Ser torcedor do Santos é muito chato.
O time nunca luta para chegar a algum lugar. É sempre um mero coadjuvante. No começo do ano, chegou à final do Campeonato Paulista e perdeu para o Corinthians. Depois de vitórias heróicas contra o Palmeiras, o time se acomodou e perdeu na final.
Na copa do Brasil foi desclassificado pelo ABC, ou CSA, ou CSN, CSKA, CBN, CDF, sei lá, já na segunda fase. Aí, tem a chance no Campeonato Brasileiro. E, mais uma vez, nada.
A equipe está exatamente no meio da tabela. 11º lugar; 45 pontos; 11 vitórias, 12 empates, 11 derrotas; 50 gols a favor, 51 contra; quase 50% de aproveitamento. Uma chatice.
Os mais otimistas vão dizer que, pelo menos, o time não está na zona de rebaixamento. Mas eu digo que preferiria que estivesse. Porque assim, teria para quê torcer. Torceria contra o rebaixamento. Aí, no último jogo do campeonato, um golzinho salvador no último minuto tiraria o time da série B por saldo de gols. Assim como aconteceu na classficação para a semi-final do campeonato pauliste este ano, contra a Ponte Preta.
Se eu fosse torcedor do Fluminense, estaria sofrendo, torcendo para o time não cair. Se fosse torcedor do São Paulo, Palmeiras ou Atlético Mineiro, estaria torcendo para ser campeão. Se fosse torcedor do Vasco, estaria hoje feliz pela volta do time à elite. Se fosse do São Raimundo, estaria comemorando também o título da Série D. Bem ou mal, estaria torcendo por alguma coisa.
Um santista hoje torce para o quê?
Tem o time feminino. Mas até lá, a diferença técnica é tão grande que também não tem graça. O time venceu a Libertadores da América só com vitórias. Fez um milhão de gols e não tomou nenhum.
Resta então torcer para Internacional, Goiás e até Avaí.
Hoje o Santos está na zona de classificação para a Copa Sulamericana, porque venceu o Náutico ontem. Mas o próximo jogo é contra o Inter em Porto Alegre. A derrota é certa. Assim, o time volta praquela regiãozinha da tabela que não cai pra segunda divisão e nem classfica pra nada. É aquela região sem graça. De times sem graça.
Sem graça como água de batata.
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