sábado, 26 de julho de 2008

O riozinho

Todos os dias ele andava pela cidadezinha onde morava e ficava observando a sujeira das ruas. Ele observava crianças brincando e comendo seus pacotes de bolacha e jogando o papel no chão. Mascavam os chicletes e jogava a gominha na rua. Comiam o pastel e jogavam o guardanapo no bueiro.

Observava também os adultos, que fumavam seus cigarros e depois amassavam a bituca com o pé. Ele também fumava, mas sempre procurava jogar o que sobrou no lixo. Achava um absurdo, já que ouvia nos noticiários que a poluição está destruindo o mundo e o consumo humano é uma das principais causas de tamanha catástrofe.

Ele acreditava no apocalipse, por isso, julgava com muito maus olhos as pessoas que jogavam sujeira nas ruas e nos rios. Aliás, na cidade onde morava, havia dois rios: um grande e outro bem pequeno, que cortava a cidade. Este recebia dejetos de esgotos, muita sujeira, principalmente perto das três pontes que o atravessavam na cidade.

Todos os dias ele chegava perto desse riozinho para fazer o que tinha que fazer todos os dias e acabava refletindo sobre a sujeira do riozinho. Ele lembrava: “Nossa, quando eu era pequeno, brincava nesse rio com meus amigos. Era tão bom, não havia tanta poluição, era um lugar agradável.” Mas tudo eram lembranças.

Ele lembrava de quando brincava de esconde-esconde debaixo da ponte, ou então quando subia o riozinho andando até perto de uma pequena cachoeira que havia há uns 200 metros de onde morava, rio acima.

A pequena cachoeira caía nas pedras, escorria a água entre elas e, mas abaixo, formava uma grande piscina, onde ele nadava de um lado para outro com os amigos. Depois da piscina, a água escorria pelo leito do rio, formando uma correnteza perfeita para descer de bóia.

As bóias eram câmaras de ar de tratores ou carros. Mas a descida no rio não poderia acontecer sem antes passar pelos pés de goiaba que cresciam no meio do pasto, sempre com umas goiabas bem grandes. As brancas ele não gostava não, mas comia.

Tinha também, quando era final e início de ano, um pé carregado de manga espada. A competição era sempre para ver quem conseguia acertar a manga no alto do pé, aquela que nem é a maior nem a mais bonita, mas é sempre a mais difícil de catar, o que a torna maior, mais bonita e saborosa. Tudo isso ele se lembrava todos os dias que ia ao rio para fazer o que tinha que fazer todos os dias.

Hoje, o riozinho não passa de um riozinho sujo, imundo, cheio de coisas no fundo. Não existem mais os pés de goiaba e nem as mangas são boas como antes. A cachoeira mudou de cor. A ponte está quase entupida de tanto lixo que as pessoas jogam. Foi ao redor deste rio que ele passou os melhores dias de sua infância.

Ele também não deixa os filhos brincarem no rio porque podem pegar qualquer tipo de doença. Ele também se pergunta como o riozinho foi ficar assim? Como as pessoas podem não ter noção do mal que fazem? Ele também sabe que a sujeira das ruas vai toda para rio quando chove. Sabe que, se cada um fizer sua parte, é difícil, mas a coisa pode mudar.

No entanto, hoje, ele chegou perto do riozinho para fazer o que tinha que fazer todos os dias: jogou a sacolinha com lixo do banheiro de cima da ponte, afinal, o caminhão de lixo não passou hoje e ele precisa se desfazer do lixo. Afinal, o que é apenas mais uma sacolinha de lixo perto de tantas outras acumuladas aí embaixo da ponte? E, observando o rio, percebeu que não havia nenhuma lata de lixo por perto, jogou a bituca do cigarro de cima da ponte e foi embora.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Vamos, Sant... de novo, não!

(republico aqui minha crônica do dia 26 de junho, porém, numa versão diferente, com elementos um pouco diferentes e um final diferente e muito mais próximo do real. Aliás, sinto dizer, mas depois da derrota de ontem para o Palmeiras, a realidade mesmo tornou-se dura e cruel. A Segundona está cada vez mais próxima)

O Santos de Pelé, de Pepe, de João Paulo, de Diego, de Robinho, estava lá, em campo, na Vila Famosa. Hoje, de Tabata, Kléberes, Joãos, Josés... Mas não importa.

A torcida toda festejando, querendo uma vitória, querendo uma recuperação. Contra um dos lanternas, até então. O Goiás ainda não havia vencido.

E eu lá, assistindo o jogo. Na arquibancada. Igualmente esperançoso.

Porém, já aos sete minutos, o Santos tomou o primeiro gol, de um tal de Alex Terra. Em casa. Não é possível.

Depois disso, o jogo esfriou. Deu até sono.

O Goiás continuou pressionando e fez mais um. E fez mais outro de pênalti. E outro ainda, também de pânalti. 4x0, na Vila Belmiro.

Depois deste jogo, o time não venceu mais naquele campeonato. Na verdade, venceu: 1x0 no Sport, na Vila. Mas foi só. Atléticos, Palmeiras, São Paulo, Vitória, Fluminense, Flamengo, Inter, Grêmio, Figueirense, Náutico. Não venceu mais ningúem. Por isso, acabou sendo rebaixado para a 2ª divisão. E pior: enquanto o Corinthians subiu.

Os principais jogadores foram sendo vendidos. O técnico já era uma tal desconhecido, assim como os jogadores. Mas ainda restava a esperança de subir.

No entanto, a 2ª divisão era mais difícil do que se imaginava. A campanha, novamente, foi pífia. As dívidas aumentavam. Os jogadores sumiam. Os salários atrasavam. A situação estava desesperadora. A 2ª divisão foi embora. Veio a terceirona.

E lá, é cada um por si. Não existe time grande. A situação se agravava ainda mais. Não existia mais categoria de base e os dirigentes não sabiam mais o que fazer. Mas iam fazer o quê? Afinal, aquilo tudo era culpa de más administrações.

E veio também a 2ª divisão do campeonato paulista.

Depois de vários anos disputando a série C do Campeonato Brasileiro e série B do Paulista, a situação ficou tão grave, que a falência foi algo inevitável. O que foi pior ainda: nesta época, já em 2019, o Corinthians já era um dos melhores times do mundo. Havia ganhado vários campeonatos mundiais e era base da seleção brasileira.

O resultado: o Corinthians acabou comprando o Santos. O Santos não existia mais. O Santos de Pelé, de Pepe, de João Paulo, de Diego, de Robinho, ficou para a história... acabou... agora, fazia parte do Corinthians. Uma pequena parte...

"GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL"

Um grito no estádio me acorda. Nem acreditei, mas era o segundo gol do...

ABC de Natal! Aí me lembrei: meu time, o Santos, está na zona de rebaixamento da 2ª divisão do Campeonato Brasileiro.

Na verdade, não foi um sonho, foi apenas o início do pesadelo. De novo. Há um ano tenho esse mesmo sonho, desde que o Santos estava na primeira divisão, no ano passado. Todos os dias, não agüento mais.

Já nem sei o que é pior: ter o desprazer de ver a mesma história enquanto durmo ou enquanto estou acordado.

De qualquer forma, é inevitável.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Spam legal

Sabe aqueles e-mails que a gente recebe e vai direto para a pasta "Spam"? Então, no Yahoo!, que é o e-mail que eu mais utilizo, tem um opção "Esvaziar", no qual, ao clicar, você deleta todos os e-mails que estão nesta pasta, sem precisar entrar nela.

Mas eu sempre entro lá pra ver se tem algo de interessante. Nunca tem. É curiosidade mesmo. Mas ontem, minha curiosidade estava acima da média e resolvi abrir um e-mail (sem anexo) e, para minha surpresa, foi um dos melhores spams que já recebi. Até porque foram poucos os que já abri.

Não sei se era verdade o que estava escrito ("era" e "estava" porque já deletei), mas é super engraçado. Teste também os seus conhecimentos.

O título era: "Despedida"

"Olá,

Escrevo pra me despedir pois estou de mudança para Brasília... Espero
ainda consegui marcar um encontro para minha despedida... Passei em um
concurso público para assessor de deputado e vou assumir o cargo. Casos
vocês tenham interesse em concorrer no próximo concurso, encaminho a
prova que fiz para que vocês possam estudar e irem se preparando.
Assim que tiver novo concurso, aviso todos.


CONCURSO PÚBLICO Para concorrer a uma vaga de assessor de Deputado. As
questões foram elaboradas a pedido do digníssimo atual Presidente da
Câmara para provar que não existe essa história de nepotismo e que
é preciso estudar e ter seu cargo garantido após uma prova.

QUESTÕES:
1) Um grande presidente brasileiro foi Castelo _________
( ) Roxo
( ) Preto
( ) Branco
( ) Rosa choque
( ) Amarelo

2)Um líder chinês muito conhecido chamava-se Mao-Tsé______
( ) Tang
( ) Teng
( ) Ting
( ) Tong
( ) Tung

3) A principal avenida de Belo Horizonte chama-se Afonso_______
( ) Pêlo
( ) Pentêlho
( ) Penugem
( ) Pena
( ) Cabelo

4) O maior rio do Brasil chama-se Ama_________
( ) boates
( ) zonas
( ) cabarés
( ) relinho
( ) puteiro

5) Quem descobriu a rota marítima para as Índias foi __________
( ) Volta Redonda
( ) Fluminense
( ) Flamengo
( ) Botafogo
( ) Vasco da Gama

6) A América foi descoberta por Cristóvão Co_______
( ) maminha
( ) picanha
( ) alcatra
( ) lombo
( ) carne de sol

7) Grande Bandeirante foi Borba _______
( ) Lebre
( ) Zebra
( ) Gato
( ) Veado
( ) Vaca

8) Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi
Pero Vaz de ______
( ) Anda
( ) Pára
( ) Corre
( ) Dispara
( ) Caminha

9) Um famoso ministro de Portugal foi o Marques de ________
( ) Galinheiro
( ) Puteiro
( ) Curral
( ) Pombal
( ) Chiqueiro

10) D. Pedro I popularizou-se quando __________
( ) eliminou a concorrência
( ) decretou sua falência
( ) saturou a paciência
( ) proclamou a independência
( ) liberou a flatulência

11) Pedro Alvares Cabral _____________
( ) inventou o fuzil
( ) engoliu o cantil
( ) descobriu o Brasil
( ) foi pra puta que pariu
( ) tropeçou mas não caiu

12) Foi no dia 13 de maio que a Princesa Isabel____________
( ) aumentou a tanajura
( ) botou água na fervura
( ) engoliu a dentadura
( ) segurou a coisa dura
( ) aboliu a escravatura

13) Um grande ator brasileiro é Francisco Cu______
( ) sujo
( ) de ferro
( ) oco
( ) largo
( ) apertado

14) O autor de Menino do Engenho foi José Lins do ______
( ) Fiofó
( ) Cu
( ) Rêgo
( ) Furico
( ) Forevis

15) O mártir da independência foi Tira___________
( ) gosto
( ) cabaço
( ) que está doendo
( ) dentes
( ) e põe de novo

16) D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga, gritou_______________
( ) Hortência volte!
( ) Eu dou por esporte!
( ) Como dói, prefiro a morte!
( ) Independência ou morte!
( ) Maria, endureceu! Que sorte!


Acho que vou abrir mais spams da minha caixa de spams.

Até que um vírus infecte meu computador, destrua todos os meus arquivos pessoais, destrua meus arquivos do TCC, todas as imagens da minha vida, e então eu tenha que levar para formatar e, assim, arruinar quatro árduos anos de faculdade, além de ter trabalho dobrado para refazer tudo o que já fiz até hoje.

É, melhor deixar quieto esse negócio de spam.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Toque o berrante, seu moço...

... que é pra eu ficar... com dor de ouvido!

A letra da canção de Sérgio Reis não combina comigo. Ainda.

Porque meu berrante anda meio desafinado. Ainda. É porque eu tive apenas uma aula, andei soprando meio forte demais, o fôlego andou faltando e a boca adormeceu. Mas foi só o primeiro dia.

No início foi difícil, mas...

É que ontem eu aprendi a tocar berrante! Não é maravilhoso quando você aprende algo que nunca imaginou que aprenderia? E assim, de uma hora pra outra? Pois é. É super demais!

Como eu me acho, achei também que tocar o tal do berrante era fácil. Fácil é tirar o som, mas tocar de verdade, bem bonito, legal, não é não. Peguei o berrante. Coloquei o chapéu. Todos prestaram atenção em mim. Fiz pose. Segurei com uma mão apenas. Coloquei a outra na cintura. Fiquei contra o sol. O berrante pra cima. Olhei para o horizonte e...

"FUIIIIIN FUIIIIN FUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNNNNNNNNN!!!!!!!!!!!"

(Risadas)

Tentei novamente:

"FUIIIIIN FUIIIIN FIUUUNNN..."

(Mais risadas)

E de novo:

"FIUUUNNN FIUUUNNN FIUUUNNN"

(Gargalhadas)

...fui melhorando, até que...

Ainda bem que eu levo na esportiva. Senão, teria desistido da minha carreira de berranteiro ali mesmo. Fiquei tentando até que o povo cansou de rir. E cansaram primeiro que eu. Beeeeeem primeiro. Até que, certa hora, depois de três horas de treinamento intensivo saiu algo que lembrasse, mesmo que vagamente, o som de um berrante:

"FFFFUIIIIN MMMMMMMMMMuuuuuu FFIUUUUUNNIINNN"

Consegui tirar um sonzinho. E até que foi fácil... É só soprar devagar. Daí pra frente, minha vida mudou. Devagar, deu pra perceber que os FUUUIINNNN foram ficando mais raros e os MMMMMMMMMMMMMM começaram a aparecer mais. Até que saiu um

"FFUIIINN MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM"

Eu sentia que estava chegando perto, porque os MMMMMMM foram ficando mais frequentes. Até que teve uma hora que saiu direitinho:

"mMMMMMMMMmMMmMMMmMMMMMMMMMMMMMMMMMmMMmMMmMMmMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM" (com paradinha e tudo)

(Palmas, merecidas)

...consegui. Com pose e tudo...

O dono do berrante disse que, para uma primeira aula, de três horas e meia, até que eu fui bem. Acho que ele disse isso pra eu parar logo e devolver o berrante. Mas agora eu já me convenci que posse ser um berranteiro, um expert no assunto, um ás do berrante.

Estava pensando até em tocar o berrante na missa. Ou, quem sabe, em casamento. Imagine a hora em que o noivo estiver entrando:
"mMMMMMMMMmMMmMMMmMMMMMMMMMMMMMMMMMmMMmMMmMMmMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM".

Bom, talvez não seja uma boa idéia. Pelo menos, não para todos os casamentos. Ainda.

Contudo, foi uma experiência marcante para mim. Para mim e para todos os que estavam lá no sítio ontem, porque devem estar com dor de ouvido até agora. Coitados.

Pelo que me contaram hoje, aconteceram várias coisas estranhas lá no sítio. Não sei se foi coincidência ou não, mas tudo aconteceu após eu ter tocado o berrante ontem. Coincidência, com certeza.
As vacas não dão mais leite
Os bois não trepam mais
Os bezerros estão doentes
As galinhas andam meio desesperadas, como se quisessem voar, fugir
Parece que o cachorro está até agora em transe e não para de rolar no cocô da vaca
O café plantado morreu
A mina secou
A viola desafinou e arrebentou as cordas

Será que o berrante é mágico? Será que ele tem todo esse poder?

Semana que vem vou lá tocar de novo.

Se não dá no futebol, no jornalismo talvez, em casamento também... quem sabe consigo uns troquinhos tocando berrante? Mesmo que dêem dinheiro só pra eu parar de tocar...

sábado, 19 de julho de 2008

Eu e o futebol – o fim, ALELUIA

(A última parte da saga)

Vou dar uma de Tia Penha: Gente, só pode ser jogador de futebol quem é muito muito muito bom de bola. Ou tem um bom padrinho. Se você não tem alguma dessas qualidades, esquece!

Pois é. Depois de muito tempo, descobri que eu não tinha nenhum dos dois. Mas vou contar certinho. Comecei a fazer os testes nos clubes. Cheguei até a passar na Portuguesa, mas, sabe como é né...

Tentei também no Londrina Esporte Clube, nosso querido LEC, mas, de novo, não deu em nada. Ah, e tinha amigos meus que passavam e não iam, ou não gostavam de treinar, ou vendiam os passes que o clube dava para comprar sorvete. Eu ficava indignado.

No PSTC também não faltou testes, mas lá foi pior ainda. Ficava de fora e jogava uns cinco minutos e nem pegava na bola. Lá foi onde fiz mais testes, uns 156 mais ou menos, sempre frustrados... Faltou habilidade. Faltou padrinho.

Um dia caí na real: Não dá!!! Não quero mais. Não sou bom de bola. Onde eu quero chegar? Foi a mesma sensação de quando descobri que Papai Noel e Coelhinho da Páscoa não existem. Mas foi mais real.

Cheguei em casa e falei para o meu pai que não queria mais jogar futebol. Pela cara que ele fez, acho que ele não gostou não. Depois disso, não sei porque, mas o meu pai nunca mais me deu uma chuteira...

Mas, mesmo sabendo de tudo isso, ainda me pergunto: Quem será o empresário do goleiro Doni? Quem será que foi o padrinho do lateral esquerdo da seleção, o Gilberto? De onde saiu esse tal de Afonso? Se alguém souber a resposta, me digam...

Hoje em dia, jogo futebol apenas por gostar. Porque, habilidade mesmo, nenhuma! Dinheiro, então... menos que habilidade. E meu futuro promete... promete pouco dinheiro e fama nenhuma. Totalmente ao contrário do que seria se eu fosse jogador de futebol...

Por quê?

Porque vou ser jornalista! Porque sou de esquerda! Porque apoio o MST! Porque odeio o neoliberalismo! E a pessoa que mais gostaria de conhecer neste mundo é o Lula!

Quer mais?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Minha sincera homenagem

Gente, meu blog é um blog lido no mundo todo, como todos já sabem. As pessoas não comentam muito, mas não quer dizer que não leiam. Estou montando uma versão do blog em inglês, uma em espanhol, japonês, nigeriano, francês, alemão, russo, hebraico e aramaico. Assim, posso ser lido sem maiores problemas. É a demanda, gente.

Porém, meus pricipais leitores moram aqui mesmo no Brasil, mais precisamente no Paraná, e devem ser devidamente lembrados. Por isso, esta postagem eu dedico aos meus mais assíduos leitores: Tathi Pamela, Lenise, Junior Mohr. E também a todos os que já leram meu blog!

O Alexandre também é um leitor muito assíduo (ultimamente). Deste de que fez o Blog do Xandexter, ele sempre lê minhas postagens, e eu, as dele. Aliás, recomendo para quem quiser ler. Recomendo também para quem não quiser ler, porque é bom mesmo assim. Na hora certa ele vai receber as devidas congratulações.

Mas, a principal pessoa homenageada hoje aqui nesta postagem é o DOUGLAS.

O Douglas é o cara que mais lê esse lixo. E dou os parabéns para ele, porque agüentar isso aqui não é fácil não, minha gente. Sempre que o encontro ele comenta alguma postagem. Tenho certeza que não acrescento nada na vida dele, mas... se for pra ficar mexendo em MSN, orkut, youtube, melhor entrar no blog, não é?

Esse é o Douglas, coitado

Uma coisa que eu me pergunto (sempre escrevo isso, né?): Será que o Douglas gosta mesmo do blog? Será que ele lê as coisas daqui e reflete na vida dele? Será que estou sendo útil para ele? Será que estou sendo útil neste mundo? Qual a verdadeira razão de se viver? Qual o sentido da vida? De onde vim? Para onde vou? Por que eu existo?

Pessoas como o Douglas me fazem fazer estes questionamentos. Porque é impossível uma pessoa, em sã consciência, ler tanto lixo como ele lê quando entra neste blog! Meu principal leitor é, realmente, um santo.

Por isso, você, Douglas, é o grande homenageado desta postagem.

Valeu, Douglas!!!

And the oscar goes to... DOUGLAS!!!

Salva de palmas: plac, plac, plac, plac, plac, plac, plac, plac...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

A maior descoberta

Depois de praticamente quatro meses de blog, descobri algo que venho buscando durante todo esse tempo.

É uma descoberta maravilhosa, que vai mudar pra sempre a vida dos meus milhões de leitores e vai mega, hiper, ultra facilitar a minha. É uma descoberta menor apenas do que a cura para AIDS ou para o câncer. Mas, como ainda não descobriram as duas, minha descoberta acaba sendo a maior da história da humanidade.

Tomara que não continue sendo por muito tempo.

O fato é que EU DESCOBRI COMO COLOCAR LINK AQUI NAS POSTAGENS.

Agora, meus leitores não vão mais precisar colar os links na barra do navegador, não vão precisar clicar em links daqui da coluna ao lado e procurar matérias pra lá e pra cá. Não estava mais dando conta de tantos recados e reivindicações. Afinal, é um blog de prestígio nacional e internacional.

Por isso, quero comemorar esta descoberta sensacional com você, meu mísero, pobre e infeliz leitor. Vou recolocar aqui minha crônica, que está publicada originalmente no webjornanal ComTexto:

E o sonho terminou em Caetés
Uma reviravolta aconteceu naquele 6 de outubro de 2002. Depois disso, o sindicalista ainda tentou várias outras vezes, mas sempre perdia. Até que quis voltar para Caetés, em Pernambuco, onde nascera, e acabou tendo um final triste.
DANILO FELIPE, 4ª SÉRIE NOTURNO

"O ano era 2002. Na disputa pela presidência do Brasil, estava lá novamente ele, desta vez contra José Serra. Não queria repetir o que aconteceu em 1989, nem o que aconteceu em 1994, nem o que aconteceu em 1998. Dessa vez ele queria e iria vencer. A fama o estava difamando. A grande massa de eleitores que o viam desde a década de 1970 e 1980, lá no início do Partido dos Trabalhadores, queria isso.

Mas uma reviravolta inacreditável aconteceu naquele 6 de outubro de 2002. Quando tudo parecia ganho, os tucanos viraram o jogo. Quando tudo parecia perdido para os tucanos, o PT deixou virar. Por 50,01% a 49,99%, Serra foi eleito o presidente do Brasil por quatro anos. Era demais para o velho sindicalista.

Depois disso, Lula ficou um ano tentando se recuperar do fato. Porém, mesmo depois desse ano, ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido. Simplesmente porque era mesmo inacreditável. Em 2004 acabou se candidatando a prefeito em São Paulo, mas perdeu novamente para o PSDB, desta vez, para Geraldo Alckmin. Já não era mais tão radical. Já não era mais tão incisivo no que falava. Já não convencia tanto. Já estava se conformando.

Mas ainda tinha esperança. Tanto que em 2006..."

Para ler o final da crônica, clique aqui no aqui

Abraços!

Sine tem 19 vagas de emprego em Londrina para 2009

A Agência do Trabalhador de Londrina do Sistema Nacional do Emprego (Sine) divulgou as oportunidades de emprego disponíveis no município para os próximos quatro anos. No total, são 19 vagas, que estão distribuídas para duas ocupações diferentes.

As vagas são para vereador (18); e prefeito municipal (1). Tanto para prefeito quanto para vereador não há exigência de experiência e nem escolaridade.

O interessado na 2ª opção precisa apenas se comprometer a estar na câmara de vereadores todas as terças e quintas-feiras para as sessões. Mesmo assim, se faltar, não tem problema, é só alegar qualquer coisa e está tudo certo.

No entanto, uma das vantagens é que o candidato pode fazer juras e promessas mirabolantes nos comícios e não cumpri-las depois, sem dar o mínimo de satisfação ao eleitor. “Talvez essa seja a principal vantagem”, afirmou o novo presidente do STJ Paulo Maluf.

Outra exigência para o cargo de vereador é a total discrição na hora de fazer acordos com empresários ou empresas privadas. É necessário que o vereador tenha uma equipe de assessoria muito competente para que nada seja percebido por qualquer batata podre da casa, se é que fui claro.

Serviço

Os interessados em se candidatar devem procurar a Agência do Trabalhador na rua Guaporé nº 272 (centro) ou no Terminal Urbano de Transporte Coletivo, com a carteira de trabalho e documentos pessoais. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Os Sine informa ainda que os candidatos que quiserem, já podem começar a ser simpáticos com as pessoas nas ruas e dar tchauzinho com o vidro do carro aberto. “Assim, você conquista a simpatia dos eleitores. As pessoas votam naquele que é mais simpático e dá cesta básica”, afirmou o experiente Maluf.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Roupa Nova e a Bíblia

Gosto de comparar o Roupa Nova com a Bíblia. Na igreja dizem que a Bíblia é o livro mais antigo e mais atual que existe. O Roupa Nova é uma das bandas mais antigas em atividade no Brasil e mesmo assim, suas músicas continuam atuais.

Poderíamos dizer o mesmo das canções de Renato Russo, Paralamas do Sucesso, Cazuza, U2, RPM, Tim Maia e tantos outros, guardados às devidas proporções os seus estilos, épocas e conceitos.

Deu pra ver quinta-feira passada (dia 10) no Moringão que o grupo atrai pessoas de todas as idades. Desde casais que se conheceram ouvindo "Whiski à go-go" e se beijaram logo depois ouvindo "Seguindo no trem azul", até jovens que conheceram o grupo com o novíssimo "À flor da pele" do RoupAcústico 1, ou "Retratos rasgados" do Acústico 2. Aliás, a grande maioria do público presente no show era jovens como eu. Ou até mais novos.

Como eles conseguem?

Talvez pela "roupagem nova" que andam dando a músicas antigas. Talvez porque há poucas bandas, cantores ou duplas sertanejas que conseguem colocar numa letra de música tanta poesia. Coisa coerente que não é qualquer Calypso ou NX Zero que conseguiria. Com a letra de "Chuva de prata" ou "Meu universo é você" poderiam sair dezenas de outras canções de igual qualidade.

O show do Roupa Nova foi tudo de bom!

Mesmo sem a orquestra do último show e sem a Mila Schiavo na percussão, eles não deixaram a desejar. Afinal, é Roupa Nova não é?

Duas coisas me surpreenderam: o rap improvisado do Nando, que durou uns 15 minutos, falando de problemas sociais, da política ao futebol. Demais!

Também foi demais o meddley do final do show, homenagem às principais bandas de rock do mundo: Guns´n Roses, The Beatles, Roling Stones, Queen, Pink Floid, Bee Gees, Credence Clearwater, U2 e por aí vai. Devo estar esquecendo alguma, cometendo grande injustiça, mas só por essas já valeria o show não é?

A fila tava grande. O ginásio quase lotado e tinha fila quase na Higeanópolis.

Pelo buraquinho na porta do ginásio, deu pra ver os caras ensaiando. Esse buraquinho foi meu passatempo durante as quatro horas que esperei até o show começar. Fui à pé do meu serviço até o ginásio, afinal, saí às 18h e os portões abririam às 20h. Acabei chegando lá 18h30. Então, única alternativa: me distrair. Ainda bem que eles estavam ensaiando.

Na abertura do show, os bonequinhos da placa dançando. Na foto eles estão parados (claro, senão não seria uma foto, mas um vídeo).

Olha o Feghali cantando. Na verdade, o Feghali não canta muito bem não, mas como é um grupo de seis músicos que tocam, cantam, compõem e tudo mais, tem que ter uma música que ele cante. Ah, e essa tem participação do Tony Garrido no RoupAcústico 2. A letra é linda... "Nada a dizer antes de sentir, ter ou não ter, repetir. Olhar assim como quem não quer, ouvir dizer, e querer demais, dividir pra valer. Chegar bem fundo e ser natural, ser sensual, mais do que o normal, refletir você".

SAPATO VELHO. O que é pensar em Roupa Nova sem o Sapato Velho? Não existe jeito. Foi perfeito. A melhor de todas em todos os sentidos: letra, interpretação, arranjo, iluminação (o pôr-do-sol foi maravilhoso), vozes, tudo. Não é uma letra, é uma poesia: "Você lembra, lembra, daquele tempo eu tinha estrelas nos olhos, um jeito de herói. Era mais forte e veloz que qualquer mocinho de cowbói. Você lembra, lembra, eu costumava andar bem mais de mil léguas pra poder buscar flores de maio azuis e os teus cabelos enfeitar. Água da fonte cansei de beber pra não envelhecer. Como quisesse roubar da manhã um lindo pôr de sol. Hoje não colho mais as flores de maio, nem sou mais veloz como os heróis... É, talvez eu seja simplesmente como um sapato velho, mas ainda sirvo se você quiser, basta você me calçar que eu aqueço o frio dos teus pés."

A homenagem às bandas de rock. Começou com o Guns, foi pra Credence, Beatles, Roling Stones e tal e tal e tal... demais!

Meus amigos todos lá

O Douglas também estava lá. Ele é o maior leitor do blog deste que vos fala. Quer dizer, escreve... Como ele agüenta?

Foi meu presente de aniversário pra Lê. Tomara que ela tenha gostado...

Enfim, quem não foi, perdeu. E muito. Acho que todo mundo merece ir num show desses uma vez, pelo menos, na vida.

Eu já fui três!

sábado, 12 de julho de 2008

Eu e o futebol – parte 2

(Continuação da história da semana passada)

Qual a diferença entre paixão e amor? Eu mesmo respondo.

O amor é algo que dura. Como disse Camões, “é fogo que arde sem se ver”. A gente não percebe. É algo além de uma amizade, talvez uma amizade com sexo, como disse Rita Lee. O amor é algo que não deixa a pessoa louca. O amor faz a pessoa compreender o outro, aceitar o outro, entender o outro. Por isso, como diz a carta aos Coríntios, “o amor é paciente, é compassivo...”, etc e tal.

Já a paixão é algo bem diferente do amor. Se o amor é amizade com sexo, a paixão é só sexo. É um fogo que a gente vê arder. Há ciúmes, há loucura. Quer-se tudo na hora, tudo vai dar certo, tudo é lindo, não há defeitos, não há nada ruim, tudo é maravilhoso, é um fogaréu danado, um quer o outro, vai atrás, não está nem aí para o que o outro pensa, eu te quero, eu posso te ter, você quer me ter, eu também... até que... o fogo apaga.

Talvez, a melhor definição da relação que tive com o futebol, durante toda a minha infância, se encaixe na paixão. Foi algo que surgiu do nada e sumiu no nada. Talvez eu até tenha aptidão pra jogar. Talvez um pouco de visão de jogo, um pouco de domínio de bola e um pouco de inteligência. Mas ainda é pouco. Muitos poucos. Pouco mesmo. De forma alguma culpo o meu pai por tudo o que aconteceu. Eu é que dei margem pra isso.

Depois que meu pai ficou sabendo que eu havia me destacado no treino de futebol, a primeira coisa que ele fez foi comprar uma chuteira pra mim. Lembro como se fosse hoje minha mãe chegando com um par de Umbro, treze cravos, preta, linda. Me animei, não faltava a um treino sequer.

Comecei a disputar os campeonatos pela minha cidade, pela minha escola. Acho que eu era escolhido porque era piolho de treino. Chegava meia hora antes e saía meia hora depois. Mas eu não estava nem aí. Eu estava representando minha escola e isso era o que importava. Quando voltava dos campeonatos, a gente ficava famoso na escola. Todo mundo perguntava como foi, e isso empolgava demais.

Estava adorando jogar futebol e, por isso, me animei a fazer testes em alguns clubes de Londrina. Meus amigos iam, então eu fui também. Foi quando descobri algo que mudou para sempre minha carreira de jogador de futebol.

(Sábado que vem, a última parte da história, para o deleite dos meus leitores. Não pelo grandioso desfecho, o gran finale, mas porque é o fim mesmo)

Amanhã, Roupa Nova

Antes que me esculachem, já vou comunicando que o relato do show do Roupa Nova e as fotos estarão aqui no blog amanhã.

É que este que vos escreve esqueceu a câmera com todas as fotos em Ibiporã. Então...

Agora podem me esculachar. Eu mereço.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Futebol com Roupa Nova e Sapato Velho

Não. Não comprei roupa nova pra jogar futebol. Sapato velho é o que mais tenho, mas também não é isso. Nem vou jogar com os caras do RN (que, aliás, devem ser bem pernas de pau).

Queridos leitores, hoje vou ao show do Roupa Nova. Tenho bom gosto não é? Pra mim, que gosto de futebol, o show vai ser ótimo...

(???)

Bom, essa frase não teve sentido...

Mas vamos achar um sentido pra ela.

O show vai ser no Moringão. O Moringão é um local onde se pratica o futebol.

Não, é futsal.

Já não deu.

Ah, já sei. O show vai ser uma boa maneira de esquecer da m... que está o meu time no campeonato brasileiro. Aliás, não venceu ontem novamente.

Essa já teve mais sentido. Mesmo assim não deu. Enfim, amanhã coloco aqui como foi o show. Coloco fotos também.

Daqui a pouco vou "Seguindo no Trem Azul" da Ouro Branco pra trabalhar. Vou colocar minha "Roupa Nova", meu "Sapato Velho" e rezar para o meu "Anjo" da guarda para que não caia nenhuma "Chuva de Prata" hoje e que a noite esteja "Linda Demais". O que eu quero hoje é "Felicidade".

"Festa a gô-gô. Eu perguntava duiúona dens"

quarta-feira, 9 de julho de 2008

João Roberto: apenas mais um

O João Roberto foi apenas mais um. O impressionante - e mais uma vez é necessário dizer - que a violência só chega ao conhecimento público quando atinge a classe média. Os policiais que atiraram no carro com a mulher e os dois filhos se defenderam dizendo que foi uma troca de tiros com os bandidos, insinuando que o menino teria sido morto por bala perdida.

As câmeras de segurança desmentiram.

Agora eu digo: tenho certeza, quase absoluta, que a maioria das mortes cometidas por policiais, são execuções. Qual é a principal desculpa do policial que acabou que matar ou balear um "bandido"? - porque todo morador de favela é bandido - "Troca de tiro". Isso é tudo balela!

Os policiais matam sim. E isso aconte todos os dias em todas as favelas do Brasil, em todos os grandes centros do país. A mídia só mostra quando quem morre é a classe média, mas muitos Joãos Hélios e Joãos Robertos são mortos todos os dias nas mesmas circunstâncias lá na periferia.

Qual a diferença entre um policial e um bandido? Não dá pra saber. Policiais têm relações promíscuas com traficantes, entregam pessoas para serem mortas, matam. Traficantes usam fardas e armamentos do Exército. Parece que tem alguma coisa errada aí, não tem?

Mas o pior de tudo é que a raiz do problema não é no próprio policial, mas todo o sistema. Vi na TV que um policial tem três meses de treinamento. Você leu bem: TRÊS MESES DE TREINAMENTO! No curso, não aprendem nada. A prática ele aprendem nas ruas, atirando pra tudo quanto é lado e... acontecendo o que a gente já sabe.

Policiais deveriam ter um treinamento decente, salários decentes, superiores decentes. Quanta gente ainda vai ter que morrer pra que isso ocorra? Pra quem acha que o João Roberto é uma excessão, não se engane! Muita criança, jovens, adultos, idosos, morrem todos os dias em supostos "tiroteios" com a polícia.

Alguém já leu Rota 66, do Caco Barcellos?

Eu indico.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Erro no blog e erro nas Baixadas

Duas considerações:

1ª) No post "Eu e o futebol - 1ª parte", escrevi no final que a continuação da história seria na próxima sexta. ERREI. A 2ª parte será publicada no sábado. Tenho um sério problemas com datas.

2º) O time da Baixada Santista perdeu mais uma vez. Desta vez para o time da Arena da Baixada. O problema da baixada do Pelé é crônico e, por isso, foi muito perceptível na outra baixada, em Curitiba, no sábado.

Estou vendo que o rebaixamento... não, melhor não...

domingo, 6 de julho de 2008

Domingo não tem postagem

Como hoje é domingo, não tem postagem no blog.

Mas como eu já escrevi "Como hoje é domingo, não tem postagem no blog", quer dizer que hoje tem postagem, porque eu já escrevi "Como hoje é domingo, não tem postagem no blog", e esta frase publicada aqui já caracteriza uma postagem...

Portanto, mesmo eu escrevendo "Como hoje é domingo, não tem postagem no blog", já teve postagem no blog...

Entendeu ou quer que eu desenhe?

sábado, 5 de julho de 2008

Eu e o futebol - Parte 1

Qual o sonho de todo menino?

É, esse também era meu sonho. Era.

Todos os meninos querem ser jogador de futebol. Até se darem conta de que, para jogar futebol, assim como para qualquer outra profissão, é necessário um mínimo de talento. Um mínimo mesmo. Vê-se pelos "talentosos" jogadores profissionais que, inclusive, jogam na seleção.

Mas acontece que não só os meninos, mas também, muitos pais querem esse futuro para os filhos. Agora, uma fala de jogador de futebol: "Comigo não foi diferente". Meu pai jogava bem. O normal seria eu jogar como ele. Assim como foi normal que meu pai quisesse que eu seguisse essa carreira. Ele investiu nisso. Meu pai foi um grande jogador amador. Já eu, bom, eu...

Até os 10 anos, eu nem queria saber de bola. Enquanto meus amiguinhos jogavam na rua, em frente de casa, eu ficava sentado na calçada, só olhando. Até que um belo dia resolvi ir treinar num campinho perto de casa. Ao final do treino, o treinador nomeou os destaques. E, para minha surpresa, meu nome estava no meio dos "destaques". Lembro como se fosse hoje: "Danilo Felipe, 10 anos".

Mesmo sabendo que houve uns 15 destaques, num treino com 22 jogadores, eu achei mesmo que joguei bem. Afinal, meu nome foi pronunciado. Foi a maior surpresa da minha vida. Pensei: “Então, eu tenho aptidão para jogar bola! Como é que eu fiquei 10 anos da minha vida sem isso? É isso o que eu quero ser: jogador de futebol”.

Quando cheguei em casa, falei para o meu pai a incrível façanha. Foi meu grande erro. Era o início do fim da minha vida de jogador, que não duraria muito tempo.

(Na próxima sexta-feira eu continuo com a 2ª parte história, que é real e aconteceu mesmo)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Surpresa no blog

Como eu havia dito há dois posts, este final de semana teremos uma surpresa no blog.

Na verdade, não sei nem se tem gente lendo isso aqui, mas está valendo. Claro que eu estou falando de leitores aqui do Brasil, porque no mundo, este é o blog mais comentado. Só não há comentários publicados em outras línguas aqui porque não sou poliglota e, portanto, não aceito comentários quando não os entendo.

Mas a surpresa é a seguinte: a partir de amanhã, vocês vão poder conferir aqui no blog uma série de três (eu disse TRÊS) textos sobre a minha relação com o futebol. Isso mesmo! O futebol e eu temos uma história bem complicada. Bem bonita, mas nada bonita.

Futebol é amor ou paixão? Não entendeu? Então leiam o blog amanhã.

Vou colocar esses textos nos próximos três sábados, a partir de amanhã. Vocês vão ver que meu negócio mesmo é escrever, falar e entrevistar, porque futebol... ah, o futebol...

Não percam!

Tentem ler pelo menos o primeiro capítulo e, se aguentarem, leiam também o segundo. Se depois do segundo você ainda estiver vivo, tente ler o terceiro. Tenho certeza que do terceiro você não passa!

Até amanhã! hahahahahaha (risada diabólica)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Prorrogação, não!!!

Venho neste post expressar minha sincera indignação contra uma regra do futebol: A prorrogação!

Ontem, no jogo do Fluminense, percebi o quanto é desumana uma prorrogação em jogo de futebol. Se, nos 90 minutos normais os jogadores se desgastam tanto, quanto mais em mais 30 minutos. O resultado é aquilo que a gente viu no final: os jogadores estavam tão cansados que nem conseguiram bater pênalti.

Outra coisa: Numa prorrogação, qual o time que vai se arriscar a tentar vencer o jogo, sabendo que pode tomar um contra-ataque mortal? Por isso, o que se vê em todas as prorrogações são toque pra cá, toque pra lá, nenhuma criatividade e pouco futebol.

Outra outra coisa: a regra da Copa Libertadores é vergonhosa. Por que é que, durante toda a fase final, vale o critério do gol fora de casa e da disputa por pênaltis se o jogo terminar empatado no tempo normal, sendo que na final as regras mudam? Se fosse uma organização séria, e se as regras não mudassem, o Fluminense teria sido campeão ontem no tempo normal, pois fez dois gols fora de casa contra apenas um da LDU.

Thiago Neves: O CRAQUE! Não mereceu o castigo de ontem. Poderia vir jogar no Santos...

Por isso, aqui eu afirmo: ABAIXO A PRORROGAÇÃO! VIVA A DISPUTA DIRETA DE PÊNALTIS!

Agora vocês me perguntam: diante de tanta corrupção no nosso país, a inflação voltando, policiais com relações promíscuas com traficantes, fome no mundo, guerras, filhos matando pais e vice-versa, eleições chegando, o Bush acabando com o mundo, por que é que eu estou falando de futebol, que não vai resolver problema algum, de ninguém?

Simples

Porque eu quero!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Idosos descobrem arte de fazer poesia

(Desta vez, transfiro para cá um artigo que fiz para o Webjornal ComTexto. Na verdade é uma matéria. E é de capa!)

Uma oficina de expressão e comunicação vem mudando a vida de um grupo de idosos da região oeste de Londrina. Eles aprendem a se expressar, ter desenvoltura e, como conseqüência do que aprendem nos cursos oferecidos, viram poetas de suas próprias vidas. Cora Coralina é a inspiração do grupo. Este é o caso do mecânico Oziel Marcelino, que descobriu a poesia. "A gente escreve um tanto, depois corrige, escreve de novo e assim vai", disse Marcelino, 67 anos de vida, três filhos, oito netos e sete bisnetos.

DANILO FELIPE, 4ª SÉRIE NOTURNO

Talento

"A todas as mães deste mundo, quero ao menos um segundo todas abraçar
Mas minha mãezinha querida, que eu amei tanto na vida,
neste mundo não está.
Ela está bem distante, no outro mundo, além
Mas uma homenagem nesse instante eu lhe faço também
Mãe, o teu amor é puro como doce
É doce como favo de mel
Pelo seu amor tão profundo
Deus te levou deste mundo
Pra me olhar lá do céu."


Depois de viúvo e 67 anos de vida, três filhos, oito netos e sete bisnetos, o mecânico Oziel Marcelino descobriu que sabia fazer poesia. Mesmo com um problema na perna, ele caminha cerca de 20 minutos - do jardim Leonor ao jardim Bandeirantes - a cada 15 dias, para participar de um curso de comunicação e expressão. Oziel Marcelino nunca faltou a uma aula sequer. Mesmo assim...

O final da matéria está aqui, ó: http://www13.unopar.br/unopar/publicacao/manchete.action?m=1929
Naquele esqueminha, hein gente: COPIA E COLA NO NAVEGADOR. Ou então, clica na barra aqui do lado, onde está escrito "Webjornal ComTexto", na coluna "Danilo indica".

Só pra não esquecer (como diria Cruela Cruel): Final de semana tem surpresa no blog...