitro, Flora sem Donatela, Goku sem Vegeta, eu sem chocolate, a seleção brasileira também não existe sem a Argentina.

Avante hermanos! Não deixem que a classificação para Copa se torne um tango argentino!

Caramba, é o Freddie Mercury!

domingo, 30 de agosto de 2009

O velório

Era uma vez o médico Cardiologista. Ele moreu. Muita pompa e circunstância no velório. Muita gente chorando. Muitos médicos amigos e colegas de trabalho. Muitas pessoas que haviam sido operadas pelo Cardiologista e hoje vivem com um novo coração, ou então com o próprio coração consertado.

Na cabeceira do caixão havia um enorme coração de flores de todas as cores, que podia ser visto logo da entrada do salão, tamanho era o objeto, que parecia flutuar acima do defunto.

No cortejo fúnebre, uma multidão, afinal era um dos mais famosos - senão o mais famoso - cardiologista do país. Ele era o Cardioliogista. O enorme coração seguia na frente.

O túmulo, também majestoso e grandioso, como a fama do novo morador, tinha uma porta gigantesca em formato coração. Quando chegou o caixão, o coração se abriu devagar magestosamente. O defunto foi colocado lá dentro e o coração, também devagar e majestosamente, se fechou logo depois.

Ali perto, alternando choros e risos, estavam dois dos melhores médicos do país e também melhores amigos do Cardiologista: o Proctologista e o Ginecologista.

Choros pela morte do amigo. Risos por estarem imaginando, ao mesmo tempo, como seria o velório, a coroa de flores e o túmulo de cada um deles.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A cartinha para o Papai Noel


Na minha "caixa de lembranças" há um objeto que eu guardo com muito carinho. É uma cartinha que uma criança mandou para o Papai Noel no natal de 2007, há dois anos. As crianças mandam cartinhas pelo correio na esperança de receberem um presente de natal.

Quando cheguei ao correio para adotar uma cartinha, a gerente me deixou escolher e alguns amigos meus e eu resolvemos pegar esta daqui:



Enquanto muitas cartinhas pediam video-game, brinquedos escabrosos, outras, como essa, pediam simplesmente algo essencial: comida e material de escola. Coisas que deveriam ser de direito de qualquer pessoa.

Um detalhe interessante é que, no começo, a criança fala direto com o próprio Papai Noel, mas depois ele escreve assim: "se VOCÊS não dava cesta de comida". O "vocês" é porque ele sabe que o Papai Noel, de barba branca, do polo norte, das renas, da roupa vermelha, não existe. Ele quer apenas acreditar que existem pessoas que podem ajudar.

Depois disso tudo, fui investigar e acabei descobrindo sobre a vida dele. Era um menino que, por coincidência, pegava o mesmo ônibus que eu para ir a Londrina. Eu ia trabalhar, ele também. A mãe dele é deficiente auditiva e vende chaveirinhos, canetas e adesivos no terminal rodoviário. E o menino ajuda.

Comecei a conversar com o garoto e algum tempo depois acabamos entrando no assunto do natal. Ele disse que escreveu uma cartinha para o Papai Noel e que havia recebido uma cesta básica e todo o material escolar que pediu.

Disse também que queria saber quem entregou e eu falei: "Ah, deve ter sido o Papai Noel, não foi para ele que você pediu?" Ele respondeu que sabe que as pessoas pegam a cartinha e dão presente. Eu desmenti, é claro.

Não que eu quero que ele acredite em Papai Noel. Nem sei no que ele acredita ou não. Porque quem mais aprendeu nesta história fui eu. Tão perto de mim tanta gente passa necessidade e a gente nem vê.

É por isso que eu guardo com carinho esta cartinha. Porque a criança que a escreveu representa uma parcela bem grande de um povo excluído. De um povo que pede comida para o Papai Noel.

E tomara que o menino que a escreveu possa ter um mínimo de dignidade para que o Papai Noel possa um dia dar a ele um brinquedo e não um prato de arroz e feijão.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Em tempo (atrasado)

Escrevi no post anterior que o jogo de volta entre Londrina x Chapecoense pela terceira fase da Série D do Campeonato Brasileiro seria no próximo dia 6, no Estádio do Café, em Londrina.

Errei.

Na verdade, o jogo de volta será no dia 13, às 16h. Portanto, uma semana depois do que eu havia escrito.

O primeiro jogo será domingo agora, às 15h, em Chapecó (SC).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Boa sorte, Tubarão!

Está confirmado. O Londrina vai realizar o primeiro jogo da próxima fase do Campeonato Brasileiro da série D fora de casa, contra a Chapecoense, neste domingo. A decisão será no Estádio do Café no dia 6 de setembro. A ordem dos locais dos jogos foi decidida por sorteio.

A Chapecoense é o time com melhor campanha da 1ª fase. A única derrota foi exatamente para o Londrina, que tem uma das duas piores campanhas entre os classificados. Por isso, o Londrina terá que se superar e vencer o time catarinense para não torcer pela classificação por índice técnico, que seria quase impossível.

Não sei se jogar fora de casa o primeiro jogo é o melhor negócio. A torcida está entusiasmada e com certeza compareceria um peso no Café, neste domingo. De quebra, poderia gerar um boa renda para o clube saldar algumas dívidas e os salários atrasados. Dependendo do resultado do primeiro jogo, a torcida pode não ficar tão empolgada.

Mas sorteio é sorteio.

Boa sorte, Tubarão!

domingo, 23 de agosto de 2009

Raros, imprevisíveis e muito legais

Duas coisas extraordinariamente raras, imprevisíveis e muito legais aconteceram neste final de semana.

A primeira, no sábado, foi a derrota do Londrina por 1x0 para o São José, do Rio Grande do Sul. Eu sei que a derrota não é algo extraordinariamente raro e imprevisível no Tubarão. O que foi extraordinariamente raro, imprevisível e muito legal foi a classificação do time para a terceira fase do Campeonato Brasileiro da série D.



O time venceu o primeiro jogo na semana passada em Londrina por 3x1 e podia perdia por até um gol de diferença que classificava. Pois a derrota veio. Uma derrota deliciosa. Com sabor doce de classificação. É, a derrota pode ser legal às vezes.

A outra coisa rara, imprevisível e muito legal foi hoje: a vitória do Barrichello. Depois de cinco anos, ele conseguiu vencer. Apesar de sempre muito azarado, o azar hoje foi da McLaren, que errou na estratégia.



De quebra, Rubinho somou a 10ª vitória na carreira, a 100ª do Brasil na F1, compensou o acidente com o Felipe Massa (indiretamente a culpa foi da Brawn e, mais indiretamente, dele), e ainda voltou a brigar pelo título. No fim das contas, ele foi até sortudo!

Parabéns Barrichelo, rumo ao título!

Parabéns Tubarão, rumo à 3ª!

sábado, 22 de agosto de 2009

O "caderno de memórias"


É. Este é o nome de uns dos itens mais preciosos que eu tenho dentro da minha caixa de lembranças.

O "caderno de memórias" é um presente que eu ganhei no ano passado dos meus amigos. Pelo menos foi esse nome que eles deram. Cada página tem um depoimento de alguém. Da maioria dos meus amigos, ou pelo menos, os que eles acharam no dia para escrever.



Eu nunca recebi um presente tão simples e, diga-se de passagem, de um custo tão pequeno. Mas, com certeza, foi um dos mais legais, senão o mais legal de todos.

Ele tem 28 páginas e é feito com o papel sultite azul da mais alta qualidade. A capa e também é de sulfite, mas na linda cor amarela. As costas do caderno contém lindos corações desenhados e recortados na mais rigorosa simetria, sendo quatro nas cores laranja (nos cantos) e umna cor rosa (no centro). Cores da tendência daquele final de inverno de 2008. Há diversos corações também no interior do caderno.

Contém fotos; desenhos de uns amigos que não sabem escrever. Contém colagens de uns amigos que estão aprendendo a escrever. E contém letras feias de amigos que aprenderam a escrever, mas não gostam muito de escrever.

Tenho de confessar que tem algumas letras bonitas também. Tem até um espaço reservado para o meu amigo Júnior, que mora em Campo Grande e só poderia estar ali presente se fosse por telepatia, ou teletransporte.

No entanto, o mais legal ficou para o final. Além de me daram um grande presente, meus amigos me deram a oportunidade de realizar um sonho. Um sonho que, não fosse eles, talvez nunca se realizaria. Foi um encontro com uma pessoa muito especial. Um presentão mesmo.



Um encontro com o presidente. Naquele 24 de agosto de 2008.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Meu porta-lembranças

Ontem, remexendo umas caixas lá em casa, revirei também um monte de coisas de estavam perdidas. Uma caixa de coisas, trecos, lembranças diversas dos meus tempos de infância e adolescência. Coisas de escola que eu guardei sem querer por tanto tempo e ontem me vieram novamente à cabeça quando revirei aquela caixa.

São cartinhas de amor, cartas de amigos, muitas cartas, bilhetes, mensagens, objetos. Li algumas cartas, li outras, e fiquei um tempão só observando aquilo tudo. Me lembrei de tanta coisa que há muito tempo já não lembrava mais. Foi muito bom.

Por isso, vou começar a escrever sobre essas coisas. Cada semana vou escrever sobre alguma coisa da minha caixa de lembranças.

Ah, por acaso ou não, ontem, depois de guardar as coisas, conversei com meu amigo Alexandre pelo orkut e ele me mostrou uma fotografia tirada na 5ª série do ginásio. Ele disse que uma zeladora entregou a foto a ele porque seria jogada fora numa reforma que está sendo feita lá. Sobrou só esta.

Eu sou aquele cabeludo bem no meio, rindo com cara de bobo. O moreninho mais à direita é o Paulinho. Infelizmente, ele deixou mais cedo esse mundo. Dá saudade de todos...

É isso... mais uma série aqui no blog.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Oh, meu Deus, o Pedro saiu!

Eu quase morri ontem quando o Pedro saiu da Fazenda. Como pode?

Eu não acredito!

Ai meu Deus, acabei de ler na Internet que o Dado ficou muito triste. Como pode a Record brincar assim com os sentimentos alheios. E agora, o Pedro saiu!

O Pedro, um cara tão, assim... nossa, sem palavras. Ele era tão... tão... legal! Grande coração. Até agora não me recuperei deste baque. Não sei se me recuperarei. Não sei se suportarei.

O Pedro, aquele cara tão famoso. Sua fama era tanta, mas tanta que não cabia nele mesmo. Sua arte emociona a todos. Queria eu ter esse dom que ele tem de... de... ai meu Deus, não me vem a palavra... deixa pra lá, não precisa. Era só o Pedro.

Mas...

Quem é Pedro mesmo?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Blog do Querigma

Vou fazer uma propaganda aqui.

É de um outro blog, o blog do ministério de música Querigma, do qual faço parte. É, eu toco violão... bem mal, mas toco.

Pois então. A galera do grupo fez um blog para falar de liturgia, música e outras coisas relacionadas. É bem legal e atualizado frequentemente.

Esta semana, tem uma entrevista que eu mesmo fiz com um santo. É São Carlos Borromeu. Ele foi super bacana comigo e me concedeu uma entrevista muito legal. Vale a pena conferir.

Para ir lá, clique aqui.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A mulher que escreveu a Bíblia


A dica de hoje é de um livro do gaúcho Moacyr Scliar. E é fascinante.

"A mulher que escreveu a Bíblia" se baseia na teoria de um estudioso norte-americano chamado Harold Bloom de que a primeira versão da Bíblia teria sido escrita por uma mulher.

A partir disso Scliar escreve uma narrativa que mistura a própria imaginação e fatos narrados na Bíblia, em um texto que flui de uma maneira incrível.

A história começa quando uma mulher, ajudada por um terapeuta de vidas passadas, descobre que no século X antes de Cristo foi uma das 700 esposas do rei Salomão. Porém, a mais feia (uma parte muito legal é quando ela descreve a própria feiúra. A riqueza de detalhes é tanta que dá até medo... ela é medonha). Antes disso, na aldeia em que o pai era o chefe, a única amiga da feia é uma pedra. Leia e entenda o porquê.

Mas o rei descobre que ela é a única que sabe ler e escrever e dá a ela a missão de escrever um livro que conte a história do povo de Israel. "A mulher que escreveu a Bíblia", portanto, é como se fosse os bastidores da Bíblia. Uma resposta para "Quem escreveu a Bíblia?", "Em que circuntâncias ela foi escrita?", "Quando ela foi escrita?". E as respostas são surpreendentes!

É claro que a feia (cujo nome não é citado) tem seus desejos. Prometida em casamento ao rei, ela queria que a vez dela chegasse. Ela se mostra uma mulher à frente do seu tempo: organiza rebeliões, exige seus direitos, mas também quer ser desposada, o que nunca consegue. Até quase consegue, quando arma um protesto e obriga o rei a fazer amor com ela, mas na hora... bom, só lendo o livro mesmo.

Outra coisa bem legal é que o autor mistura linguagens. Ao mesmo tempo em que a feia (o livro é em primeira pessoa) narra o texto com belas frases, palavras como "foda", "grelo", "trepada", "puta" e muitas outras de baixo calão, vão aparecendo. O autor reinventa fatos bíblicos. A feia se mostra mais sábia que o rei mais sábio.

Ah, eu não costumo ler prefácios. Não gosto. Mas o deste livro é importante ler para entender o resto. O início é muito engraçado. O meio é envolvente. O final é surpreendente e encantador.

Leia um trecho: "...porque havia um conflito naquele rosto, a boca destoando do nariz, as orelhas destoando entre si. E os olhos, que poderiam salvar tudo, eram estrábicos, um deles mirando, desconsolado, o espelho, o outro com o olhar perdido, fitando desamparado o infinito, talvez para não ter de enxergar a cruel imagem."

No fim, o leitor percebe que, apesar de feia, não era tão feia assim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

6 mil visitas!

Existe um blog na internet que já está com quase 6 mil visitas em um ano. Isso desde que o contador foi colocado, portanto, as visitas de abril a agosto de 2008 não estão computadas. A média é de cerca de 16,5 visitas por dia. É bastante!

Este blog começou do nada, sem muitas ideias de postagens, mas depois o autor foi gostando da ideia e começou a escrever um monte de coisas. Quase todas sem importância alguma, sem sentido algum, fora do interesse público, coisas assim.

A diferença, é que este blog é escrito com sinceridade e simplicidade. Coisas do cotidiano, numa liguagem simples e acessível. Às vezes até divertida e engraçada. Coisas do dia-a-dia.

O autor sabe que o melhor de tudo é quando alguém lê aquela baboseira e comenta. Ele acha legal também quando dá polêmica, com deu algumas vezes (tem uma postagem que ainda está dando o que falar e ele vai postar algo a respeito em breve).

O blog em questão não está inserido em nenhum debate político, não tem o objetivo de falar mal de ninguém. O objetivo, ele não nega, é simplesmente divertir o próprio autor, que pode exercer a criatividade como bem entende. E, se isso diverte quem lê, melhor ainda.

O blog em questão é bem legal. Se quiser acessar, clique aqui, mas acho que não precisa.

Ah, o autor manda dizer um muito obrigado a todos que lêem e também comentam as baboseiras que ele escreve aqui.

Opa, quero dizer... lá.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Em doses

Dia desses eu comecei a ler "O caçador de pipas". Achei a história muito interessante. Mas depois de umas 80 páginas, comecei a sentir que o livro estava me fazendo mal, porque é muito triste.

Fui lendo porque fiquei curioso para saber o que tanto havia acontecido naquele inverno de 1975, quando Amir, o menino rico, aos doze anos, viu algo que mudou para sempre a vida dele.

Até a parte que eu li, Amir se mostrou muito covarde. O menino pobre, amigo dele, o Hassan, era bom demais para ser amigo de Amir. Continuei lendo até que chegou a parte do tal inverno de 1975, a parte que mudou a vida de Amir.

Triste demais.

Parei de ler logo depois deste capítulo. O que Amir fez não se faz nem com um inimigo. Fiquei com raiva de Amir. Fiquei com pena de Hassan. Desisti de ler por uns tempos.

Agora, estou lendo "A mulher que escrever a Bíblia", um romance muito engraçado do gaúcho Moacyr Scliar. Conta a história de uma mulher muito feia, que era uma das esposas do rei Salomão, aquele mesmo, do antigo testamento. Estou rindo muito.

Pelo menos assim, me recupero das primeiras partes de "O caçador de pipas". Quando terminar de ler o outro, volto a ler algumas partes deste. Mais umas cem páginas, eu acho. Depois eu leio algum outro livro mais light e volto a ler este.

Vou ter de ler em doses, para não entrar em depressão.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Não ao anonimato!

Eu adoro escrever no blog. E gosto mais ainda quando eu vejo que as pessoas comentam. Mesmo não sendo postagens que vão mudar a vida das pessoas (aliás, passa muuuuuuuito longe disso), fico feliz em divertir quem lê e me divertir escrevendo.

Confesso que isso tudo é um passatempo, mas não quer dizer que eu não tenha o que fazer. Tanto que a maioria das minhas postagens (podem perceber) são escritas à noite, de madrugada ou no final de semana. Por ser um passatempo, o blog não fica em primeiro lugar na minha vida, até porque minha fonte de renda passa longe do blog.

Por isso, agradeço a todos os que lêem e comentam aqui, mas quero deixar bem claro que não vou aceitar comentário anônimos, a não ser aqueles que se identificam no próprio comentário. Xingamentos, palavrões ou qualquer palavra que possa ofender alguém ou a mim mesmo, se não houver identificação, eu não vou publicar.

Se a postagem for identificada, inclusive com o e-mail da pessoa, eu coloco sim, porque daí, podemos discutir o assunto e abrir até um fórum de discussão, o que eu acho bem legal. Por isso, mesmo que for para xingar ou fazer qualquer comentário para prejudicar alguém, por favor, se identifique.

É muito legal quando alguém defende uma opinião, dá a cara a tapa, e mostra que tem coragem. Eu não gosto de rap, nem de maconha e nem sou gay, mas eu acho super legal quem defende o rap, quem luta pela legalização da maconha, ou contra o preconceito. Se eles acham certo, têm mesmo é que lutar pelo que acreditam.

Covardia é algo que não combina com nada. Nem com algo informal, como um blog.

sábado, 1 de agosto de 2009

Willy Jackson e Michael Wonka

Ontem à noite assisti no SBT a versão mais recente de "A fantástica fábrica de chocolate". É claro que a versão de 2005 é muito mais bem feita do que a de 1971, por motivos tecnológicos lógicos.

O final também é diferente, porque o menino Charlie faz o excêntrico Willy Wonka se reconciliar com o pai e ainda adota o próprio Wonka para sua família humilde. Enfim, um final bem feliz, sensível e com lição de moral. Um filme para crianças. Mas dos que eu gosto.

Porém, não pude deixar de notar também uma outra coisa muito importante.

WILLY WONKA É IRMÃO DE MICHAEL JACKSON!!!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Xadrez, truco e outras guerras


O livre mais diferente que já li. Esta é a melhor definição para "Xadrez, truco e outras guerras", do José Roberto Torero (já disse que, ultimamente, é meu escritor favorito).

A obra gira em torno de um sentimento comum nas pessoas: a ira. A história se passa na Guerra do Paraguai, mas o autor não deixa isso claro em momento algum. Ele recria livremente a história.

A diferença deste para outros livros é o jeito como a história é contada. Cada capítulo (são bem curtinhos) fala sobre algum acontecimento pessoal de alguma pessoa envolvida na guerra, como o Rei, o general, capitão, tenente. Mas o personagem principal é o soldado.

Tudo o que acontece, a responsável é sempre a ira que, segundo Torero, é o único pecado capital perdoável.

Mesmo sendo o personagem principal, o fim do soldado é meio estranho. Na verdade, o fim de todos é estranho. Porque, por mais que seja ficção, a história é baseada em fatos reais, portanto, sendo baseada em fatos reais, pode não haver reviravoltas no final.

Por exemplo, na ficção, um personagem que você imagina ser mau, pode ser bom. Às vezes, ele pode ser mau mesmo. Mas em "Xadrez, truco e outras guerras", a ira mostrada nas ações dos personagens faz o leitor amaldicoá-los numa página e endeusá-los na outra. Assim, não dá para saber se no final ele é bom, ou mau.

Torero mostra que uma guerra não é feita apenas de atos heróicos, mas também de atos mesquinhos, covardes, infames, amorosos, pecaminosos e nem um pouco gloriosos.

Está aí um motivo pelo qual eu achei o livro bem diferente: não dá para explicar.

Ah, e linguagem Torerística, aliada ao tradicional sarcasmo e ironia do autor, deixam o livro delicioso. É daqueles que a gente começa a ler e não vê a hora de terminar.

Só lendo mesmo.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Que Massa!

O Felipe sofreu aquele acidente no sábado, nos treinos classificatórios. Mas nada disso teria acontecido se...



...ELE NÃO ESTIVESSE ATRÁS DO BARRICHELO!

Nunca anda na frente, quando anda, atrapalha os outros...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Janela da esperança

Graças a Deus!

O Corinthians está desmontando o time. Já saíram Cristian, André Santos e Douglas. Todos os jogadores estão na melhor fase da carreira de cada um (claro, menos o Ronaldo, mas ele não precisa estar na melhor fase para estar acima da média dos jogadores que atuam no Brasil), por isso, até eu acho que o Corinthians é o melhor time do Brasil, no momento.

Mas a janela que se abre todo meio de ano faz com que os melhores jogadores que atuam por aqui pulem de uma vez para fora da casa. Assim, os times vão se desmontando.

Claro, vendo por este lado, é triste. Mas, considerando a situação em que meu time se encontra, eu fico muito feliz. Porque o Santos, com certeza, não vai vender ninguém. Nem mesmo o Neymar, que está muito novo ainda.

Agora, só faltam ir embora o Elias e o Felipe. Só estes, já estaria de bom tamanho.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os meus pequenos amores

Toda criança tem seus pequenos amores, suas pequenas paixões, suas pequenas loucuras amorosas. Eu sempre fui uma criança tímida quando o assunto era esse. Na verdade, até hoje sou. Mas também tive meus pequenos amores.

A primeira menina da qual eu gostei e cultivei uma paixão foi a Daysa, uma menina gordinha, na primeira série. Eu sempre sentava perto dela para fazer os trabalhos, achava a letra dela linda e tudo o que ela fazia era lindo. Mas eu nem sabia o que era que eu sentia.

Que eu me lembre, também teve a Carol, na quarta série. Essa não tem como esquecer porque todos os meninos da sala gostavam dela. Todos queriam sentar perto dela, falar com ela, brincar com ela, dançar quadrilha com ela, comer o lanche dela.

Teve uma vez que eu saí da sala de aula para ir ao banheiro. Quando estava lá dentro, chegou o Diogo, que também amava a Carol. Ele era o mais forte da sala e queria me bater por amar a mesma garota que ele. Quando ele armou o soco, o Gustavo, meu amigo, que também gostava da Carol me salvou e bateu no Diogo. Ainda bem que esse amor passou.

Me lembro também da Valquíria. Essa já nos tempos de ginásio. A Valquíria morava longe de casa, mesmo assim, todos os dias eu saía com a minha Motombaique amarela e ficava passando na frente da casa dela. Eu subia a rua sem asfalto empurrando a bicicleta e descia freando para fazer barulho. Se ela não saía, eu chamava e dizia que, por acaso, estava passando por ali e, por acaso, me deu sede e parei para pedir água. Mas era todo dia.

O pior era quando ela me chamava para entrar. Sim, era pior, porque ela me chamava para me falar sobre o grande amor dela: o Claudemir. O Claudemir era meu amigo. Eu tinha que ficar ouvindo ela desabafar que ele não gostava dela. E eu dava força para ela, que ela não podia desistir e coisa e tal. Olha que inocência! E ela dizia que eu era um amigão. E eu ficava satisfeito. Olha que inocência!

Do mesmo jeito que eu ia na casa da Valquíria, eu ia também com a mesma Motombaique amarela na casa da Vanessa. Passava em frente, freava e pedia água. A única diferença era que a casa da Vanessa era no sítio, por isso, era uma verdadeira maratona. Isso fez com que este amor durasse menos, em razão das tão desfavoráveis condições físicas.

São pequenos amores de uma época totalmente ingênua, quando aquela quentura que de vez em quando queimava no peito era apenas um sentimento igual àquele que dá quando a gente vai andar na montanha russa. Nada mais que isso. Quando essa quentura era facilmente esfriada com um sorriso, ou um copo d'água oferecido pela pessoa amada. Só.

Quando a gente cresce, tudo é sexo. Ou, quando não é, gira em torno ou faz alguma referência. Em tudo há malícia; beijo já não pode ser acompanhado apenas de mais um beijo, mas de um afago mais "quente"; um afago mais "quente" vem acompanhado de mordidas no pescoço; a mordida no pescoço, de uma desabotoada de calça, blusa ou sutiã; e assim por diante...

Pensando bem... ô coisa boa!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Não assista este filme


Há três tipos de filmes que eu não gosto. Aqueles em que crianças morrem; aqueles de guerra; e aqueles com final triste. Eu adoro filmes com finais felizes. Mas há filmes piores ainda. São aqueles em que crianças morrem, têm guerra e o final é triste. Tudo junto, em um filme só.

Domingo eu assisti "O menino do pijama listrado" e presenciei tudo isso. Dormi meio na depressão. Eu sei que não deveria como é o final, mas tive que escrever. Bruno é um menino, filho de um oficial nazista, que tem que se mudar para longe de Berlim por causa de uma promoção recebida pelo pai.

Ele não faz ideia que uma guerra está acontecendo e que seu pai comanda um campo de concentração de judeus. Lá, ele não encontra amigos e vive triste. Ao sair para explorar o local, Bruno descobre uma cerca e faz amizade com o menino Schmuel, que vive atrás da cerca, com o uniforme listrado, que Bruno pensa que é um pijama.

É claro que muita coisa é obviamente fantasiosa, como o fato de que o Bruno, com facilidade, consegue cavar um túnel e passar por baixo da cerca elétrica do campo de concentração, para a ajudar o amigo a procurar o pai. Se fosse fácil assim, muita gente teria fugido durante a guerra. Mas o filme mostra também como os jovens arianos eram educados. Uma verdadeira lavagem cerebral conforme as ideias nazistas.

Mas eu paro por aqui.

Se você, assim como eu, não gosta de filmes de guerra, filmes em que crianças morrem e filmes com o final triste, ou muito menos daqueles que juntam tudo isso, não assista "O menino do pijama listrado".

Opa, contei o final...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Não é para mim

Eu não ia escrever sobre a última peça que eu assisti no Festival Internacional de Londrina (Filo), "prESENCIAS Entre Salamanca & Samarcanda" mas a pedido da minha amiga Regiany, que presenciou a peça comigo, vou escrever.

Eu não ia escrever que, quando eu vi a resenha da peça, fiquei super empolgado. Primeiro, porque nunca havia assistido a um musical, muito menos espanhol. Dizia que a atriz cantava músicas antigas de cidades entre Salamanca, na Espanha, e Samarcanda, na China, se eu não me engano.

Eu não ia escrever que eu ainda acreditava que a peça iria melhorar depois que as cortinas se abriram e a mulher apareceu sentada atrás de um contrabaixo arranhando o pauzinho em apenas uma corda e cantando uma música celta (prefiro acreditar que era uma música celta, porque se o meu irmão estivesse assistindo, iria dizer que ela estava apenas chorando). Isso durou mais ou menos meia hora.

Eu não ia escrever que em cada um dos muitos atos da peça, a mulher cantava "músicas" parecidíssimas com a primeira (se o meu irmão estivesse assistindo, diria que era a mesma). O palco não tinha quase nada e ela ficava mais ou menos meia hora (de verdade) cantando a mesma música e fazendo mais alguma coisa chata.

Eu não ia escrever que, quando ela apareceu com uma roupa bem bonita e uma faca fincada na cabeça, eu acreditei que o negócio ia melhorar e ela ia fazer uma dança flamenca. Que nada. Só ficou gritando. Ou fui eu que não entendi o que ela estava fazendo.



Eu não ia escrever que eu senti vontade de sair; que eu conversei sobre trabalho com a Regiany; que eu contei piada; que eu falei da minha família; que ela falou da dela; que nós combinamos de ir comer um lanche depois da peça; que eu disse que aquela era a segunda vez que eu fui de carro, dirigindo, à Londrina; que eu estava com fome; que ela tinha entregado um trabalho na faculdade naquele dia. Tudo isso enquando a atriz encenava o 3º ou 4º ato, se eu não me engano.

Eu não ia escrever que, no final da peça, a atriz conversou com o público e avisou que naquele momento ia fazer um número engraçado. Confesso que tive uma pontinha de esperança. Mais uma vez, foi em vão. Ela fez um número super igual aos outros atos. E o pior, durou mais uma meia hora.

Eu não ia escrever que esta foi a segunda vez que eu me arrependo de ir a uma peça. A primeira foi em "A poltrona escura", do Cacá Carvalho. Um monólogo chatíssimo, pelo menos para mim, na época um adolescente que nunca tinha ido ao teatro (tanta peça pra ir e eu fui estrear logo num monólogo?).

Eu não ia escrever que eu acredito que o que faz uma peça ser realmente uma peça, é o ator fazer o que as pessoas da platéia normalmente não conseguiriam fazer (é isso o que torna o ator, um ator). E a atriz espanhola realmente fazia um monte de coisas que eu não consiguiria fazer nunca. Mas também não pretendo.

Finalmente, eu não ia escrever que eu prefiro peças simples, com comédia, sem muita subjetividade. Porque o tipo de arte apresentado em "prESENCIAS Entre Salamanca & Samarcanda" não é para mim, simples leigo na arte de apreciar arte.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Inter x Curíntia

Alguns comentários apenas:

* O Internacional jogou muito bem, mas o Corinthians hoje (ah, como é ruim dizer isso) é o time mais bem entrosado, dirigido e organizado do Brasil. E tem dois jogadores que desequilibram: Dentinho e Jorge Henrique. Eles marcam, armam jogadas e atacam, é incrível (ah, como é ruim dizer isso).

* Porque os times que precisam ganhar não entram pra jogar como se fosse os quinze minutos finais do jogo?

* O lateral Kléber deve ter ficado muito preocupado (e com razão) com sua estadia na seleção. Do jeito que jogou mal e do jeito que o André Santos jogou bem, parece que a lateral esquerda da seleção tem um titular agora.

* O jogo já estava decidido, mas se não fosse a confusão armado pelo D'alessandro, o Inter ia fazer quatro gols.

* O lance mais engraçado do jogo foi depois do segundo gol do Inter, quando o D'alessandro partiu pra cima do Willian. Enquanto o zagueiro do Corinthians ia só recuando, o atacante do Inter ia pra cima, parecendo uma galinha brava. Mas, como ninguém do time dele o ajudou, ele não atacou, ficou só ameaçando e ficou num mato sem cachorro. Como não iria dar o braço a torcer (bom argentino que é), esperou até que os jogadores do time dele o tirassem do tumulto. Foi muito bom!

* O melhor do jogo foi o Nilmar. Mais uma vez ele mostrou porque merece estar na seleção e entrar no lugar do Robinho quando ele jogar mal, como seria contra o Egito, África do Sul, Estados Unidos e alguns outros jogos das eliminatórias.

* Sai Pato, entra Grafite na seleção.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson morreu!

Agora a pouco fiquei sabendo que o Michael Jackson morreu. Tenho que admitir que não estou deveras triste com a morte dele, afinal, todos morrem. Na verdade, sinto até uma coisa do tipo: "Nossa, agora eu faço parte da história".

Vou dizer porquê: daqui a alguns anos ou décadas, meus filhos ou netos vão olhar na internet, ou em algum livro de história e ver um tal de Michael Jackson. Daí, vão perguntar para mim: "Nossa, quem foi esse tal de Maikol Diéquison?". E eu, sem me sentir velho, vou dizer: "Ah, foi um artista, rei do pop... etc... Eu me lembro direitinho do dia em que ele morreu..." e coisa e tal.

Assim como meu pai diz que viu o Rivelino e o Zico jogarem e o Freddy Mercuri cantar, ou como o meu avô diz que viu o Pelé reinar, ou a minha mãe, que se apaixonou pelo Guilherme de Pádua (e até ia colocar o nome do meu irmão de Guilherme), eu vou poder dizer que vivi na mesma época do Michael Jackson e vou poder contar para meus filhos sobre o cara que era negro, virou branco, sofreu metamorfoses, andava para trás e comia criancinhas.

Tá certo que eu não vivi os melhores momentos da carreira dele, que foram no início dos anos 80, e era recém nascido no início da decadência, na década de 90. Mas posso dizer que, depois de "Chuva no telhado" de Leandro e Leonardo, uma das primeiras músicas que aprendi a cantar foi "Black or White":

"Pãrãrã pãããrã... Au! Pãrãrã pãããrã...

A tchuna beibi quétio querina nés. Ai dju quer uípidon istérarinés. Éra balti nercus, erispéri nonus répendi naiti. Úh ih! Bahma beibi ionus perari cou blecouaiti.

Pãrãrã pãããrã... Au! Pãrãrã pãããrã..."


O Michael não foi ídolo só de uma geração, mas de várias outras. Todas as crianças queriam ser Michael Jackson (e ele adorava isso, mas confundia um pouco as coias, por isso, hoje sou muito grato ao meu pai por NÃO ter podido me levar para conhecê-lo quando eu era criança... por motivos óbvios). Até pouco tempo atrás eu tentava fazer o "Moonwalk", mas não conseguia, então desisti.

É por isso que a notícia da morte dele, para mim, é um grande acontecimento.

P.S.: Desisti do "Moonwalk", mas um dia ainda aprendo a dançar o "Thriller"!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O gol, o pênis e o líquido espermático

Se for levar ao pé da letra, uma coisa não tem nada a ver com as outras duas. Mas tem sim. Principalmente quando se trata de futebol e vocabulário futebolístico de jogador de futebol..

Já reparou quais são as palavras mais pronunciadas pelo jogador ao fazer um gol?

Pois é. Ainda não entendi o motivo para tantos "p%#$*s" e "c%$#♀!£s" na hora de comemorar um gol. E o pior de tudo é que a TV é obrigada a mostrar a comemoração com o jogador gritando muito na frente das câmaras estas lindas palavras, muitas vezes, com restos de saliva no canto da boca, ou pulando para fora dela.

A "p%#$*" e o "c%$#♀!£" (as palavras) não saem da boca dos jogadores.

Hoje mesmo, na partida entre Cruzeiro e Grêmio, pela semifinal da Libertadores, o Souza gritou o nome pejorativo do sêmen seis vezes (isso foi o que a câmera mostrou) e mais umas três vezes o nome pejorativo do órgão sexual masculino.



Dizem que o gol é o momento máximo do futebol. Então, fazer um gol, deve ser o momento máximo do autor do gol. Portanto, ao fazer algo que é máximo para você e para o esporte que pratica, o certo deveria ser gritar o nome de algo máximo para você, algo muito importante, algo que do qual você precisa, adora, não vive sem, e vai lembrar sempre que estiver em um momento especial na sua vida (como marcar um gol em semifinal de Libertadores).

E a primeira coisa que vem à cabeça de um jogador de futebol é "p%#$*s" e "c%$#♀!£s"! Estranho, não é?

Será que não há outras palavras para gritar? Eu sei que é um desabafo do cara, mas isso já está batido demais. Claro que gritar "bu$#%*" também não é muito bonito, mas já diferencia. Os jogadores poderiam encontram outras palavras, como por exemplo... tipo... sei lá... pode ser...

Caralho, será que não tem nenhuma outra palavra pra trocar?

Porra!

sábado, 20 de junho de 2009

Pequenos amores


O livro "Pequenos Amores", de José Roberto Torero, já inova pelo formato. Ele é pequeno, quase de bolso. Também é desses que se lê numa tacada só. É ilustrado com desenhos irônicos e sarcásticos, assim como os textos o são. Ideal para dar de presente à namorada.

Como eu não tenho namorada, me dei "Pequenos Amores" de presente. E não me arrependi. Se tivesse namorada, compraria um para ela e teria de comprar outro para mim, pois não gosto de emprestar. Portanto, sem namorada, economizei R$ 8,00 no sebo.

Lírico, irônico e poético, o livro conta o que acontece em Paraíso, cidade de 11.890 habitantes, coincidentemente o mesmo número de capítulos da Bíblia multiplicado por 10, que é o número de mandamentos (1.890x10). Torero começa falando de Adão e Eva até concluir que, possivelmente, Paraíso fica no mesmo lugar onde foi o Éden.

Com capítulos curtíssimos contando pequenas histórias recheadas de amor e muito, mas muito humor negro e sarcasmo, o leitor conhece as pequenas histórias amorosas dos habitantes de Paraíso, sempre uma ligada à outra.

Como exemplo, transcrevo o capítulo XXXII:
"No Circo de Variedades Oitava Maravilha trabalham Mario e Maria Sanchez, os únicos trapezistas nacionais que conseguem dar o salto triplo mortal sem rede.
Esse é um número que exige total confiança entre os parceiros.
Mário confiava em Maria até descobrir que Maria o traía com Piteco, o palhaço.
Maria, que não sabia que tido descoberta, ainda confiava em Mário na noite em que ele a deixou cair."

No capítulo L (50) que é o que vem depois do fim, o autor volta a falar de Adão e Eva e o que ocorreu com eles depois que foram expulsos do paraíso. Baseado nestes acontecimentos, Torero sugere como foi que surgiu o significado do que é "Amor". E, para terminar, sugere até o local onde Adão e Eva foram enterrados.

Vale a pena ler. "Pequenos Amores" é delicioso. Um presente e tanto, não só para namorados e namoradas, mas para si mesmo, familiares e, porque não, para pequenos amores do dia-a-dia.

Postagem abortada

Enquanto eu fui tomar um banho e deixei o computador ligado, pensei numa postagem muito legal. Uma crônica sobre o que eu vi hoje quando fui jogar futebol. Um menino jogando no time do pai dele e tal, todo feliz por fazer sua estréia no time dos adultos...

Tinha certeza que ia ficar bem legal.

Mas agora, ao sentar aqui na frente do monitor, me deu uma preguiça enorme, um sono enorme e uma vontade enorme de desligar o computador e dormir.

Pois é isso o que vou fazer.

Amanhã vou escrever sobre o livro que li essa semana: "Pequenos Amores". De quem? Torero. Já disse que estou afim de ler alguns livros dele por uns tempos? Pois é, estou afim de ler uns livros dele por uns tempos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sacanagem!

(Este post não é sobre sexo)

Pois bem, queridos leitores. Minha alegria durou pouco. Pouquíssimo.

Digo isso porque ontem fui ao Ministério do Trabalho, na hora do almoço, para buscar minha carteira de trabalho, devidamente registrada com minha profissão: jornalista. Naquele momento, me tornei jornalista profissional, com ensino superior e apto a atuar.

No entanto...

...no final da tarde, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram, por oito votos a um, que o diploma de jornalista não é mais obrigatório para exercer a profissão. Ou seja, minha alegria durou mais ou menos umas quatro horas. Resumindo, estudei quatro anos para exercer uma profissão na qual eu não precisaria nem estudar!

Sacanagem!

Agora, vou colocar abaixo os argumentos de alguns dos ministros que votaram contra a obrigatoriedade do diploma, além do argumento de uma representante do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Setersp).

Ministro Gilmar Mendes (relator): Danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional. E O MAIS IMPRESSIONANTES, INADMISSÍVEL E INCONCEBÍVEL: A formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão.

Então, o curso de jornalismo é como o de moda, costura e culinária!

Ministro Carlos Ayres Britto: O jornalismo pode ser exercido pelos que optam por se profissionalizar na carreira ou por aqueles que apenas têm "intimidade com a palavra" ou "olho clínico".

Entendi. Amanhã mesmo vou ali na minha vizinha. Ela é vendedora na feira e tem intimidade com a palavra. A gente consegue um patrocinador e monta um jornal. É claro, a jornalista será ela e eu, como tenho apenas um curso superior em jornalismo, mas não tenho muita intimidade com a palavra, vou, sei lá, limpar o chão.

Ministro Celso de Mello: Preservar a comunicação de ideias é fundamental para uma sociedade democrática e restrições, ainda que por meios indiretos, como a obrigatoriedade do diploma, devem ser combatidas.

Então, todos os diplomas são uma afronta para a "preservação da comunicação de ideias para uma sociedade democrática". Já sei, agora eu quero ser advogado. Lógico, andei estudando o código penal e sei muito bem defender um réu ou enfrentar um juri, sei lá. Ora, é meu direito como cidadão. Quando eu enjoar de ser advogado, acho que quero ser arquiteto, depois, médico ou professor e.

Tais Gasparian, representante da Sertesp: A profissão de jornalista é desprovida de qualificações técnicas, sendo "puramente uma atividade intelectual". Ela questionou qual o consumidor de notícias que não gostaria de receber informações médicas, por exemplo, de um profissional formado na área e não de um com formação em comunicação.

Eu quero ver essa Tais escrever um lead, organizar informações, fazê-las entender. Eu quero ver um médico fazer isso. Quero ver qualquer outro profissional fazer isso. Me dê uma bula de remédio que eu a faço ficar interessante de ler. Peça a um médico para escrever uma simples frase e você não entende nada.

Antônio Fernando de Souza, Procurador-geral da República: o curso superior de jornalismo age como obstáculo à livre expressão estabelecida na Constituição e o diploma fecha a porta para outros profissionais transmitirem livremente seu conhecimento através do jornalismo.

Se o diploma fecha a porta para outros profissionais transmitirem livremente seu conhecimento através do jornalismo, então o diploma de advogado impede o meu livre direito de defender uma causa. O diploma de professor me impede do meu livre direito de ensinar. O diploma de médico me impede do meu livre direito de curar.

Se alguém quer transmitir conhecimento, use um blog, a internet, escreve um livro. Não é apenas através jornalismo que as pessoas podem se expressar. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defende que, não é tirando a obrigatoriedade do diploma que o cidadão terá livre acesso às emissoras de TV, rádio e internet, ou então, nas "cartas do leitor". Ou ainda, de verem suas respostas publicadas contra acusações estrondosas manchetadas na primeira página do jornal.

O ministro diz que os erros são graves desvios de conduta. Mas será que erros só acontecem no jornalismo? Se erros forem levados em conta, todas as profissões não precisariam de diploma. Não há erros médicos? Quanta gente já morreu por erros médicos! A falta de técnica no jornalismo permitiria muito mais erros. E muito mais graves.

Se não há diploma, se todo mundo que tem "intimidade com a palavra" for jornalista, tudo o que é escrito em blogs teriam de ser levados em conta. Não se sabe se é verdade ou mentira, mas o blogueiro tem intimidade com a palavra, como vamos duvidar? Ele é jornalista! Olha a que ponto de desvalorização chegou a minha profissão.

Eu, tu, ele, nós, vós, eles: todos, jornalistas somos. Talvez eu, não, porque não tenho tanta intimidade com a palavra como minha vizinha vendedora de hortaliças na feira. Talvez, eu tenha que me jogar em outros campos do conhecimento que também não exigem diploma, como a culinária, moda, ou costura.

Logo agora, que eu acabei de me formar.

Logo agora, que eu acabei de pegar o meu registro profissional.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dá carrim não, má!



- Puta que pariu! Má, dá carrim não, mano! Tu é doido, é?

- Vai #$♀å&@$%, tu que é ruim!

- Má, dá carrim não, má!

- (dedo do meio)

- DA CARRIM NÃO, MÁ!!!


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

obs: vejam também no Youtube o funk e as outras versões deste vídeo. Muito bom!

domingo, 14 de junho de 2009

Uma história de futebol


Numa tacada só. Foi assim que eu li "Uma história de futebol", do José Roberto Torero, que é, ultimamente, meu escritor favorito. Quem me emprestou o livro foi o meu amigo Pedro Henrique, que o achou na biblioteca da escola onde ele estuda e me deu pra ler. Tomara que a diretora dele não saiba disso.

O livro, o primeiro do Torero para o público infanto-juvenil (mais infanto do que juvenil), se passa na década de 50 e conta a história de Zuza, um menino apaixonado por futebol, mas um péssimo jogador. O legal é que o próprio Zuza conta a história.

Além dele, o outro personagem principal é o Dico, que é muito bom de bola e é o melhor do time do "Sete de Setembro". Originalmente, o livro foi escrito para se tornar um curta-metragem (o que acabou acontecendo e rendendo-lhe vários prêmios nacionais e internacionais), por isso, ao ler, tem-se a impressão de estar assistindo a um filme, o que torna a leitura bem gostosa.

O grande barato de "Uma história de futebol" é a simplicidade com que foi escrito (como se fosse um tipo de diário do Zuza) sem deixar de lado uma grande riqueza nos diálogos. Situações simples do dia-a-dia de Zuza e Dico relatadas de uma forma encantadora e ingênua. A briga dos pais, o primeiro amor, o time da rua, o dilema entre escolher ser jogador de futebol ou piloto de avião.

Enfim, é um livro, teoricamente, para crianças, mas eu adorei. Acho que ainda tenho um pouco de criança dentro de mim e acabei me identificando com o Zuza. Aliás, qualquer pessoa que ler terá um personagem com quem se identificar e, com certeza, vai se lembrar "de sua infância querida que os anos não trazem mais".

Ah, já ia me esquecendo, o Dico acaba se tornando alguém muito importante e conhecido. Só não posso dizer quem é, porque senão vai perder a graça, né...