segunda-feira, 28 de junho de 2010

Chi-chi-chi le-le-le Viva Chile!

Desde de quando a Espanha ganhou do Chile no último jogo do Grupo H, eu perdi um pouco do ânimo em relação à copa. Eu achava que o Chile poderia chegar mais longe e estava gostando muito do futebol da seleção chilena. Mas foi perder pra Espanha, quando podia até empatar pra ficar em primeiro e se livrar do Brasil.

Acabei de assistir Brasil 3x0 Chile. Eu não consegui torcer para o Brasil porque o Chile já havia ganhado a minha simpatia. Assisti sozinho no quarto e dormi durante quase todo o primeiro tempo, como se o jogo fosse desses sem importância, tipo Argélia x Eslovênia.

Acordei do sono com a gritaria do segundo gol.

No segundo tempo assisti a, no máximo, 20 minutos picados, mas ainda vi o gol do Robinho.

Realmente uma pena a saída do Chile que, dos pequenos, foi o time mais corajoso, porque atacou, criou chances e não se intimidou diante da Espanha e do Brasil.

O Brasil, passou. Legal. Mas esse jogo bem que podia ter sido contra a Espanha.

Se o Uruguai passar por Gana e o Brasil passar por Holanda, acho que vai acontecer a mesma coisa que aconteceu hoje contra o Chile.

E se o Paraguai chegar na semi-final contra a Argentina, vou ser obrigado a torcer por uma final entre Uruguai e Paraguai. Já pensou?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ninguém vai comentar este post

Eu não gosto muito de escrever sobre futebol aqui no blog porque ninguém comenta. É por isso que penso muitas vezes antes de colocar alguma coisa sobre a Copa do Mundo que está rolando aí.

Por isso, eu não vou escrever que aposto em Brasil x Argentina na final da copa.

Não vou escrever que torço muito para o Brasil pegar a Espanha já nas oitavas de final, só para que as seleções sulamericanas não precisem se enfrentar nas segunda fase e tenham chance de se classificarem todas para as quartas de final.

Não vou escrever que o time que jogou melhor e mais bonito até agora na primeira fase da copa é o Chile, pra quem torço muito.

Não vou escrever que não gosto da richa que existe entre brasileiros e argentinos. Richa esta que os meios de comunicação fazem questão de ressaltar, reafirmar e aumentar, seja em propagandas, reportagens ou piadas de mal gosto. Não vou escrever que comigo isso não funciona e que, quanto mais tentam forçar essa rivalidade - que para mim beira a insanidade - mais eu gosto dos hermanos.

Não vou escrever que torço muito para que a França não passe da primeira fase porque quem deveria estar na copa era a Irlanda e Tierry Henry deveria estar no mundial de basquete.

Não vou escrever também que Uruguai e Paraguai estão entre os meus favoritos.

Não vou escrever que esta copa está muito chata porque não sai gol, não tem viradas espetaculares, os jogadores não estão jogando com vontade - porque o importante mesmo para eles são os clubes, não tem golaços, só gol contra e gol feio, os tais craques estão machucados e os que não estão machucados passam longe do que jogam nos seus clubes, e que por causa da globalização do futebol - leia-se europeização do futebol - todos os times jogam iguaizinhos (todos iguais a Eslováquia).

Não vou escrever que, mesmo assim, assisti a quase todos os jogos até agora. Ou pelo menos uma parte de cada um.

Enfim, não vou escrever nada disso.

Afinal, ninguém vai comentar este post mesmo.

domingo, 20 de junho de 2010

Confrontos históricos

Dois vídeos muito engraçados da MTV.

Um deles é um confronto histórico entre as seleções Sérvia x Montenegro. Neste, o árbitro para o jogo a todo momento porque a ONU decide que alguns jogadores tem de trocar de time porque Sérvia conquistou um território de Montenegro, ou vice-versa, depois vira tudo Iugoslávia de novo. Muito bom.



O outro é um outro confronto histórico entre Israel x Palestina. Neste, pra começar os times estão desfalcados porque os jogadores se mataram antes da partida. Ninguém invade território de ninguém, mas quando invadem... também muito bom. Esse foi sugestão dada pelo Torero no blog dele.



Imagine isso tudo numa Copa do Mundo!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sobre as pequenas caquinhas

O espetáculo, resumidamente falando, é uma hora de pura bobeira.

São piadas tão simples que a gente que está na plateia não acredita. São diversos atos bem curtos, com situações do cotidiano, mas que se tornam muito engraçadas. Minha barriga chegou doer de tanto que eu ri.

Cinco atores se revezam no palco. Um palco vazio. O que eles usam são apenas roupas alaranjadas de gari e às vezes trocam por camisetas pretas. Uma ou outra vez alguém aparece fantasiado de algum outro personagem.

E tem também um grande tambor de lixo alaranjado que ora é palco para um teatro de bonecos (que não são bonecos, mas sandálias, chinelos, sapatos, tênis e pantufas), ora vira carrinho de pipoca, ora viro lixo mesmo.

Uma hora um dos atores anuncia: "Caquinha número 'tal': o pipoqueiro". Aparece então uma atriz com o tambor de lixo, fingindo ser um carrinho de pipoca. De repente as pipocas (dois atores dentro do tambor) começam a estourar. São dois atores com uma camisa branca na cabeça pulando dentro do carrinho como se fossem as pipocas. Mas a pipoqueira esquece de tirá-los e de repente eles pulam novamente, mas agora com uma camisa preta na cabeça. A pipoca queimou. Só.

Em outro momento eles anunciam uma grande atração: "Toquinho!". Então aparece um rapaz sem metade do braço com um violão na mão. Só.

Tem uma hora que o "Toquinho" entra e anuncia a próxima atração: "Noel Rosa". Então aparece um Papai Noel com uma roupa cor-de-rosa. Só.

E assim o espetáculo vai fluindo. Mas até agora eu não consigo imaginar de onde os atores tiraram tanta bobeira. É muita criatividade. Quem tiver a oportunidade de assistir "Pequenas Caquinhas", do grupo Antropofocus, não perca. É muito divertido.

Ah, como foi uma parceria entre Sesc Londrina e Secretaria de Cultura de Ibiporã, não tive de pagar nada para assistir. Bastou levar um quilo de alimento, o que não era obrigatório. A gratuidade deixou a peça ainda mais deliciosa.

Aqui vão alguns vídeos sobre o "Pequenas Caquinhas". O primeiro é o Hospital do Tênis. O segundo é a Galinha sem Penas. Os dois atos fazem parte da peça.





Vale a pena.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pequenas Caquinhas

Acabei de chegar de uma peça de teatro muito legal. A peça se chama "Pequenas Caquinhas" e é apresentada pelo grupo Antropofocus, que eu não sei da onde é.

Mas eu não vou escrever sobre o espetáculo agora, porque depois a gente foi numa pizzaria, eu comi demais e to a ponto de fazer pequenas caquinhas. Ou melhor, nem tão pequenas assim.

Quem quiser saber mais sobre o grupo, clica aqui.

Amanhã eu escrevo sobre a peça.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Eu tentei, juro que tentei...

Eu disse que ia torcer para a Eslovênia.

Olha, juro que tentei. Tentei mesmo. Muito. Mas não dá.

O primeiro jogo da Copa do Mundo ontem foi entre Argélia x Eslovênia. Foi o pior jogo que já assisti na minha vida. Pior que Ceará x Bragantino. Pior que Oeste x Mirassol. Pior que Zanni x Bar Carina (do campeonato aqui de Jataizinho).

Times sem técnica, sem criatividade, sem força ofensiva, sem nada.

Pelo menos a Eslovênia ganhou, mas, como não poderia deixar de ser, o gol saiu num frangasso do goleiro da Argélia. Durante o jogo foi me dando uma agonia sem tamanho. Desisti. Agora, vou torcer para o time que jogar bem. Infelizmente, até agora, quem está ganhando é a Argentina.

Acho que a Copa do Mundo está muito inchada. Muito time. Alguns deles "nada a ver", como diz meu irmão. O que tem a ver times com Nova Zelândia e Austrália (que para mim são a mesma coisa), Sérvia, Eslováquia e Eslovênia (que para mim também são a mesma coisa), Honduras, Argélia, Suiça e Coreia do Norte numa Copa? Nada.

Ou melhor, quase nada. Servem para fazer retranca e jogar para não tomar gol. E isso vai deixando a Copa do Mundo cada vez mais feia. 10 jogos, 16 gols, média de 1,6 por jogo. Uma droga. O Santos faz isso em três jogos.

A Eslovênia é caso passado para mim.

Agora ganha a minha torcida quem jogar melhor. Tomara que seja o Brasil amanhã.

Trocando de roupa

Ei, você digitou certo. É o blog "Danilo Lemos e Escrevemos".

É que resolvi mudar a cara dele. Hoje quando loguei, percebi que o Blogger estava disponibilizando um montão de templates novos. Então aproveitei e resolvi trocar.

O outro estava muito batido já, afinal, o blog já completou dois anos e ainda não havia ganhado nenhuma roupinha de ir à missa.

Pois bem... ganhou.

Está bem, está bem, não é bem uma roupinha de ir à missa, está mais para roupinha de ir ao circo, ou à uma festa. Mas é uma roupa nova. Uma cara nova. Um ufa... um até que enfim... um aleluia.

O conteúdo aqui vai continuar a mesma porcaria de sempre, não se preocupem.

sábado, 12 de junho de 2010

Uma bela canção (5)

Eu estava mechendo despretensiosamente no Youtube quando digitei a palavra "cemitério". Minha ideia era achar um vídeo recomendado por um amigo meu e tal.

Mas qual não foi a minha surpresa quando encontrei esta bela canção. Uma das melhores que já vi. É de um cantor chamado Leandro Nassif.

Amor de Cemitério
Leandro Nassif

Menina eu te conheci no enterro de um amigo meu
Enquanto todo mundo chorava eu observava um peito seu
Pode parecer estranho mas quando é amor eu falo sério
Se existe amor de carnaval, de ping-pong
Por que não existe amor de cemitério?

Menina, tão pálida magrinha, esquálida
Foi quando eu me distraí
Com o enterro de um anão
Aí que eu te perdi no meio da multidão

Não sei se você é real ou se é uma assombração
Menina quero te levar pra dentro do meu caixão


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Copa do Mundo... não aguento mais!


Eu não aguento mais a Copa do Mundo. E olha que ela nem começou.

A imprensa quer dar tanto show de cobertura que acaba deixando a gente farto de copa.

É tanta copa, tanta copa, tanta copa, que quando o jornal anuncia uma notícia sobre copa eu saio da sala e venho mexer no computador. Quando entro na internet, todos os sites só falam de copa. Acho que nem sites pornográficos dão trégua. Saio da Internet com raiva, precisando fugir de copa, ligo o rádio. Mas lá também só dá copa. Até os meus CDs parecem que falam de copa.

A Globo mandou 500 profissionais à África do Sul. Um faz matéria sobre as pernas do jogador. O outro, sobre como foi o dia da seleção. O outro sobre a cor da chuteira do Robinho. O outro faz uma matéria sobre o Rei Zulu.

A Sandra Anemberg apareceu anteontem e ontem no Globo Esporte. Anteontem para entregar uma blusa pra Glenda e ontem ela apareceu tocando uma vuvuzela. Dá pra acreditar numa jornalista assim? A Glenda não dá uma notícia que preste, tá lá passeando. Anteontem eu torci pra um leão pular em cima do Renato Ribeiro numa das 251 matérias que ele fez sobre leões. Pelo menos assim acontece algo interessante. A Anemberg fez uma matéria sobre a comida predileta do Mandela. Carlos Gil fez uma matéria sobre as câmeras do Soccer City. O que o Willian Wack está fazendo lá?

Já perdi as contas de quantas matérias foram feitas sobre Apartheid, sobre minas de diamantes, sobre preconceito, sobre a bola da copa, sobre as declarações supercriativas dos jogadores nas coletivas de imprensa, sobre os contundidos da copa.

Enfim, é tanta informação inútil que eu, pelo menos, já estou saturado e enjoado de Copa do Mundo.

Parece até que, com o evento, todos os outros problemas acabam e as pessoas vivem de "patriotismo", aliás, um patriotismo que só aparece de quatro em quatro anos, em ano de eleição, mas é na Copa do Mundo. Pensei aqui comigo: Depois da copa, o que o Jornal Nacional, Hoje e Bom Dia Brasil vão mostrar? Porque não tem mais o que mostrar. Não acontece mais nada.

Se isso for realmente verdade, vamos criar um movimento para que a Copa do Mundo seja permanente e os problemas acabem assim, milagrosamente.

Não aguento mais a Copa do Mundo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Chalaça



Comprei o livro "O Chalaça" por alguns motivos.

1º) O escritor é José Roberto Torero, que eu gosto muito e já li muitos livros dele. Ah, ele tem um blog, que está ali do lado direito do blog, na minha lista de blogs.

2º) Porque com esta obra, Torero ganhou o prêmio Jabuti, um dos principais da literatura brasileira.

O nome inteiro do livro é "Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso conselheiro Gomes, o Chalaça".

Por meio de um trabalho de pesquisa, Torero conseguiu fragmentos do diário de Francisco Gomes da Silva, um português que embarcou de gaiato para o Brasil com a família real portuguesa em 1808 e, de simples barbeiro, passou a conselheiro e melhor amigo do imperador Dom Pedro II.

Mas o legal é que, como é um diário, ficamos sabendo de fatos muito engraçados e curiosos, da excentricidade de Dom Pedro, das noitadas do imperador e de seus inseparáveis amigos. Por meio de um diário, Gomes acaba contando parte da história do Brasil, desde quando conheceu Dom Pedro até a morte do imperador, em Portugal.

São capítulos curtos e a linguagem é um pouco arcaica, mas tem um humor muito sutil. Confesso que demorei para ler porque é um pouco cansativo, apesar de não ser tão longo. Mas o final é muito legal e surpreendente.

Vale a pena. Paguei R$ 8,00 no sebo.