segunda-feira, 29 de março de 2010

Fly, Fly, Fly...

Fazia um tempinho já, eu procurava na Internet um desenho que eu assisti quando era novinho. O nome, que eu me lembre, era Fly. Eu me lembrava perfeitamente da música de abertura, das vozes, mas não conseguia encontrar nada a respeito na web.

Me lembrava vagamente de algumas coisas. Que o Fly era um menininho guerreiro que vivia em uma ilha cheia de monstros, mas eram montros do bem. O avô dele - até ontem eu achava isso - era uma cenoura que falava. Lembro também que esse avô queria ensinar magia para o Fly, mas ele não queria. Ele queria mesmo era ser herói e não via relação entre heroísmo e magia. Por isso, não levava a sério as aulas.

Estava começando a achar que o desenho havia sido imaginação minha.

Mas não era.

Encontrei uma galera neste final de semana em um acampamento em Mauá da Serra. Os caras são fanáticos por desenhos animados e acabou rolando uma retrospectiva desenhística. De repente, um gritou: "Nossa, alguém se lembra do Fly?" E começou a cantar a músiquinha de abertura: "Fly, Fly, Fly, quer a paz que o inimigo destrói..."

Depois eu até disse que não conseguia encontrar nada sobre o Fly na Internet e eles me disseram que era pra eu procurar como "Dragon Quest", que era o nome original. Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi procurar o tal "Dragon Quest". E não é que encontrei!

Confesso que fiquei até emocionado, porque eu adorava, principalmente por causa da música de abertura. A voz do menino cantando é muito legal, talvez a melhor canção de desenho animado que eu já ouvi.

A série foi apresentada pelo SBT em 1996, quando eu tinha 9 anos de idade, mas nunca foi concluída. O nome era "Fly, o pequeno guerreiro". Depois, descobri que o tal avô era o único montro na ilha que tinha algum tipo de inteligência e acabou se tornando o responsável pela ilha, depois que os montros foram mandados para lá. Fly era o único humano no lugar e possuía um poder oculto, mas ninguém sabia disso. É um pouco parecido com Dragon Ball.

Postei aqui o vídeo de abertura de "Fly, o pequeno guerreiro". A música é muito bonita e bem cantada. A voz também é bem legal.



Fly, Fly, Fly
Quer a paz que o inimigo destrói
Fly, Fly, Fly
Um pouco de mago e muito de herói


Voar em terras distantes
Ser um herói de verdade
Aprender a usar a magia
Em horas de dificuldade
Vovô sempre quis me ensinar
Um dia vou ter que aprender
Pra lutar contra as forças do mal
A gente tem que saber
Se entender que precisa de ajuda
A justiça em primeiro lugar
Pois todo herói de verdade, pelo bem sempre tem que lutar


Fly, Fly, Fly
Quer a paz que o inimigo destrói
Fly, Fly, Fly
Um pouco de mago e muito de herói


E aqui vai um episódio. O primeiro.



E mais um, agora, da primeira parte do episódio número 26.

sábado, 27 de março de 2010

E o espetáculo chegou ao fim... ahhhh

Um show. Realmente um espetáculo sem precedentes.

Assim eu resumo o julgamento do casal Nardoni, que terminou ontem. Tenho certeza de que, quem foi só no show da Beyoncè, ou na final da Libertadores da América, ou na visita do Papa, terá inveja mortal e infinita de quem participou no show do julgamento.

A imprensa fez festa. De minuto em minuto o SBT, a Globo, a Record, o UOL, Terra, Jovem Pan, aparecia com um repórter ao vivo mostrando ou falando sobre a movimentação. Não havia nem mais o que falar. As informações se repetiam. Ao fundo, as pessoas gritavam.

Para começar, desde março de 2008 o casal já estava condenado pela imprensa. O promotor Francisco Cembranelli já afirmava com todas as letras aos veículos de comunicação a culpa de Alexandre e Ana Jatobá. E os jornais aceitavam.

Agora, com a condenação do casal, Cembranelli sai do fórum como um herói. A imprensa também sai vitoriosa, afinal foi uma causa defendida pelos dois.

Mas, confesso, estava torcendo bastante para que a defesa achasse uma prova de que os Nardoni eram inocentes. Assim, colocava uma fita crepe na boca de quem condena antes do julgamento. Atitudes que podem terem influenciado até mesmo os jurados, que, em tese, são neutros. Como assim, neutros, se eles já sabiam do caso e viam o noticiário há dois anos?

Pelo fato de promotor e imprensa terem condenado antes, a população também foi influenciada e acabou fazendo aquela tremenda baixaria na porta do tribunal. Um resolveu fazer homenagens apelativas e pedir pena de morte. Os outros pediam linchamento. Li no UOL que um menino de 10 anos gritava “Vamos arrancar o pescoço desse desgraçado!”

A população pode estar cansada de atos de injustiça, mas esta mentalidade não leva à justiça. Eu ficava realmente chocado quando via na TV as manifestações da galera do lado de fora. Quem faz linchamento se torna igual à pessoa que está sendo linchada. Ou pior. Quem quer pena de morte não sabe o efeito que isso traz.

Centenas de crianças morrem em situações piores do que a da Isabela. Nos morros, nas favelas, nos subúrbios. Morrem de fome. Mas ninguém faz manifestação contra as prefeituras que não repassam o dinheiro corretamente. Ninguém faz manifestações quando os vereadores aprovam o aumento dos próprios salários. Ninguém faz manifestação quando os congressistam elaboram leis em causa própria. Será que isso não é uma forma de assassinar pessoas inocentes pelo Brasil afora?

Cada vez que um deputado falta na sessão de votação de um projeto de lei, uma criança morre de fome aí perto de você, que está lendo isso. Pode pesquisar, pertinho de você tem gente aí morrendo com bala perdida, tem criança traficando. Mas a população só fica indignada quando a violência chega à classe média, como foi esse caso. Como foi o caso do João Hélio.

Ontem, no jornal no SBT, a notícia que passou antes do caso do julgamento, foi uma menina de 17 anos morta com tiros a queima roupa. Se fosse nos Jardins, todo mundo ia lá fazer manifestação. Mas como foi numa favela de São Paulo, vai ficar por isso mesmo.

Podem escrever, porque está nas cartas do Tarô: daqui a 30 anos, quando saírem da cadeia, Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, terão saldado a dívida com a justiça, mas a sociedade verá eternamente os dois como os "malvados pai e madrasta que assassinaram a pobre Isabela".

O casal Nardoni foi condenado sim. Fez-se justiça. Foi provado que eram culpados. Mas Alexandre e Ana Carolina entraram neste juri só para saber a pena. Porque já estavam condenados há muito tempo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Memória de elefante

Como todos já sabem, não costumo ler estes emails encaminhados, com mensagens lindas e maravilhosas que refletem sobre a vida e nossa condição humana. Blarh!

Mas este vale a pena. Vale mesmo. Leiam.

"Em 1986, Peter Davies estava de férias no Kenia depois de se graduar na Northwestern University.

Em uma caminhada ele cruzou com um jovem elefante que estava com uma pata levantada.

O elefante parecia muito estressado, então Peter se aproximou muito cuidadosamente. Ele ficou de joelhos, examinou a pata do elefante e encontrou um grande pedaço de madeira enfiado. O mais cuidadosa e gentilmente possível Peter removeu com a sua faca o pedaço de madeira e o elefante cuidadosamente colocou sua pata no chão.

O elefante virou para encarar o homem com grande curiosidade no seu rosto e o encarou por tensos e longos momentos. Peter ficou congelado pensando que seria pisoteado.

Depois de um certo tempo o elefante fez um barulho bem alto com sua tromba, virou e foi embora.

Peter nunca esqueceu o elefante e tudo o que aconteceu naquele dia.

20 anos depois, Peter estava passando pelo Zoológico de Chicago com seu filho adolescente.
Quando eles se aproximaram da jaula do elefante, uma das criaturas se virou e caminhou para um local próximo onde Peter e seu filho Cameron estavam.

O grande elefante encarou Peter e levantou sua pata do chão e a baixou, ele repetiu varias vezes emitindo sons altos enquanto encarava o homem.

Relembrando do encontro em 1986 Peter tinha certeza, é o mesmo elefante. Peter reuniu toda sua coragem, escalou a grade e entrou na jaula. Ele andou diretamente ate o elefante e o encarou.

O elefante emitiu outro som alto, enrolou sua tromba na perna de Peter e o jogou contra a parede matando-o. Provavelmente não era o mesmo elefante e ele se fudeu!

Esse e-mail é dedicado a todos os que mandam aquelas histórias melosas e cheias de finais felizes, que já me encheram o saco!!!"

domingo, 21 de março de 2010

Só um pensamento

Se Ituano, Bragantino, Grêmio Prudente, Rio Branco e Naviraiense são equipes tão ruins quanto dizem palmeirenses, corintianos e sãopaulinos, por que então Corinthians, São Paulo, Palmeiras e outros times tão "bons" não golearam estas equipes tão fracas, assim como fez o Santos?

ATUALIZAÇÃO: Acabei de ler o blog do Juca Kfouri, que disse que "nada mais justo do que a maior goleada do campeonato ir para Itu". Perfeito.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nota 10

Como está bonito ver o Santos jogar. E não adianta os chatos virem falar que os 10x0 foram porque o Naviraiense é um time muito fraco. Porque não foi apenas por isso.

Realmente, o time do Mato Grosso do Sul era muito frágil, mas o Santos teve um respeito muito grande. Não fez firula, finalizou bem e criou trocentas jogadas de gol.

Geralmente, quando um time abre uma boa vantagem, começa a tocar de lado, fazer gracinha, administrando o placar. Uma grande falta de respeito com a torcida e com o adversário. Hoje não. No intervalo, quando o jogo estava 6x0, o técnico do Santos tirou um zagueiro e colocou um meia-atacante. Aí sim. Time que quer ser campeão tem de jogar assim.

Enquanto isso, na Globo, o Corinthians empatava num jogo horroroso.

Enquanto isso, o Flamengo vencia o Caracas num jogo horroroso.

Enquanto isso, o Fluminense vencia por 2x0 o Confiança num jogo horroroso.

Ultimamente vemos tantos jogos ruins, sem graça, sem alegria. O São Paulo é mil vezes melhor que o Oeste, mas jogou tão mal, que eu dormi aos 30 do primeiro tempo. Depois fiquei sabendo que o jogo ficou 0x0 mesmo. Ainda bem que eu dormi. O Corinthians ganhou no finalzinho por 1x0 do São Caetano, que é mil vezes pior. E o Mano teima em deixar o Dentinho no banco.

Portanto, repito, é bonito ver o Santos jogar.

Não sei quando verei novamente um 10x0. Talvez nunca mais. Me sinto privilegiado.

O jogo de hoje da Vila Belmiro foi nota 10. Literalmente.