sábado, 24 de julho de 2010

Seleção é lugar de Mano

Meu tio Reginaldo já me mandou uma mensagem tirando sarro. Afinal, Mano é o técnico da seleção. O Fluminense não liberou o Muricy, infelizmente.

E antes que meu tio Reginaldo entre aqui no blog e comente, tornando pública minha vergonha, já venho por meio desta postagem retratar minha grande gafe. Em vez de esperar, já fui desferindo meu sarro, afinal, já era certo que Muricy era o técnico da seleção.

Mas vingança é um prato que se come frio. E desta vez, comi congelado.

Meu tio deve ter dito: "Calma, porque ainda não é certeza".

Mas eu não ouvi. Continuei com as piadas. Postei no blog.

Por isso, esta postagem é só para registrar o ocorrido. Porque seleção é, sim, lugar de Mano. Fazer o quê, né?

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Seleção não é lugar de Mano, Regi

Eu tenho um tio que é daqueles bem corintianos bem chatos. Até já escrevi uma postagem aqui no blog em homenagem a ele, quando ele me ligou tirando sarro porque o Santo André fez 1x0 no começo do primeiro jogo da final do Paulistão deste ano, contra o Santos.

Essa semana ele estava que não se cabia em si mesmo porque já era certo que o Mano Menezes, do Corinthians, seria técnico da seleção. Me ligou, veio em casa, tirou o maior sarro.

Eu só disse pra ele: "Calma, porque ainda não é certeza".

Ele não me ouviu. Continuou com as piadas.

Por isso, esta postagem é só para registrar o ocorrido. Porque seleção não é lugar de Mano.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Insônia

por DANIEL CAMPANER*

São três horas da madrugada e eu estou aqui ainda. Na verdade eu estou no lugar certo. Na minha cama, é claro. Quem dera se fosse na de alguma mulher gostosona aí, ou até mesmo num motel cinco estrelas...

Bom, desculpas. Esqueci de me apresentar.

Eu me chamo Miguel, tenho 20 anos, faço publicidade numa faculdade particular e estou no terceiro ano. Moro no Interior de São Paulo e essa é a minha vida.

Desde meus 18 anos, quando entrei na faculdade eu fico nessa mesma rotina. Estudo até tarde, e pra não dormir bebo café. Ah, eu adoro café. Ele tem cafeína, uma substância que... Nossa, desculpas.

Voltando ao assunto, então... Quando eu entrei na faculdade eu saia muito, estava acostumado com as baladas, porque você sabe, né? Então, quando eu acordei já era tarde. Eu passei na faculdade bem apertado de notas, mas cá estou eu. Agora o problema é outro. Eu estudo muito e fico até altas horas fazendo meus deveres e por causa do bendito café, eu perco o sono.

Agora são três e meia da madrugada e eu não consegui dormir. Eu já tive tempos melhores. Amanhã, ou melhor, hoje eu acordo cedo, tenho aula e entrega do relatório, então boa noite, vou dormir em alguns segundos, quer ver?

Três, dois, um... Ah, não deu certo.

Mas eu sou esperto, vou fechar os olhos, pensar em algo bem gostoso e que me lembre coisas boas. Tipo café. Não, café não. Será que não vou conseguir dormir hoje? O quê eu faço? Já são quatro horas da manhã e nada do sono chegar. Mas agora eu sinto, ele está vindo. Ah, que delícia. Boa noite.

Três, dois, um...

Não foi dessa vez, ainda estou aqui. Essa insônia acaba comigo. Esse café acaba comigo. Ele é tão bom, mas me faz tanto mal. É, acho que insônia é problema mental mesmo. Mas chega de pensar. Porque pensar agora, não leva à lugar algum. Ou leva? Será que se eu ficar pensando eu vou dormir? Ah, eu não sei. Mas às seis eu levanto e faltam trinta minutos. Por isso eu estou indo dormir. E dessa vez é pra valer. Boa noite.

Três, dois, um...

PI PI PI PI PI PI...

*Daniel Campaner é Jaguapitãense, está no ensino médio e diz que nunca passou por isso, diferentemente deste blogueiro. Ele também não gosta de café, diferentemente deste blogueiro. E diferentemente deste blogueiro, ele tem twitter. Quem quiser segui-lo: http://twitter.com/danncampaner

domingo, 18 de julho de 2010

A coisa que eu mais gosto de fazer

A coisa que eu mais gosto de fazer é jogar futebol. Pode ser na rua, na quadra, no campo (com grama ou sem grama), tanto faz.

Nas segundas e quartas de tardezinha jogo com meus amigos no campo do Ridioni. Na quarta a noite jogamos no campo do Val. Nas terças e quintas à noite jogamos na quadra municipal. Na sexta a noite jogamos no bola Brasil. Só não jogo na sexta a tarde por causa da catequese. No sábado a tarde tem o time do Baixinho (nesse pagamos mensalidade e entramos em campeonato). No domingo de manhã é jogo no Ridioni de novo. Isso quando, eventualmente, não tem jogo no sábado de manhã.

Domingo passado estávamos jogando nosso futebol sagrado de domingo de manhã num campinho aqui perto. E o Ridioni, que é o cara que toma conta do campo, era o zagueiro do time adversário. De repente ele subiu para cabecear uma bola e caiu em cima do braço.

Quebrou.

Mas o Ridioni, que é mais fanático que eu por futebol, rogou uma praga daquelas "se eu não posso jogar, ninguém joga". E a praga pegou.

Faz uma semana que chove sem parar.

Na sexta-feira eu já estava muito estressado porque fazia cinco dias que não dava pra jogar futebol por causa da chuva que detonou o campinho. Meu coração estava aflito. Tudo me irritava. Acho que é tipo uma droga, sei lá. Fui lá, entrei no campo, fiz uma reza.

E não é que deu certo!

Já faz dois dias que não chove. Joguei ontem no time do Baixinho e hoje, quando saí da missa de manhã lá estavam o Guilherme e o João Luiz na porta de casa me chamando pra jogar num mini torneio lá no campinho do Pombal. Topei na hora. Passamos na casa do Ramon (que é tão fominha quanto eu, mas muito mais habilidoso), que estava dormindo, mas foi também.

Esperei um jogo acabar debaixo de muito sol, sentado no campinho quase sem grama vendo um monte de perna de pau jogar e esperando meu jogo. Quando começou já era meio dia e meio, sem almoço, sem nada.

O primeiro tempo terminou 5x1 pra gente. O segundo tempo terminou 7x5 pra eles. Apanhamos. Saí todo ralado. O Ramon torceu o pé. Fiquei muito irritado e tive que me contentar com as explicações táticas pra derrota. Acho que não foi culpa minha.

E depois o Kellyson teve que aguentar nossa explicações (minha e do Ramon). O Kellyson é nosso goleiro às segundas, quartas e sextas no campo do Ridioni. Ele deve estar se perguntando: "Se os dois jogaram tão bem, como perderam?". Vamos deixá-lo meditar.

Amanhã, se São Pedro deixar, mais futebol vai rolar.

Mas quer saber... ADOGOOOOOOO!

(foto tirada de http://vozdoseven.blogs.sapo.pt/336198.html)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comédias para se ler na escola


Este é um livro para quem não gosta de ler.

Sim, porque quem diz que não gosta de ler, certamente vai mudar de ideia depois de ler "Comédias para se ler na escola".

Sabe aqueles livros deliciosos, que não dá para parar de ler enquanto não chega o fim? E quando chega o fim, a gente vontade que não tivesse chegado.

São textos curtíssimos de, no máximo, quatro páginas. Uma história mais surpreendente que a outra. A primeia, um menino que recebe, no aniversário de sete anos, uma espada de verdade. Ele jura para o pai que agora ele é o Thunder Boy e que tem a missão de proteger a terra. O pai, claro, leva na brincadeira. No final, há uma surpresa.

A linguagem é bem simples, bem parecida com a que a gente fala no dia a dia. E antes de começar o livro, propriamente dito, há um prefácio muito interessante de Ana Maria Machado, que fala sobre o gosto pela leitura. Ela diz que é até falta de respeito com os jovens obrigá-los a ler livros de dois séculos atrás. Tudo muda, tudo se moderniza e a literatura também. Há muito escritores novos que interessariam muito mais aos jovens. Aliás, é a própria Ana quem organiza as crônicas do livro.

Puta que pariu! Não existe quem não goste de ler. Existem leituras que agradam mais e a uns e não agradam a outros. Eu não gosto livros de Paulo Coelho, mas o cara é um dos que mais vendem livros no mundo! Como eu posso dizer que ele é ruim? Mas adoro ler romances policiais crônicas de autores brasileiros, mas tem muita gente que não gosta.

"Comédias para se ler na escola" é um livro divertidíssimo, ótimo para o jovem que quer começar a ler. E melhor ainda para quem diz que não gosta de ler ou não tem o hábito.

Ah, ia me esquecendo. O autor é Luis Fernando Veríssimo. Acho que isso já resume tudo o que escrevi.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O melhor da Copa

Hoje de manhã comentei com um amigo meu que o Diego Forlán bem que poderia ser escolhido o melhor da Copa.

Não sou o polvo Paul, mas nesta eu e a FIFA concordamos.

O cara jogou demais. Não dá para dizer que levou o Uruguai nas costas, mas dá para dizer que ele tem condições de jogar em qualquer seleção do mundo. Inclusive na do Brasil, é claro e principalmente.

Dentre tantos jogadores tão falados e que eram tidos comos os craques da copa, Forlán chegou mineiramente e jogou melhor que todo mundo. Até o UOL fez alguns infográficos mostrando os "craques" da Copa: Cristiano Ronaldo, Wayne Ronney, Didier Drogba e Lionel Messi. Perfeito, né?

Por isso, digo que o prêmio é merecidíssimo. Ainda mais depois do segundo gol contra a Alemanha, no sábado. Uma pintura.

Forlán é uruguaio e jogou na seleção que merecia estar na final.

O prêmio de melhor jogador ficou em boas mãos. Ou melhor, em bons pés.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Uruguai é poesia

E aqui vai uma dica para uma poesia do Cássio Corrêa, do blog "E também futebol".

É sobre o Uruguai e sintetiza toda a raça desta seleção que, para mim, fez valer a Copa do Mundo e merece ficar entre as melhores.

Para ler lá, clique bem aqui.

Cara, como foi bom ver o Uruguai jogar nesta copa!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Torcicólogo

Ontem o Rubinho veio aqui em casa.

O Rubinho é um menininho que mora lá em Lins, São Paulo, e passa as férias na casa do vô dele, que é aqui perto.

Ele chegou em casa todo tortinho e perguntou se eu estava em casa. Minha mãe perguntou pra ele porque ele estava com o pescoço pro lado.

- É que eu estou com TORCICÓLOGO!

Nem teve tanta graça, mas a minha está rindo desde ontem.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Uruguai valeu a copa

Não sou de ficar me emocionando em jogos de futebol, nem de chorar quando meu time ou a seleção brasileira perde. Gosto sim de futebol, sou amante do bom futebol e gosto quando muito de ver belas jogadas, dribles e muita raça em campo.

Porém, se houve alguma partida na qual eu tenha sentido uma ponta de emoção, talvez até um certo orgulho, nesta copa foram os dois últimos jogos da seleção do Uruguai.

Contra Gana, um embate épico nas quartas de final. Com a Jabulani traindo os dois goleiros. Como uma garota que diz sim, mas na hora H pula fora. Um 1x1 digno de virar livro. Quando o atacante do Uruguai defendeu a bola com a mão no último segundo do jogo, dei adeus à Celeste.

O cara foi expulso e saiu chorando, mas o melhor jogador de Gana perde o penalti. Neste momento soltei um grito: "Meu Deus, não acredito!". Minha mãe correu na sala preocupada. "O cara de Gana perdeu o penalti!" E, mas emocionante ainda é ver o Suarez comemorando quando viu o gol a caminho do vestiário. Nos penaltis, Uruguai.

E hoje, mais uma vez, quando achei que estava tudo decidido para a Holanda, com o Robben saindo rindo de campo, com o Cleber Machado dizendo que a Holando era finalista, eis que surge um gol aos 45 minutos do Uruguai. Eis que dou mais um grito: "Meu Deus, gol do Uruguai". Eis que surge a pressão no final da partida. Eis que eu percebo o quão importante é a copa para aquele time. Eis que eu percebo o quanto eu gosto de futebol. Eis que me vejo de pé com as mãos postas e os pés gelados de tensão.

Hoje o Uruguai mostrou ao Brasil como se joga futebol. Futebol é mais que nome. É mais que camisa. Futebol é raça. É pura raça. Prefiro um time inteiro Lúcios e Luganos do que de Kakás e Messis.

Quando estava 2x1, o Brasil parecia jogar um amistoso contra a Holanda. Hoje, em desvantagem no placar, o Uruguai travava uma guerra contra a Holanda. O Paraguai, do mesmo modo, travou guerras contra Espanha, Itália e Japão. O Brasil tinha medo de estragar o esmalte.

Parabéns, Uruguai. Futebol é raça e paixão.

Só de ver a Celeste jogar os dois últimos jogos já valeu a copa inteira. O que vier daqui para frente é cumprimento de tabela.

Uma bela canção (6)

Este é o novo sucesso dos Aviões do Forró. A letra é linda.

Feito Capim
Aviões do Forró
Composição: Rodrigo Mell / Elvis Pires

O amor é feito capim
Mas veja que absurdo:
A gente planta, ele cresce
Aí vem uma vaca e acaba tudo

Me dediquei, me entreguei a você
Me anulei, esqueci de viver
Mesmo assim eu estava feliz
E faria bem mais, mas você não quis

Na primeira tentação você caiu
Nosso amor era quente foi ficando frio
Preparei o terreno pra você me amar
Mas foi plantar amor em outro lugar

O amor é feito capim
Mas veja que absurdo:
A gente planta, ele cresce
Aí vem uma vaca e acaba tudo ( 2x )




Repare no jeito que a cantora diz "vaca". No estilo Bruno e Marrone. Dá a impressão de que, no final da música, ela está toda descabelada, roupas rasgadas por ela mesma e babando de raiva.

Ri muito quando imaginei.

domingo, 4 de julho de 2010

As curvas do Vale do Ribeira

Cheguei hoje de madrugada de Adrianópolis. Lá será realizada a 25ª Romaria da Terra do Paraná, em agosto e ontem houve um reunião.

Adrianópolis fica no Vale do Ribeira, uma região de mata atlântica na divisa entre Paraná e São Paulo. E Adrianópolis fica bem no meio do vale. Mas outra hora eu falo sobre a cidade. Agora quero falar sobre a viagem.

Este é o mapa que mostra o caminho que fizemos até lá:


Adrianópolis fica bem aqui ó:


Saímos às 19h de Jataizinho. Passamos por Assaí, São Sebastião da Amoreira, Ribeirão do Pinhal, Santo Antonio da Plantina e Carlópolis, que já divisa com o Estado de São Paulo. Entramos em São Paulo.

Daí para frente: Fartura, Taquarituba, Itabera, Itapeva, Capão Bonito.

De Capão Bonito para frente, só por Deus, porque a partir daí entramos no Vale do Ribeira, que deveria se chamar Vale da Ribanceira. É quando começamos a voltar para o Paraná. A estrada (SP-250) se torna estreita, sem acostamento e cheia de buracos. Mas o pior não é isso. O pior são as curvas.

Você já andou na Serra do Mar? Já? Não gostou? Passou mal? Então neste trecho que andamos entre Capão Bonito e Adrianópolis, passando por Apiaí, Ribeira e outros municípios minúsculos por ali, você iria querer morrer.

Parece ser uma região esquecida do mundo. Até 100 metros antes de entrar na cidade, você não a vê, simplesmente porque a cidade fica escondida no meio das montanhas. Parace uma cidade numa cratera de vulcão. Mas Adrianópolis é mais longe ainda, porque ela fica lá embaixo, no pé do vale, na beira do rio Ribeira.

Aliás, esta é a cidade de Ribeira, que faz parte do Estado de São Paulo:


E esta é Adrianópolis, que é Estado do Paraná, mas é vizinha - separada por uma ponte - de Ribeira:


São cidades com origem nos resquícios da escravidão, ainda no início do século. Há muitas comunidades quilombolas. Para fugir das senzalas do litoral ou região de Curitiba, os negros se embrenhavam pela mata e procuravam os locais de mais difícil acesso. Assim, surgiram as cidades da região.

Foram cerca de 120 quilômetros de curvas, curvas e mais curvas. Muitas curvas. Quando eu digo curvas, digo curvas de 90, 120, 180, quase 360 graus. Pura descida. Puro buraco. Pura escuridão. Até agora estou me perguntando como é que as pessoas que moram lá conseguiram levar os materiais de construção praquele fim de mundo. Não consegui pensar um caminhão cheio de mudanças descendo aquele vale.

Mas pensando bem, não deve ser tão difícil, porque empresas mineradoras sobram por lá. Acabam com a natureza, exploram os locais e deixam as cidades do Vale do Ribeira na miséria. E sabe qual é a empresa que explora o minério lá em Adrianópolis? A Sanderson, nossa vizinha de Londrina.

O rio Ribeira, de tão poluído e contaminado por causa do chumbo, não tem peixe. Por isso, não há pesca na região. As cidades "sobrevivem" única e excluisivamente de mineração, já que não há onde plantar, porque as montanhas em volta, gigantescas, não permitem a atividade.

No mais, o lugar é lindo. Fiquei impressionado com a beleza do Vale do Ribeira. A Romaria da Terra é no dia 15 de agosto. Estarei lá e levo minha câmera fotográfica porque desta vez eu esqueci e não tirei foto alguma.

OBS: Na volta, ao chegar em Taquarituba, passamos direto e só quando estávamos chegando em Avaré é que percebemos o erro. Tinha uma placa indicando que logo logo entraríamos na Castelo Branco, rumo à capital paulista. Até pensamos e ir na 25 de março, mas voltamos e seguimos viagem até Jataizinho.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

"Eu estava cagando..."

A sinceridade e ingenuidade infantil.



O melhor é o sotaque na hora do "cagando..."

Muito fofo.

"Como você pode fazer isso comigo, Corinthians?"

Essa eu vi no Kibeloco e não resistir. Tive de colocar aqui porque é sensacional.



Agora só falta alguém avisar pra Andressa que ela vai ter de se acostumar com isso.

É uma infância perdida. Chorei.