quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson morreu!

Agora a pouco fiquei sabendo que o Michael Jackson morreu. Tenho que admitir que não estou deveras triste com a morte dele, afinal, todos morrem. Na verdade, sinto até uma coisa do tipo: "Nossa, agora eu faço parte da história".

Vou dizer porquê: daqui a alguns anos ou décadas, meus filhos ou netos vão olhar na internet, ou em algum livro de história e ver um tal de Michael Jackson. Daí, vão perguntar para mim: "Nossa, quem foi esse tal de Maikol Diéquison?". E eu, sem me sentir velho, vou dizer: "Ah, foi um artista, rei do pop... etc... Eu me lembro direitinho do dia em que ele morreu..." e coisa e tal.

Assim como meu pai diz que viu o Rivelino e o Zico jogarem e o Freddy Mercuri cantar, ou como o meu avô diz que viu o Pelé reinar, ou a minha mãe, que se apaixonou pelo Guilherme de Pádua (e até ia colocar o nome do meu irmão de Guilherme), eu vou poder dizer que vivi na mesma época do Michael Jackson e vou poder contar para meus filhos sobre o cara que era negro, virou branco, sofreu metamorfoses, andava para trás e comia criancinhas.

Tá certo que eu não vivi os melhores momentos da carreira dele, que foram no início dos anos 80, e era recém nascido no início da decadência, na década de 90. Mas posso dizer que, depois de "Chuva no telhado" de Leandro e Leonardo, uma das primeiras músicas que aprendi a cantar foi "Black or White":

"Pãrãrã pãããrã... Au! Pãrãrã pãããrã...

A tchuna beibi quétio querina nés. Ai dju quer uípidon istérarinés. Éra balti nercus, erispéri nonus répendi naiti. Úh ih! Bahma beibi ionus perari cou blecouaiti.

Pãrãrã pãããrã... Au! Pãrãrã pãããrã..."


O Michael não foi ídolo só de uma geração, mas de várias outras. Todas as crianças queriam ser Michael Jackson (e ele adorava isso, mas confundia um pouco as coias, por isso, hoje sou muito grato ao meu pai por NÃO ter podido me levar para conhecê-lo quando eu era criança... por motivos óbvios). Até pouco tempo atrás eu tentava fazer o "Moonwalk", mas não conseguia, então desisti.

É por isso que a notícia da morte dele, para mim, é um grande acontecimento.

P.S.: Desisti do "Moonwalk", mas um dia ainda aprendo a dançar o "Thriller"!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O gol, o pênis e o líquido espermático

Se for levar ao pé da letra, uma coisa não tem nada a ver com as outras duas. Mas tem sim. Principalmente quando se trata de futebol e vocabulário futebolístico de jogador de futebol..

Já reparou quais são as palavras mais pronunciadas pelo jogador ao fazer um gol?

Pois é. Ainda não entendi o motivo para tantos "p%#$*s" e "c%$#♀!£s" na hora de comemorar um gol. E o pior de tudo é que a TV é obrigada a mostrar a comemoração com o jogador gritando muito na frente das câmaras estas lindas palavras, muitas vezes, com restos de saliva no canto da boca, ou pulando para fora dela.

A "p%#$*" e o "c%$#♀!£" (as palavras) não saem da boca dos jogadores.

Hoje mesmo, na partida entre Cruzeiro e Grêmio, pela semifinal da Libertadores, o Souza gritou o nome pejorativo do sêmen seis vezes (isso foi o que a câmera mostrou) e mais umas três vezes o nome pejorativo do órgão sexual masculino.



Dizem que o gol é o momento máximo do futebol. Então, fazer um gol, deve ser o momento máximo do autor do gol. Portanto, ao fazer algo que é máximo para você e para o esporte que pratica, o certo deveria ser gritar o nome de algo máximo para você, algo muito importante, algo que do qual você precisa, adora, não vive sem, e vai lembrar sempre que estiver em um momento especial na sua vida (como marcar um gol em semifinal de Libertadores).

E a primeira coisa que vem à cabeça de um jogador de futebol é "p%#$*s" e "c%$#♀!£s"! Estranho, não é?

Será que não há outras palavras para gritar? Eu sei que é um desabafo do cara, mas isso já está batido demais. Claro que gritar "bu$#%*" também não é muito bonito, mas já diferencia. Os jogadores poderiam encontram outras palavras, como por exemplo... tipo... sei lá... pode ser...

Caralho, será que não tem nenhuma outra palavra pra trocar?

Porra!

sábado, 20 de junho de 2009

Pequenos amores


O livro "Pequenos Amores", de José Roberto Torero, já inova pelo formato. Ele é pequeno, quase de bolso. Também é desses que se lê numa tacada só. É ilustrado com desenhos irônicos e sarcásticos, assim como os textos o são. Ideal para dar de presente à namorada.

Como eu não tenho namorada, me dei "Pequenos Amores" de presente. E não me arrependi. Se tivesse namorada, compraria um para ela e teria de comprar outro para mim, pois não gosto de emprestar. Portanto, sem namorada, economizei R$ 8,00 no sebo.

Lírico, irônico e poético, o livro conta o que acontece em Paraíso, cidade de 11.890 habitantes, coincidentemente o mesmo número de capítulos da Bíblia multiplicado por 10, que é o número de mandamentos (1.890x10). Torero começa falando de Adão e Eva até concluir que, possivelmente, Paraíso fica no mesmo lugar onde foi o Éden.

Com capítulos curtíssimos contando pequenas histórias recheadas de amor e muito, mas muito humor negro e sarcasmo, o leitor conhece as pequenas histórias amorosas dos habitantes de Paraíso, sempre uma ligada à outra.

Como exemplo, transcrevo o capítulo XXXII:
"No Circo de Variedades Oitava Maravilha trabalham Mario e Maria Sanchez, os únicos trapezistas nacionais que conseguem dar o salto triplo mortal sem rede.
Esse é um número que exige total confiança entre os parceiros.
Mário confiava em Maria até descobrir que Maria o traía com Piteco, o palhaço.
Maria, que não sabia que tido descoberta, ainda confiava em Mário na noite em que ele a deixou cair."

No capítulo L (50) que é o que vem depois do fim, o autor volta a falar de Adão e Eva e o que ocorreu com eles depois que foram expulsos do paraíso. Baseado nestes acontecimentos, Torero sugere como foi que surgiu o significado do que é "Amor". E, para terminar, sugere até o local onde Adão e Eva foram enterrados.

Vale a pena ler. "Pequenos Amores" é delicioso. Um presente e tanto, não só para namorados e namoradas, mas para si mesmo, familiares e, porque não, para pequenos amores do dia-a-dia.

Postagem abortada

Enquanto eu fui tomar um banho e deixei o computador ligado, pensei numa postagem muito legal. Uma crônica sobre o que eu vi hoje quando fui jogar futebol. Um menino jogando no time do pai dele e tal, todo feliz por fazer sua estréia no time dos adultos...

Tinha certeza que ia ficar bem legal.

Mas agora, ao sentar aqui na frente do monitor, me deu uma preguiça enorme, um sono enorme e uma vontade enorme de desligar o computador e dormir.

Pois é isso o que vou fazer.

Amanhã vou escrever sobre o livro que li essa semana: "Pequenos Amores". De quem? Torero. Já disse que estou afim de ler alguns livros dele por uns tempos? Pois é, estou afim de ler uns livros dele por uns tempos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sacanagem!

(Este post não é sobre sexo)

Pois bem, queridos leitores. Minha alegria durou pouco. Pouquíssimo.

Digo isso porque ontem fui ao Ministério do Trabalho, na hora do almoço, para buscar minha carteira de trabalho, devidamente registrada com minha profissão: jornalista. Naquele momento, me tornei jornalista profissional, com ensino superior e apto a atuar.

No entanto...

...no final da tarde, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram, por oito votos a um, que o diploma de jornalista não é mais obrigatório para exercer a profissão. Ou seja, minha alegria durou mais ou menos umas quatro horas. Resumindo, estudei quatro anos para exercer uma profissão na qual eu não precisaria nem estudar!

Sacanagem!

Agora, vou colocar abaixo os argumentos de alguns dos ministros que votaram contra a obrigatoriedade do diploma, além do argumento de uma representante do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Setersp).

Ministro Gilmar Mendes (relator): Danos a terceiros não são inerentes à profissão de jornalista e não poderiam ser evitados com um diploma. Notícias inverídicas são grave desvio da conduta e problemas éticos que não encontram solução na formação em curso superior do profissional. E O MAIS IMPRESSIONANTES, INADMISSÍVEL E INCONCEBÍVEL: A formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão.

Então, o curso de jornalismo é como o de moda, costura e culinária!

Ministro Carlos Ayres Britto: O jornalismo pode ser exercido pelos que optam por se profissionalizar na carreira ou por aqueles que apenas têm "intimidade com a palavra" ou "olho clínico".

Entendi. Amanhã mesmo vou ali na minha vizinha. Ela é vendedora na feira e tem intimidade com a palavra. A gente consegue um patrocinador e monta um jornal. É claro, a jornalista será ela e eu, como tenho apenas um curso superior em jornalismo, mas não tenho muita intimidade com a palavra, vou, sei lá, limpar o chão.

Ministro Celso de Mello: Preservar a comunicação de ideias é fundamental para uma sociedade democrática e restrições, ainda que por meios indiretos, como a obrigatoriedade do diploma, devem ser combatidas.

Então, todos os diplomas são uma afronta para a "preservação da comunicação de ideias para uma sociedade democrática". Já sei, agora eu quero ser advogado. Lógico, andei estudando o código penal e sei muito bem defender um réu ou enfrentar um juri, sei lá. Ora, é meu direito como cidadão. Quando eu enjoar de ser advogado, acho que quero ser arquiteto, depois, médico ou professor e.

Tais Gasparian, representante da Sertesp: A profissão de jornalista é desprovida de qualificações técnicas, sendo "puramente uma atividade intelectual". Ela questionou qual o consumidor de notícias que não gostaria de receber informações médicas, por exemplo, de um profissional formado na área e não de um com formação em comunicação.

Eu quero ver essa Tais escrever um lead, organizar informações, fazê-las entender. Eu quero ver um médico fazer isso. Quero ver qualquer outro profissional fazer isso. Me dê uma bula de remédio que eu a faço ficar interessante de ler. Peça a um médico para escrever uma simples frase e você não entende nada.

Antônio Fernando de Souza, Procurador-geral da República: o curso superior de jornalismo age como obstáculo à livre expressão estabelecida na Constituição e o diploma fecha a porta para outros profissionais transmitirem livremente seu conhecimento através do jornalismo.

Se o diploma fecha a porta para outros profissionais transmitirem livremente seu conhecimento através do jornalismo, então o diploma de advogado impede o meu livre direito de defender uma causa. O diploma de professor me impede do meu livre direito de ensinar. O diploma de médico me impede do meu livre direito de curar.

Se alguém quer transmitir conhecimento, use um blog, a internet, escreve um livro. Não é apenas através jornalismo que as pessoas podem se expressar. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) defende que, não é tirando a obrigatoriedade do diploma que o cidadão terá livre acesso às emissoras de TV, rádio e internet, ou então, nas "cartas do leitor". Ou ainda, de verem suas respostas publicadas contra acusações estrondosas manchetadas na primeira página do jornal.

O ministro diz que os erros são graves desvios de conduta. Mas será que erros só acontecem no jornalismo? Se erros forem levados em conta, todas as profissões não precisariam de diploma. Não há erros médicos? Quanta gente já morreu por erros médicos! A falta de técnica no jornalismo permitiria muito mais erros. E muito mais graves.

Se não há diploma, se todo mundo que tem "intimidade com a palavra" for jornalista, tudo o que é escrito em blogs teriam de ser levados em conta. Não se sabe se é verdade ou mentira, mas o blogueiro tem intimidade com a palavra, como vamos duvidar? Ele é jornalista! Olha a que ponto de desvalorização chegou a minha profissão.

Eu, tu, ele, nós, vós, eles: todos, jornalistas somos. Talvez eu, não, porque não tenho tanta intimidade com a palavra como minha vizinha vendedora de hortaliças na feira. Talvez, eu tenha que me jogar em outros campos do conhecimento que também não exigem diploma, como a culinária, moda, ou costura.

Logo agora, que eu acabei de me formar.

Logo agora, que eu acabei de pegar o meu registro profissional.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dá carrim não, má!



- Puta que pariu! Má, dá carrim não, mano! Tu é doido, é?

- Vai #$♀å&@$%, tu que é ruim!

- Má, dá carrim não, má!

- (dedo do meio)

- DA CARRIM NÃO, MÁ!!!


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

obs: vejam também no Youtube o funk e as outras versões deste vídeo. Muito bom!

domingo, 14 de junho de 2009

Uma história de futebol


Numa tacada só. Foi assim que eu li "Uma história de futebol", do José Roberto Torero, que é, ultimamente, meu escritor favorito. Quem me emprestou o livro foi o meu amigo Pedro Henrique, que o achou na biblioteca da escola onde ele estuda e me deu pra ler. Tomara que a diretora dele não saiba disso.

O livro, o primeiro do Torero para o público infanto-juvenil (mais infanto do que juvenil), se passa na década de 50 e conta a história de Zuza, um menino apaixonado por futebol, mas um péssimo jogador. O legal é que o próprio Zuza conta a história.

Além dele, o outro personagem principal é o Dico, que é muito bom de bola e é o melhor do time do "Sete de Setembro". Originalmente, o livro foi escrito para se tornar um curta-metragem (o que acabou acontecendo e rendendo-lhe vários prêmios nacionais e internacionais), por isso, ao ler, tem-se a impressão de estar assistindo a um filme, o que torna a leitura bem gostosa.

O grande barato de "Uma história de futebol" é a simplicidade com que foi escrito (como se fosse um tipo de diário do Zuza) sem deixar de lado uma grande riqueza nos diálogos. Situações simples do dia-a-dia de Zuza e Dico relatadas de uma forma encantadora e ingênua. A briga dos pais, o primeiro amor, o time da rua, o dilema entre escolher ser jogador de futebol ou piloto de avião.

Enfim, é um livro, teoricamente, para crianças, mas eu adorei. Acho que ainda tenho um pouco de criança dentro de mim e acabei me identificando com o Zuza. Aliás, qualquer pessoa que ler terá um personagem com quem se identificar e, com certeza, vai se lembrar "de sua infância querida que os anos não trazem mais".

Ah, já ia me esquecendo, o Dico acaba se tornando alguém muito importante e conhecido. Só não posso dizer quem é, porque senão vai perder a graça, né...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Parabéns, ComTexto!

O Webjornal Laboratório ComTexto, da Unopar, ficou em 2º lugar no prêmio "Sangue Novo do Jornalismo Paranaense", na categoria "Jornal Laboratório On-Line". O prêmio foi recebido no último dia 5, em Curitiba, pelos alunos do 4º ano e pelo professor e coordenador do projeto Reinaldo Zanardi.



Desta vez, o ComTexto desbancou um projeto de webjornal da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Grande conquista. No ano passado, eu fiz parte do grupo que viajou para Curitiba para concorrer ao mesmo prêmio, e que acabou ficando em 3º lugar.

Parabéns a toda a equipe e também ao ousado Reinaldo que, com muita dedicação e criatividade coloca o jornal no ar já há muitos anos, sempre inovando e fazendo os alunos trabalhares. Eu participei da equipe de produção durante três dos meus quatro anos de faculdade.

Além do ComTexto, também receberam prêmio como finalistas na categoria "Projeto/Produto Jornalístico Livre", as recém-formadas Juciellen Ribeiro e Priscilla Domiciano, pelo trabalho "Alegria: Impressões e Olhares - uma proposta de documentário radiofônico". A proposta de documentário foi desenvolvidaTrabalho de Conclusão de Curso (TCC), no ano passado.

Parabéns a todos os que fizeram e fazem parte deste importante projeto.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Eu quero escrever um texto...

Eu gostaria de escrever um texto que tivesse tudo a ver com minhas sensações psíquicas. Um texto que expressasse toda a magnitude da natureza humana, toda a intrínseca falta de modéstia diante de um quadro social altamente destrutivo, porém totalmente corroborado. É isso mesmo.

Um sistema que nos remete a toda a forma de pensar dos meios de comunicação, que afetam nossas mentes já poluídas pelo dióxido de carbono emitido pelos automóveis, e pelo metano expelido através das flatulências bovinas.

Uma ideia que veio à minha vazia caixa craniana foi a de começar falando sobre as altas taxas de juros empregados pelos estabelecimentos de créditos para o superfaramento e lucros anuais exorbitantes. Nossas mentes não podem permitir este inanerrível despreparo e falta de discrepância para com toda a nação, que sofre pela ausência de saneamento básico.

No entanto, o texto que eu pretendia transliterar, talvez se atrincherasse por um campo, digamos, um tanto mais complexo do que apenas o de descrever essa humanidade estrogonoficamente alienada. Quero algo mais relativo e figurativo do que meramente uma postagem blogorífera.

O texto que eu quero escrever permeia, com certeza, outros caminhos neurônicos da consciência matutânica e comunicativa das crianças. Isso mesmo, das crianças, meus amigos. São elas as responsáveis por este tão alto e gigantesco contexto fasático capitalista a que o mundo percorre desde de meados do século XIX.

Mesmo assim, com tantas ideias, o texto que eu quero escrever conterá pontos a serem, sem a menor sombra de dúvidas, questionados e discutidos nas melhores, maiores, poderosas e influentes instituições.

As coletâncias de análises sistemáticas dos sistemas interligados, alardeados, filtrados e blablablados que formam a grande rede internetelesca são as principais fontes de pesquisa para a total compreensão de meu texto, que terá linguagem simples, discrepântica, rumada, desturbulenciada, sem circunlóquios, para a compreensão de todos e...

Caramba! Já está na hora do meu treino de futebol!

Puta que pariu, vou chegar atrasado...

sábado, 6 de junho de 2009

A noite dos palhaços mudos

Já há alguns anos eu venho assistindo aos espetáculos de estréia do Festival Internacional de Londrina (Filo).

Eu adoro estréias, principalmente porque sempre junta toda a imprensa num lugar só e você tem a chance de, quem sabe, ser ver no telejornal do outro dia. É nas estréias que aparecem também as pessoas mais importantes, interessantes e bonitas da cidade.

Só marquei bobeira uma vez, quando fui em uma estréia do festival, há alguns anos atrás. Eu não era nem um pouco acostumado a ir em teatro e resolvi dar uma de culto e esperto. Comprei o ingresso e fui. Era um monólogo. Chamava-se "A Poltrona Escura" e o ator era o Cacá Carvalho, o "Jamanta". Não entendi nada. Cansei. Dormi na cadeira.

Hoje, ou melhor, ontem, foi a estréia do Filo 2009, com o espetáculo "A noite dos palhaços mudos". Dei muita risada, gostei demais. Teatro sem fala onde um palhaço tem o nariz roubado e vai, com seu amigo palhaço em busca do nariz perdido. O mais incrível é que são três personagens que usam recursos mínimos de material e fazem coisas incríveis. Muito divertido.

A única coisa que não foi divertido (e que é chato em todas as estréias) foram os falatórios antes da peça. Prefeito, reitora, vice-reitora, coordenadores, patrocinadores, amigos, parentes, papagaios, cachorros e gatos. Juro que havia umas 10 pessoas no palco. E todas falaram. E bastante.

Quando os últimos foram falar, já dava pra ouvir os burburinhos do público. Acho que não é necessário que todos falem. É muita coisa. Mas, olhando pelo lado bom, pelo menos a Elza Correia não falou. A ausência de falas na peça foi compensada (e bem compensada) pelas falas do início.

Ha! E isso porque era "A noite dos palhaços mudos". Mudos, hein...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Código Da Vinci


Meio tarde, eu sei, mas semana passada eu li o famoso e tão polêmico livro que todos comentavam há tanto tempo. Aquele, do Dan Brown, o qual padres proibiram as pessoas de lerem; que fez todo mundo ficar com raiva da Igreja Católica; que fez um monte de gente perambular por igrejas na Europa só por curiosidade, ou até mesmo para procurar o Santo Graal.

Li, sim. E adorei.

Mas não vou ficar aqui opinando ou discordando das idéias do autor, das explicações contidas no livro, ou então, se tudo aquilo que está escrito lá é realmente verdade. Os lugares realmente existem e são descritos com uma precisão impressionante de detalhes (também não sei se é verdade, pois nunca estive lá). Mas quero falar sobre o romance e história em si.

É uma leitura deliciosa, do começo ao fim. Muita ação, muito suspense, muito dinamismo, muito mistério e muitas peças para o leitor encaixar. Parece até um jogo que o autor faz para quem vai ler. Você entra na história e, de repente, se vê também na busca do Santo Graal, junto com Robert Langdon e Sophie Neveu.

E quando eu digo "dinâmico", digo no sentido literal da palavra, porque são 425 páginas de uma história que acontece toda em menos de 24 horas. Parece até que, se você parar de ler, vai perder o que vem depois. Confesso até que dei uma boa gargalhada quando descobri um código antes mesmo dos protagonistas. Mas não vou dizer qual é para não perder a graça.

Outro detalhe importante é que a linguagem é bem fácil e são capítulos curtos, o que dinamiza ainda mais. Eu, particularmente, gosto de livros com capítulos curtos, porque você pode parar de ler quando quiser, ou então ler uma capítulo a mais, que não vai te atrasar para a missa.

Só dou um conselho: não leia o livro depois de assistir o filme. Eu fiz isso e me arrependi. Vendo o filme primeiro, as imagens que vieram à minha cabeça ao ler o livro, foram as cenas do filme, inclusive os rostos dos atores. Isso é muito ruim, porque a descrição lida nem sempre é igual à imagem que está gravada no seu cérebro. Leia o livro primeiro, porque assim, ao ver o filme, você vai apenas comprovar se as imagens que apareceram na sua cabeça no momento da leitura se confirmam no filme. É como uma brincadeira.

Para quem gosta de uma boa literatura e não quer se preocupar em saber se Jesus Cristo teve descendentes ou não, se o Graal existe mesmo ou não, se a Igreja Católica esconde as coisas ou não, se Leonardo da Vinci deixou códigos secretos em suas pinturas ou não, "O Código Da Vinci", de Dan Brown é uma ótima pedida.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O paninho mágico

O paninho mágico é uma técnica, com certeza quase milenar, que a minha avó usa para parar a tosse. Não duvido que ela tenha aprendido com a mãe dela, que, por sua vez, aprendeu a mãe dela, que por sua vez, aprendeu com a mãe dela, e assim por diante, até chegarmos em Eva. Toda vez que alguém em casa está com tosse, é só rogar à vó que ela atende.

Ontem fez muito frio por aqui. E quando eu digo frio, não são os baixíssimos 20 graus do inverno nordestino, mas os 3 ou 4 graus do inverno do sul. Peguei um cobertor que estava guardado havia bastante tempo. Resultado: uma gripe alérgica das brabas!

Tentei dormir. Em vão. Às 4h da manhã, não teve jeito. Tive de rogar por Santa Luzia, ou melhor, dona Luzia. Fui até o quarto dela e pedi pra ela fazer o paninho mágico. Ela se levantou, foi até a cozinha e, quando cheguei lá, já havia alguma coisa esquentando no fogão.

Ela jogou o líquido numa camiseta meio velha, dobrou e a amarrou no meu pescoço. Acho que era álcool, por causa do cheiro. Só sei que a tosse sumiu na hora. Durmi em paz até de manhã. Até agora não tossi. Parece até mágica. Mesmo assim, hoje eu troco de cobertor.

Dona Luzia, rogai por nós com seu paninho mágico.