segunda-feira, 19 de abril de 2010

Falta de respeito na Vila

Se tem algo que me irrita é a falta de respeito às pessoas idosas. Na medida do possível, procuro sempre respeitar os mais velhos, seja nas filas, na igreja, na hora de atravessar a rua, em qualquer lugar. Idoso merece respeito sempre.

Mas tem horários.

Por exemplo, deveria haver um horário para idosos nos bancos, lotéricas e transporte coletivo. Por que eles tem de ir nesses lugares bem na hora que a gente mais precisa usar? Quando eu ia trabalhar de ônibus, às 6h15, lá estavam os idosos indo passear, ocupando aqueles preciosos lugares. Na volta, às 18h, lá estavam eles de novo.

E quando entram, ficam de cara feia esperando que a gente dê lugar pra eles. Nestes horários? Aqui, ó! Não dou não.

Mesmo assim, os idosos merecem todo o respeito

Escrevi isto para chegar onde quero. Ontem ocorreu uma grande falta de respeito em rede nacional. Um senhor foi desrespeitado perante milhões de espectadores que assistiam ao jogo Santos x São Paulo, pela semi-final do Campeonato Paulista.

O senhor a que me refiro estava no gol do time do São Paulo. Quem faltou com respeito? Um moleque aí, que nem história tem para contar, ao contrário do senhor goleiro. Abusado. Folgado. Como um trombadinha que se aproveita da ingenuidade, cegueira, Alzeheimer e bolsas de colostomia de pessoas idosas. E o pior: na frente de milhares de pessoas que, em vez de ajudarem o senhor, deram risada e aplaudiram a malandragem do moleque. Onde vamos parar desse jeito?

Na hora do penalti, aquela paradinha quase quebrou a perna do idoso, que fez força para voltar, num gesto sobrehumano para ele. Além de humilhar, o moleque torceu a perna da vítima e ainda dançou depois.

Uma grande falta de respeito com um senhor de idade!

Mas, convenhamos, o que um senhor daquela idade estava fazendo no playgraynd da Vila Belmiro? As crianças acabam sacaneando mesmo.

O goleiro entrou no ônibus dos Meninos da Vila, mas em horário indevido. Pediu lugar pra sentar. Os meninos certamente não deram e ainda debocharam:

"Aqui, ó! Não dou não."

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