terça-feira, 31 de março de 2009

Nota do vereador Diego Furlan

"obrigado alexandre você tem opnião formada e ja conhece o trabalho do vereador diego, o rodolfo esta participando das reuniões ja esta me vendo com outros olhos, agora eu gostaria que o jornalista danilo se realmente tivesse algum interesse por jataizinho participaria ao menos uma vez de uma unica reunião, e quem sabe posso usar a inteligencia dele para algo util!
HÁ SÓ PRA LEMBRAR EU FUI O UNICO VEREADOR OFICIALMENTE REELEITO! e o unico vereador de oposição na gestão passada, e meus projetos, requerimentos e indicações estaram a disposição de todos, são mais 200 trabalhos realizados por min na Câmara. E quando precisar de informações é só ligar 9113-0850."


A declaração é do vereador Diego Furlan em um comentário que ele fez aqui no blog.

Ano passado, quando terminaram as eleições em Jataizinho, resolvi eu mesmo fazer as contas e ver quem havia ganhado, de acordo com aquele tal quoeficiente eleitoral. Como eu havia acabado de aprender aquilo, errei ao fazer as contas e acabei divulgando que Furlan não havia sido eleito. Mas eu estava errado.

Foi mal. Mas matemática nunca foi minha praia.

Mas o Diego ficou irritado porque eu disse no final da postagem que apostava minhas fichas nos vereadores novos. E ele não é novo, foi reeleito. Também não disse mentira quando me referi a pessoas que perpetuam lá. Não entendi o motivo da revolta. Apenas dei uma opinião.

Agradeço ao Diego por comentar aqui no blog e digo ainda que vou fazer o possível para comperecer às reuniões na câmara. Mais uma vez, fico feliz pela repercussão, mesmo que seja mais de cinco meses depois. Deixo o espaço aberto para os vereadores escreverem, assim como o Diego fez. Pode reclamar, xingar, crucificar e excomungar. Meu e-mail é dan_jornalismo@yahoo.com.br.

Já que vivemos numa democracia, nada mais justo. Estou esperando.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Errei, pero no mucho

Tá legal, tá legal. Confesso que exagerei um pouco. Não estou retirando o que eu disse, nada disso. Só gostaria de dizer aqui que nas postagens "A excomunhão da vítima", que eu copei do blog da Tyz, e "Uma igreja de velhos", algumas coisas estão meio pesadas.

Em relação ao poema, eu não disse que concordo com tudo. Tem algumas coisas lá que generalizam, o que eu não concordo. Não dá pra dizer que todo padre é pedófilo, porque não é mesmo. É uma minoria.

Sobre "Uma igreja de velhos", falei diretamente com o padre e peguei um pouco pesado. Repito: não retiro o que eu disse, apenas concordo que poderia ter falado mais indiretamente. Mas, como digo sempre no blog, sou um péssimo escritor.

Gostaria apenas que minhas palavras servissem não como motivo de repúdio ou raiva, mas sim como motivo de reflexão. É apenas minha opinião.

No mais, está tudo ok. Fico feliz porque agora sei que as pessoas lêem meu blog, e isso vai me dando a real dimensão do que é a internet.

Só espero que eu não seja excomungado por isso.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A excomunhão da vítima

(Copiado do blog da Dueldy, que copiou do blog da Tyz e eu copiei para o meu)

Sou católico. Sou mesmo. Mas tem coisa que eu não aceito. De jeito maneira!

"Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração

Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão."

"Miguezim de Princesa" escreveu o cordel.

quinta-feira, 12 de março de 2009

E eu não vi o Requião

Ontem fui fazer uma matéria acompanhando o prefeito numa reunião com a Associação das Mulheres Batalhadores do jardim Franciscato, em Londrina. Como eu estava de carona com o fotógrafo, e este iria acompanhar o prefeito no aeroporto que, por sua vez, iria receber o governador Roberto Requião que, por sua vez, iria a Londrina numa reunião de não sei o quê (que primor de informação), não pude voltar na hora para fazer a matéria e fui ao aeroporto também.

Pensei: “Vou aproveitar e ver o governador de perto, quem sabe saio numa foto”. O Requião não é a pessoa que eu mais amo e admiro no mundo, mas é o governador, não é?

Eu era a única pessoa sem função ali. Fiquei meio perdido ali na porta do desembarque, esperando. De repente, um telefone, desses públicos, toca. Como ninguém se mexeu, fui até lá e atendi. Eu comecei:

- Alô!

- Alô, é do aeroporto?

- É, sim.

- Eu queria saber quanto custa a passagem de Londrina para São Paulo e de Londrina para Curitiba.

- Meu amigo, você ligou num telefone público. Seria melhor se você ligasse numa agência. Mas eu vejo o telefone de uma delas e já volto para te dizer.

Saí correndo e fui na primeira que encontrei. Nem me lembro do nome da agência agora. Anotei o número telefone e corri para atender o cara. Eu comecei:

- Alô!

- Alô!

- Anota aí, o telefone da agência “Tal”: 3333-3333.

- Muito obrigado.

- De nada.

Desliguei. Quando olhei para trás, um monte de gente se aglomerava já na porta de saída do aeroporto. Corri, mas quando consegui ver o que era, já era tarde. Requião desembarcou, passou por ali, entrou no carro e foi embora. E eu não o vi. Que azar! Que droga!

Bom, olhando pelo lado bom da coisa, pelo menos ajudei uma pessoa a saber o preço das passagens para São Paulo e Curitiba.

É, pensando bem, não teve lado bom.

Ou teve. Talvez o lado bom tenha sido, exatamente, não ter visto o Requião.

imagem retirada de http://bobagento.com/wp-content/uploads/2008/05/grequiao12-05-08.jpg

quarta-feira, 11 de março de 2009

Álvaro Dias se saiu bem. Sorte dele.

Ontem o senador Álvaro Dias (PSDB) apareceu lá no gabinete do prefeito, em Londrina. Ele foi participar de alguma coisa que eu não sei o que era, na cidade (nossa, que primor de informação).

Ele entrou, cumprimentou todo mundo - até eu - e pediu para usar o computador. Enquanto ele usava, não resisti, a língua coçou e eu disparei:

- Senador, te vi ontem no CQC! Sorte que o senhor se saiu bem e sabia onde era Guatánamo!

E ele respondeu:

- É verdade, ainda bem mesmo. Eles cortaram algumas partes, mas ainda bem que eu sabia que era em Cuba.

Ainda bem mesmo. Senão, imagina:

- Senador, te vi ontem no CQC! Que horror, o senhor não sabia onde era Guantánamo! Passou vergonha hein...

- Realmente, mas é que... é que... veja bem, Guatánamo fica em Cuba, mas na hora eu esqueci... estava muito ocupado... não deu tempo de raciocinar direito e... e...


É, ele ia preferir que eu perguntasse o nome do cirurgião que fez as cirurgias plásticas dele.

Sorte dele.

sábado, 7 de março de 2009

Uma igreja de velhos

Semana passada, no Carnaval, participei de uma missa lá em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Seria uma missa normal, se não fosse tão diferente. Ou talvez tenha sido uma missa normal mesmo, e só aqui na minha cidade é que seja diferente. Eu explico.

Era um domingo de manhã, portanto, missa das crianças. E, como o nome já diz, é uma missa DAS CRIANÇAS. O padre, em momento algum, usou o missal. As orações ele já tinha na ponta da língua. Antes de começar a missa, as crianças são chamadas a sentarem no altar. E todas vão.

Na hora do Evangelho, o padre nem pegou a Bíblia. Ele chamou todas as crianças para que ficassem em volta dele e, então, contou a história para elas, de um modo que elas prestaram atenção de maneira impressionante. "Crianças, vocês não imaginam o que aconteceu depois. Como tinha muita gente na frente, levaram o aleijado pra cima do telhado, amarraram e colocaram ele dentro da casa onde Jesus estava", disse o padre.

Na homilia, não houve sermão, mas uma conversa com as crianças. O padre perguntava, as crianças respondiam e discutiam. Todas levantavam a mão para responder. Todas participavam. Na consagração, todas elas ficaram em volta do altar, sempre atentas.

Enfim, há muito, mas muito tempo mesmo, eu não prestava atenção numa missa. Não me lembro do Evangelho desta semana, mas daquele, eu vou me lembrar sempre, porque chamou minha atenção.

Pois bem. Aqui na minha cidade é totalmente o inverso. As crianças só vão à missa em tempos de catequese. Em férias, nem sinal delas na missa que, teoricamente, é para elas. Só teoricamente, porque o padre reza a missa como se estivesse num velório. Inseguro, voz massante, ininteligível.

Qual a criança que vai se interessar em ir a uma missa chata, onde ela assiste e não participa? Não tiro a razão delas quando, por qualquer motivo, faltam. Não há motivação. E não digo só aqui em Jataizinho, mas na maioria dos outros lugares. Gente, acabou-se o tempo das missas em latim. Acabou-se o tempo em que a igreja Católica era a única. Acabou-se o tempo em que o padre falava e todo mundo ficava quieto.

É preciso que bispos, padres e equipes litúrgicas planejem formas para que a missa, que é "dever de todo católico participar", se torne algo mais prazeroso, principalmente para as crianças. Não adianta dizer que ela deve ir à missa por obrigação, ou porque é tradição de família. Balela! E isso não é só nas igrejas não, mas em qualquer lugar. Na escola, até.

Como a igreja Católica quer arrebanhar jovens e crianças se a missa, coisa básica, não é algo atrativo? Se são massantes, e duram eterna uma hora? Se as crianças vão à catequese e vêem catequistas despreparados ou desmotivados? Se o padre não sabe falar numa linguagem que interaja com as pessoas, principalmente crianças?

Olha, não sou das pessoas que comungam das idéias da Renovação Carismática Católica, muito pelo contrário. Mas, querendo ou não, é a ala da igreja que mais atrai jovens, porque é dinâmica, porque é alegre, porque tem uma espiritualidade mais jovial. Ela aproveitou a brecha deixada pelo declínio dos movimentos sociais e hoje "toma conta" da igreja. Cadê os movimentos de pastorais? Cadê a pastoral da juventude?

Se a igreja católica não se modernizar, se não abrir novos horizontes, não vai demorar para que se torne uma igreja de velhos. E isso já está acontecendo.

É apenas questão de tempo.