sábado, 5 de julho de 2008

Eu e o futebol - Parte 1

Qual o sonho de todo menino?

É, esse também era meu sonho. Era.

Todos os meninos querem ser jogador de futebol. Até se darem conta de que, para jogar futebol, assim como para qualquer outra profissão, é necessário um mínimo de talento. Um mínimo mesmo. Vê-se pelos "talentosos" jogadores profissionais que, inclusive, jogam na seleção.

Mas acontece que não só os meninos, mas também, muitos pais querem esse futuro para os filhos. Agora, uma fala de jogador de futebol: "Comigo não foi diferente". Meu pai jogava bem. O normal seria eu jogar como ele. Assim como foi normal que meu pai quisesse que eu seguisse essa carreira. Ele investiu nisso. Meu pai foi um grande jogador amador. Já eu, bom, eu...

Até os 10 anos, eu nem queria saber de bola. Enquanto meus amiguinhos jogavam na rua, em frente de casa, eu ficava sentado na calçada, só olhando. Até que um belo dia resolvi ir treinar num campinho perto de casa. Ao final do treino, o treinador nomeou os destaques. E, para minha surpresa, meu nome estava no meio dos "destaques". Lembro como se fosse hoje: "Danilo Felipe, 10 anos".

Mesmo sabendo que houve uns 15 destaques, num treino com 22 jogadores, eu achei mesmo que joguei bem. Afinal, meu nome foi pronunciado. Foi a maior surpresa da minha vida. Pensei: “Então, eu tenho aptidão para jogar bola! Como é que eu fiquei 10 anos da minha vida sem isso? É isso o que eu quero ser: jogador de futebol”.

Quando cheguei em casa, falei para o meu pai a incrível façanha. Foi meu grande erro. Era o início do fim da minha vida de jogador, que não duraria muito tempo.

(Na próxima sexta-feira eu continuo com a 2ª parte história, que é real e aconteceu mesmo)

Um comentário:

Alexandre disse...

"Até que um belo dia resolvi ir treinar num campinho perto de casa."

Que engraçado! Nunca recordamos dos dias nublados e chuvosos... todos eram belos e lindos dias, com flores cheirosas e passarinhos ao redor...