sexta-feira, 7 de maio de 2010

Anjos e Demônios


Uma boa dica para quem quer muita ação, aventura e suspense é o livro "Anjos e Demônios", do Dan Brown.

Ele escreveu este depois de "O Código Da Vinci", mas a história é anterior àquele. É a primeira aventura do professor de simbologia de Harvard, Robert Langdon. Desta vez, ele é acompanhado de Vittoria Vetra, filha de um cientista que é assassinado, supostamente por uma fraternidade secreta chamada Illuminati, a qual, Robert Langdon acreditava que estivesse extinta há várias décadas.

O cientista assassinado quer provar a existência de Deus através da ciência, ou seja, provar que Big Bang foi obra divina. A tecnologia que ele produz - a antimatéria - embora possa provar a teoria do cientista, é muito perigosa, pois pode se tornar uma arma nuclear jamais vista. Esta antimatéria então é roubada e instalada dentro do Vaticano bem no dia do Conclave. Tudo isso enquanto cardeais são sequestrados e vão morrendo um a um.

Assim, Langdon e Vittoria Vetra vão tentar descobrir onde está a antimatéria, salvar os cardeais e descobrir o esconderijo secreto dos Illuminati. Tudo isso em algumas horas. Por isso é que a leitura é alucinante. Ah, são capítulos curtos.

Notei muita semelhança com "O Código Da Vinci", o que, para mim, tornou parte do livro chata e sem muita novidade. Algumas semelhanças: fraternidade secreta; um homem e uma mulher; cógidos; poesia de pintores e cientistas para descobrir algumas coisas (Da Vinci e Isaac Newton em um e Bernini e Galileu no outro). Isso o deixou meio previsível em algumas partes.

Há também alguns erros meio por falta de pesquisa do autor, eu acho.

Por exemplo, o celibato, segundo a Igreja Católica, não é apenas se privar do sexo. Pelo contrário, a abstinência ao sexo é consequência do celibato, já que a igreja admite o sexo só depois do casamento. E se padres não podem casar, consequentemente, também não podem ter vida sexual. Assim, o celibato, antes de ser abstinência ao sexo, é também renunciar ao desejo de constituir família. Portanto, se um padre tem um filho, mesmo que seja por inseminação artificial, está quebrando o voto do celibato. Ao ler o livro, lá no final, é possível entender melhor esse erro do autor.

Outra coisa que me incomodou também foi o tratamento dado à parte jornalística da história. Os personagens repórteres que aparecem no livro são absurdos. O autor mostrou que não entende bulhufas de técnica jornalística, com textos bem "senso-comum" e sem técnica e repórteres dando informações sem checa, inventando fatos e falando coisas sem sentido. Bem no estilo que a gente vê nos filmes: "Estamos aqui falando direto do Vaticano onde pode estar havendo um confusão entre os cardeais que, pelo visto, não conseguem eleger o novo papa. As informações que conseguimos apurar é que... não, esperem, parece que algo está acontecendo no céu, o que será?..." Horrível.

Mas esses pequenos incômodos não comprometem a história, que é muito boa, apesar de mais "viajada" do que "O Código Da Vinci". Mesmo assim, gostei muito, mesmo lendo na tela do computador, coisa que odeio.

Sim, baixei o livro da Internet. E daí?

O impresso estava mais de R$ 50,00. Ninguém merece.

Um comentário:

Thay Gomez disse...

Ansiosa pra ler este, também. Tá na lista!
Não consigo ler e-books. Simplesmente não consigo =D

Não li todo o post porque vou ler o livro primeiro. Adoro colecionar!

Xero e boa noite!