quinta-feira, 14 de maio de 2009

No Museu do Futebol

Fui visitar o museu do futebol esta semana. O lugar é fantástico, fica debaixo das escadas do estádio do Pacaembu, é enorme e o ingresso custa só R$ 6,00. Estudantes e aposentados pagam só metade.

O museu conta a história do futebol brasileiro, ressalta os grandes craques, os grandes acontecimentos futebolísticos e políticos também. É um lugar, principamente, para quem ama o futebol (como eu), mas é também para quem não gosta, porque é muito divertido, interativo e, por que não, didático.

Logo na entrada, tem umas paredes enormes chamadas de "Grande Área", com um monte de quadros, objetos, propagandas antigas, distintivos e brasões de times do Brasil todo. Eu, é claro, gostei mais desta aí:



Ao subir a escada rolante, me dei de cara com ele, o astro rei deste esporte. Ele olhou pra mim e disse assim: "Seja bem vindo ao Museu do Futebol". Acho que ele esqueceu meu nome.



Uma das partes mais legais é a sala "Anjos Barrocos". Lá tem umas telas gigantes onde são projetadas várias imagens de jogadores. Tem o Bebeto dando voleio, tem o Romário, tem Nilton Santos, Raí, Ademir da Guia e mais um monte. Todos eles parecem que flutuam no ar. Tem até o Ronaldo quando era, digamos, menos fofo (se fosse hoje, talvez não caberia na tela).



Tem também uma parte em que é possível ver vários lances históricos do futebol, gravados em vídeo, tudo contado por apaixonados pelo esporte, entre artistas, jornalistas e outros. Na foto de baixo é o Torero falando sobre o gol do lateral esquerdo do Santos, Léo, depois de uma linda jogada de Robinho. Foi o segundo na vitória por 3x2 em cima do Corinthians (uhuuu), no segundo jogo da final do Brasileirão de 2002.



Na parte que homenageia os radialistas, ao sintonizar um ano, você ouve um narrador narrando (óbvio) um lance de gol. Tinha vários, mas, para o meu azar (e deleite das minhas primas corintianas) sintonizei bem num narrador gritando gol do Corinthians. Ô azar!



Para subir no segundo andar, tem a parte que eu achei a mais emocionante. "Exaltação". É quando são projetadas imagens das 30 maiores torcidas do Brasil e vários telões. O barulho é tão alto que dá a impressão de estar entrando num estádio de futebol lotado. Como não podia tirar fotos com flash, aqui não vai ter imagem, porque ficaram ruins.

Na sala "Origens", um montão de fotos e um filminho contam a história do futebol no Brasil, desde a libertação dos escravos até a integração deles no esporte, em 1927.



E o museu não poderia deixar de falar de Leônidas da Silva e Domingos da Guia, inventores do futebol arte. Na sala "Heróis" eles aparecem ao lado vários outros famosos que reinventaram a música, a literatura e a arte. Merecido. Pena que eles não aparecem na sala "Anjos Barrocos".



Na sala que conta a história das Copas do Mundo, é onde eu fiquei mais tempo. São oito negócios (que eu acho que se chamam tótens) que, ao mesmo tempo em que mostram a história de cada Copa do Mundo, mostram também o contexto político da época. Em imagens e vídeos.

Minha câmaras não é muito boa.

A parte mais interessante e colorida do museu é a sala "Números e Curiosidades", onde, como o nome já diz, o visitante mergulha em informações muito interessantes. A evolução das bolas de futebol, das chuteiras. Dá até pra jogar pebolim. Uma das curiosidades eu fiz questão de registrar.



Já lá no final, tem a parte tecnológica. Dá pra jogar num campo virtual; dá pra ver um vídeo em 3D do Ronaldinho Gaúcho bantendo bola com uma caveirinha; dá pra testar a potência do seu chute (o meu atingiu 106 km/h, golaço).





Por fim, uma imenso livro, onde cada página traz informações sobre os maiores e os menores clubes do Brasil. Encontrei o meu Londrina lá também. Olha só!



Enfim. O Museu do Futebol é futebolisticamente fantásitico.

Mas devo abrir uma ressalva aqui para uma falha na homenagem ao esporte que mais gosto. Tanta história, tanta inovação, tanta novidade, deixaram o Museu do Futebol machista!

A grande falha é não ter uma menção sequer ao futebol feminino no Brasil. Elas mereciam pelo menos uma sala. Já há algum tempo o futebol deixou de ser esclusivamente masculino. Prova disso são os importantíssimos resultados obtidos pelas mulheres nas últimas décadas, em Jogos Olímpicos, Panamericanos e Copas do Mundo.

Resultados assim e talentos como Marta, Formiga, Cristiane Alves e tantas outras não podem ser desmerecidos. Muito menos, esquecidos.

No mais, show de bola. Litaralmente.

Um comentário:

André Guimarães disse...

Nossa Danilo este espaço e literalmente "Show de bola" !!!