(confesso eu demorei bastante para descobrir onde estava)
Eu e mais dois amigos fomos a uma lanchonete. Comemos e bebemos. No final, pedimos a conta. A garçonete apareceu com o papelzinho e descobrimos que havíamos gastado R$ 12,00 reais cada um. Juntamos o dinheiro e entregamos R$ 36,00 para a moça, que levou ao caixa.
Como somos clientes do local, a gerente resolveu fazer um desconto e mandou a garçonete devolver R$ 5,00. A garçonete pensou assim: "Como eles estão em três, se eu der R$ 5,00, pode dar briga, por isso, vou pegar R$ 2,00 para mim, de gorjeta, e devolvo três, para que eles possam dividir igualmente." E foi exatamente isso o que ela fez.
Portanto, cada um recebeu R$ 1,00 de troco e a conta de cada um de nós ficou em R$ 11,00.
Se a conta de cada um ficou em R$ 11,00, a conta total ficou em R$ 33,00. Se a garçonete pegou para ela R$ 2,00, com os R$ 33,00 da conta da total, soma-se R$ 35,00.
Pergunta: se nós entregamos R$ 36,00 para a garçonete, e a conta total ficou com R$ 35,00, onde foi parar o R$ 1,00 que está faltando?
Quem acertar ganha uma vaguinha na comissão técnica da seleção brasileira de futebol.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Casagrande e suas primorosas opiniões
Há quase dois meses atrás, quando o Palmeiras estava cinco pontos à frente do segundo colocado, o Cleber Machado perguntou para o Casagrande:
- Casagrande, qual o time que pode fazer frente ao Palmeiras daqui para frente?
E ele, no auge de sua prepotência, respondeu:
- Nenhum! Pra mim, o campeonato já está definido!
Há uma três rodadas atrás, quando a liderança do Palmeiras já não existia mais, vem ele de novo e diz que acha pouco provável que o time do Palestra Itália conquiste o título.
O que será que ele dirá na próxima rodada? Com certeza, que o time que vai ganhar o campeonato é o São Paulo, porque "é a equipe mais completa desde o início da competição". E o melhor, que ele já sabia desde o começo que o São Paulo seria o vencedor.
Assim é fácil opinar, né, Casagrande?
- Casagrande, qual o time que pode fazer frente ao Palmeiras daqui para frente?
E ele, no auge de sua prepotência, respondeu:
- Nenhum! Pra mim, o campeonato já está definido!
Há uma três rodadas atrás, quando a liderança do Palmeiras já não existia mais, vem ele de novo e diz que acha pouco provável que o time do Palestra Itália conquiste o título.
O que será que ele dirá na próxima rodada? Com certeza, que o time que vai ganhar o campeonato é o São Paulo, porque "é a equipe mais completa desde o início da competição". E o melhor, que ele já sabia desde o começo que o São Paulo seria o vencedor.
Assim é fácil opinar, né, Casagrande?
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
E na Globo não se falou nada
Eu não gosto de assistir jogo na Band. Realmente, a transmissão da Globo é melhor. Não pelos narradores e comentaristas, mas pela imagem. É só nisso que a Globo é melhor que a Band, porque comentarista por comentarista, são quase todos muito ruins: Casagrande, Falcão, Neto, Godoy, Galvão, Right, Marcilia.
Mas uma coisa eu tenho que ressaltar. Apesar dos comentários totalmente sem nexo e fora de hora do Neto e do Godoy, na Band, eles falam muitas vezes com coragem e sem rabo preso com CBF, o que é o contrário da Globo.
Ontem no jogo entre Palmeiras e Sport, pelo Campeonato Brasileiro, o lance mais polêmioco do jogo foi o segundo gol do time verde, que empatou o jogo no finalzinho.
O maior problema não era se o jogador do Palmeiras estava ou não impedido no lance, até porque as imagens mostraram que realmente não estava. O problema é que todo mundo viu que o árbitro apitou na jogada como que parando o lance. A defesa parou e o goleiro também. O Danilo fez o gol. O juiz validou.
Elmo Alves Resende Cunha, o árbitro da partida
No final do jogo, os únicos que comentaram sobre o apito do juiz foram os comentaristas da Band. Porque a Globo não mencionou sequer uma palavra. Falaram apenas sobre a possibilidade do impedimento. O Renato Marcilia, que elogiou o juiz no jogo todo, é claro que não ia dar o braço a torcer no final. E, é claro, afirmou com todas as letras que o juiz não teve participação alguma no resultado.
Mesmo sem o apitinho do árbitro no lance, talvez o jogador do Palmeiras não errasse o gol. E era difícil errar daquela distância. Mesmo assim, é importante saber que a Globo se omitiu e não pronunciou uma palavra sobre um ato que influenciou no resultado da partida. A Band falou sobre a jogada. A Globo não, é claro.
Ponto pra Band.
Mas uma coisa eu tenho que ressaltar. Apesar dos comentários totalmente sem nexo e fora de hora do Neto e do Godoy, na Band, eles falam muitas vezes com coragem e sem rabo preso com CBF, o que é o contrário da Globo.
Ontem no jogo entre Palmeiras e Sport, pelo Campeonato Brasileiro, o lance mais polêmioco do jogo foi o segundo gol do time verde, que empatou o jogo no finalzinho.
O maior problema não era se o jogador do Palmeiras estava ou não impedido no lance, até porque as imagens mostraram que realmente não estava. O problema é que todo mundo viu que o árbitro apitou na jogada como que parando o lance. A defesa parou e o goleiro também. O Danilo fez o gol. O juiz validou.
Elmo Alves Resende Cunha, o árbitro da partida
No final do jogo, os únicos que comentaram sobre o apito do juiz foram os comentaristas da Band. Porque a Globo não mencionou sequer uma palavra. Falaram apenas sobre a possibilidade do impedimento. O Renato Marcilia, que elogiou o juiz no jogo todo, é claro que não ia dar o braço a torcer no final. E, é claro, afirmou com todas as letras que o juiz não teve participação alguma no resultado.
Mesmo sem o apitinho do árbitro no lance, talvez o jogador do Palmeiras não errasse o gol. E era difícil errar daquela distância. Mesmo assim, é importante saber que a Globo se omitiu e não pronunciou uma palavra sobre um ato que influenciou no resultado da partida. A Band falou sobre a jogada. A Globo não, é claro.
Ponto pra Band.
domingo, 8 de novembro de 2009
Água de Batata Futebol Clube
Ser torcedor do Santos é muito chato.
O time nunca luta para chegar a algum lugar. É sempre um mero coadjuvante. No começo do ano, chegou à final do Campeonato Paulista e perdeu para o Corinthians. Depois de vitórias heróicas contra o Palmeiras, o time se acomodou e perdeu na final.
Na copa do Brasil foi desclassificado pelo ABC, ou CSA, ou CSN, CSKA, CBN, CDF, sei lá, já na segunda fase. Aí, tem a chance no Campeonato Brasileiro. E, mais uma vez, nada.
A equipe está exatamente no meio da tabela. 11º lugar; 45 pontos; 11 vitórias, 12 empates, 11 derrotas; 50 gols a favor, 51 contra; quase 50% de aproveitamento. Uma chatice.
Os mais otimistas vão dizer que, pelo menos, o time não está na zona de rebaixamento. Mas eu digo que preferiria que estivesse. Porque assim, teria para quê torcer. Torceria contra o rebaixamento. Aí, no último jogo do campeonato, um golzinho salvador no último minuto tiraria o time da série B por saldo de gols. Assim como aconteceu na classficação para a semi-final do campeonato pauliste este ano, contra a Ponte Preta.
Se eu fosse torcedor do Fluminense, estaria sofrendo, torcendo para o time não cair. Se fosse torcedor do São Paulo, Palmeiras ou Atlético Mineiro, estaria torcendo para ser campeão. Se fosse torcedor do Vasco, estaria hoje feliz pela volta do time à elite. Se fosse do São Raimundo, estaria comemorando também o título da Série D. Bem ou mal, estaria torcendo por alguma coisa.
Um santista hoje torce para o quê?
Tem o time feminino. Mas até lá, a diferença técnica é tão grande que também não tem graça. O time venceu a Libertadores da América só com vitórias. Fez um milhão de gols e não tomou nenhum.
Resta então torcer para Internacional, Goiás e até Avaí.
Hoje o Santos está na zona de classificação para a Copa Sulamericana, porque venceu o Náutico ontem. Mas o próximo jogo é contra o Inter em Porto Alegre. A derrota é certa. Assim, o time volta praquela regiãozinha da tabela que não cai pra segunda divisão e nem classfica pra nada. É aquela região sem graça. De times sem graça.
Sem graça como água de batata.
O time nunca luta para chegar a algum lugar. É sempre um mero coadjuvante. No começo do ano, chegou à final do Campeonato Paulista e perdeu para o Corinthians. Depois de vitórias heróicas contra o Palmeiras, o time se acomodou e perdeu na final.
Na copa do Brasil foi desclassificado pelo ABC, ou CSA, ou CSN, CSKA, CBN, CDF, sei lá, já na segunda fase. Aí, tem a chance no Campeonato Brasileiro. E, mais uma vez, nada.
A equipe está exatamente no meio da tabela. 11º lugar; 45 pontos; 11 vitórias, 12 empates, 11 derrotas; 50 gols a favor, 51 contra; quase 50% de aproveitamento. Uma chatice.
Os mais otimistas vão dizer que, pelo menos, o time não está na zona de rebaixamento. Mas eu digo que preferiria que estivesse. Porque assim, teria para quê torcer. Torceria contra o rebaixamento. Aí, no último jogo do campeonato, um golzinho salvador no último minuto tiraria o time da série B por saldo de gols. Assim como aconteceu na classficação para a semi-final do campeonato pauliste este ano, contra a Ponte Preta.
Se eu fosse torcedor do Fluminense, estaria sofrendo, torcendo para o time não cair. Se fosse torcedor do São Paulo, Palmeiras ou Atlético Mineiro, estaria torcendo para ser campeão. Se fosse torcedor do Vasco, estaria hoje feliz pela volta do time à elite. Se fosse do São Raimundo, estaria comemorando também o título da Série D. Bem ou mal, estaria torcendo por alguma coisa.
Um santista hoje torce para o quê?
Tem o time feminino. Mas até lá, a diferença técnica é tão grande que também não tem graça. O time venceu a Libertadores da América só com vitórias. Fez um milhão de gols e não tomou nenhum.
Resta então torcer para Internacional, Goiás e até Avaí.
Hoje o Santos está na zona de classificação para a Copa Sulamericana, porque venceu o Náutico ontem. Mas o próximo jogo é contra o Inter em Porto Alegre. A derrota é certa. Assim, o time volta praquela regiãozinha da tabela que não cai pra segunda divisão e nem classfica pra nada. É aquela região sem graça. De times sem graça.
Sem graça como água de batata.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Borromeu e o macarrão
Hoje é dia 4 de novembro. Dia de duas pessoas muito especiais. A primeira, é um grande amigo meu, o Júnior, que é seminarista e mora em Campo Grande. A outra é um santo meio desconhecido, mas que, de uns tempos para cá, chamou minha atenção.
Por isso, publico aqui uma entrevista que eu fiz com o próprio santo. Este texto já foi publicado há algum tempo no blog do Grupo Querigma, do qual faço parte na minha cidade. Veja, é muito bacana.
Quando o Lima mostrou a ladainha pra gente, a Sandra cantou "São Carlos Bartolomeu". E a gente "Rogai por nós". Mas o Lima veio e corrigiu: "Não é São Carlos Bartolomeu, é São Carlos BORROMEU!".
São Carlos o quê?
Daquele momento em diante, toda vez que a Sandra cantava essa parte da ladainha, ninguém agüentava e dava risada. "São Carlos Borro... kkkkkk". Mas fazer o que... o nome é engraçado mesmo. Até propus que o nome do grupo fosse São Carlos Borromeu, mas não colou.
Hoje eu, Danilo, tive a honra de fazer uma entrevista com este nobre santo. Não posso revelar onde foi, mas quando cheguei, ele estava comendo um prato de macarrão. Em vez de eu fazer as perguntas, foi ele quem começou:
Servido?
Não. Obrigado.
Por que meu nome causa tanto motivo de risos no grupo de vocês?
Porque é engraçado.
O que tem de engraçado em Borromeu?
(comecei a rir) Nada, é que é estranho. Não é dos mais bonitos. Com todo o respeito, nem sabia eu de vossa existência. Muito menos com esse nome.
E engolindo uma garfada, respondeu cordialmente:
Pois é. Borromeu é por parte de pai. Meu pai era um conde chamado Gilberto Borromeo, com "o". Passado para a sua língua, fica "u" no final (ri baixinho, mas ele não ouviu). Minha mãe se chamava Margarete de Medici.
Bem que tu poderias chamar-te São Carlos de Medici, não é?
É verdade, ficaria mais bonito. Mas a tradição era colocar no filho o sobrenome do pai. E se fosse "de Medici", vocês nem me reparariam na ladainha, você não ficaria curioso e não estaria fazendo esta entrevista agora. Talvez eu nem estivesse na ladainha, porque a melodia não ficaria legal.
Vejo que és muito sábio.
Modéstia a parte, sou sim. Tive boa formação na Itália, onde nasci. Aos 21 anos já era doutor em lei civil e canônica.
Onde nascestes?
Em 2 de outubro de 1538 em Arona. E morri em 1584 em Milão.
Orando antes da refeição
É verdade que eras sobrinho do papa Pio IV?
É sim. Inclusive, logo depois que me formei, meu tio... quero dizer... o papa me nomeou secretário de Estado e, mais tarde, administrador de Milão.
Mas isso não é nepotismo?
Nepotismo? O que é isso?
Ah, deixa pra lá. Mas conta mais. Como foi o Concílio de Trento? Teves um papel importante lá?
Bem lembrado. O concílio estava suspenso desde 1552. Mas eu falei um monte na cabeça do meu tio... quero dizer... do sume sacerdote, e ele resolvou reconvocar. Daí, eu aproveitei e participei da reforma. Escrevei decretos, tomei decisões. Um monte de coisa.
Fostes ordenado padre?
Fui. Mas não sem antes recusar o título de conde, quando meu pai morreu. E só exerci a função de padre quando o Concílio de Trento aprovou o novo catecismo, o breviário e o missal escritos por mim mesmo.
Porque é que todos os santos que conheço tiveram histórias com o povo pobre e o senhor não? Ficastes apenas no alto escalão da igreja?
Não, claro que não. Quando uma severa seca assolou a região em que eu morava, eu conseguiu alimentar cerca de 3 mil pessoas durante três meses, com a ajuda de amigos. Em 1576 um praga devastou Milão e todo mundo ficou doente. Eu cuidava pessoalmente das pessoas nas ruas.
Ele tinha um narizão
Quando tornastes santo?
Fui canonizado em 1610. Meu dia é o 4 de novembro. Lembre-se de mim hein.
E limpou o canto da boca, sujo de molho de tomate.
Qual a sua função?
Sou invocado contra as pragas e doenças. Mas não adianta só ficar me invocando. Tem de ir ao médico também. Sou santo, mas paciência tem limite.
Sabe como curar a gripe suína?
Ainda não tenho a vacina.
És pouco conhecido...
É verdade. Por causa de São Pedro, Santo Antonio, São João e mais alguns aí, as pessoas não me conhecem muito. Mas por um lado é bom, porque me dá menos trabalho. Outro dia eu visitei Santo Antonio e o coitado estava ficando zureta de tanto pedido de casamento. Não conseguimos nem conversar. Assim, livre, eu posso até comer o meu macarrão. Quer um pouco?
Não obrigado. Gostaria apenas de pedir desculpas pelas risadas quando soubemos de vosso nome. São sabíamos que eras tão importante.
Não se preocupe, eu não ligo. Há outro piores como Danilo Lemos Felipe (nome-verbo-nome), Sandra Valéria, Elizaiana Tonha, Jahn Pierre, Ogomar...
E soltou uma gostosa risada. Cheia de macarrão.
Por isso, publico aqui uma entrevista que eu fiz com o próprio santo. Este texto já foi publicado há algum tempo no blog do Grupo Querigma, do qual faço parte na minha cidade. Veja, é muito bacana.
Quando o Lima mostrou a ladainha pra gente, a Sandra cantou "São Carlos Bartolomeu". E a gente "Rogai por nós". Mas o Lima veio e corrigiu: "Não é São Carlos Bartolomeu, é São Carlos BORROMEU!".
São Carlos o quê?
Daquele momento em diante, toda vez que a Sandra cantava essa parte da ladainha, ninguém agüentava e dava risada. "São Carlos Borro... kkkkkk". Mas fazer o que... o nome é engraçado mesmo. Até propus que o nome do grupo fosse São Carlos Borromeu, mas não colou.
Hoje eu, Danilo, tive a honra de fazer uma entrevista com este nobre santo. Não posso revelar onde foi, mas quando cheguei, ele estava comendo um prato de macarrão. Em vez de eu fazer as perguntas, foi ele quem começou:
Servido?
Não. Obrigado.
Por que meu nome causa tanto motivo de risos no grupo de vocês?
Porque é engraçado.
O que tem de engraçado em Borromeu?
(comecei a rir) Nada, é que é estranho. Não é dos mais bonitos. Com todo o respeito, nem sabia eu de vossa existência. Muito menos com esse nome.
E engolindo uma garfada, respondeu cordialmente:
Pois é. Borromeu é por parte de pai. Meu pai era um conde chamado Gilberto Borromeo, com "o". Passado para a sua língua, fica "u" no final (ri baixinho, mas ele não ouviu). Minha mãe se chamava Margarete de Medici.
Bem que tu poderias chamar-te São Carlos de Medici, não é?
É verdade, ficaria mais bonito. Mas a tradição era colocar no filho o sobrenome do pai. E se fosse "de Medici", vocês nem me reparariam na ladainha, você não ficaria curioso e não estaria fazendo esta entrevista agora. Talvez eu nem estivesse na ladainha, porque a melodia não ficaria legal.
Vejo que és muito sábio.
Modéstia a parte, sou sim. Tive boa formação na Itália, onde nasci. Aos 21 anos já era doutor em lei civil e canônica.
Onde nascestes?
Em 2 de outubro de 1538 em Arona. E morri em 1584 em Milão.
Orando antes da refeição
É verdade que eras sobrinho do papa Pio IV?
É sim. Inclusive, logo depois que me formei, meu tio... quero dizer... o papa me nomeou secretário de Estado e, mais tarde, administrador de Milão.
Mas isso não é nepotismo?
Nepotismo? O que é isso?
Ah, deixa pra lá. Mas conta mais. Como foi o Concílio de Trento? Teves um papel importante lá?
Bem lembrado. O concílio estava suspenso desde 1552. Mas eu falei um monte na cabeça do meu tio... quero dizer... do sume sacerdote, e ele resolvou reconvocar. Daí, eu aproveitei e participei da reforma. Escrevei decretos, tomei decisões. Um monte de coisa.
Fostes ordenado padre?
Fui. Mas não sem antes recusar o título de conde, quando meu pai morreu. E só exerci a função de padre quando o Concílio de Trento aprovou o novo catecismo, o breviário e o missal escritos por mim mesmo.
Porque é que todos os santos que conheço tiveram histórias com o povo pobre e o senhor não? Ficastes apenas no alto escalão da igreja?
Não, claro que não. Quando uma severa seca assolou a região em que eu morava, eu conseguiu alimentar cerca de 3 mil pessoas durante três meses, com a ajuda de amigos. Em 1576 um praga devastou Milão e todo mundo ficou doente. Eu cuidava pessoalmente das pessoas nas ruas.
Ele tinha um narizão
Quando tornastes santo?
Fui canonizado em 1610. Meu dia é o 4 de novembro. Lembre-se de mim hein.
E limpou o canto da boca, sujo de molho de tomate.
Qual a sua função?
Sou invocado contra as pragas e doenças. Mas não adianta só ficar me invocando. Tem de ir ao médico também. Sou santo, mas paciência tem limite.
Sabe como curar a gripe suína?
Ainda não tenho a vacina.
És pouco conhecido...
É verdade. Por causa de São Pedro, Santo Antonio, São João e mais alguns aí, as pessoas não me conhecem muito. Mas por um lado é bom, porque me dá menos trabalho. Outro dia eu visitei Santo Antonio e o coitado estava ficando zureta de tanto pedido de casamento. Não conseguimos nem conversar. Assim, livre, eu posso até comer o meu macarrão. Quer um pouco?
Não obrigado. Gostaria apenas de pedir desculpas pelas risadas quando soubemos de vosso nome. São sabíamos que eras tão importante.
Não se preocupe, eu não ligo. Há outro piores como Danilo Lemos Felipe (nome-verbo-nome), Sandra Valéria, Elizaiana Tonha, Jahn Pierre, Ogomar...
E soltou uma gostosa risada. Cheia de macarrão.
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